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Ano da Fé

Ano da Fé
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sábado, 31 de dezembro de 2011

CITAÇÃO DO MÊS (e do Ano Novo)

"The object of a New Year is not that we should have a new year. It is that we should have a new soul and a new nose; new feet, a new backbone, new ears, and new eyes. Unless a particular man made New Year resolutions, he would make no resolutions. Unless a man starts afresh about things, he will certainly do nothing effective. Unless a man starts on the strange assumption that he has never existed before, it is quite certain that he will never exist afterwards. Unless a man be born again, he shall by no means enter into the Kingdom of Heaven."
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G.K. Chesterton



UM PRÓSPERO ANO NOVO PARA TODOS!!!
VEMO-NOS (lemo-nos?) EM 2012, se Deus quiser!!!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

domingo, 25 de dezembro de 2011

A ESPERA DO ADVENTO TERMINOU!


UM SANTO E FELIZ NATAL PARA TODOS, COM CRISTO MUITO PRESENTE NA VIDA DE CADA UM!!!

domingo, 11 de dezembro de 2011

ADVENTO - PREPARAÇÃO PARA O (VERDADEIRO) NATAL

Neste momento de austeridade que atravessámos, em que os ídolos das nossas opulências e ideologias passadas se desmoronam... é a ocasião perfeita para reajustarmos completamente as nossas prioridades e, desta forma, estarmos com um coração mais preparado para a vinda de Jesus Cristo.

Neste espírito, sugiro isto

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

É POSSÍVEL A ESPERANÇA!

Neste tempo de Advento, em que esperamos que Jesus venha, devemos recordar que Ele não veio para chamar os justos, mas os pecadores (Mt 9:13).

Por isso, para os pecadores, também é possível a Esperança!

Ler aqui.

PS: Obrigado ao blog Senza por me chamar a atenção a este artigo.

NÃO ME DIGAM QUE NÃO HÁ ALTERNATIVA!!!

Geralmente, quando discuto política, os meus interlocutores acusam-me de lirismo e demagogia. Ao que parece, eu sou favorável à redução da despesa pública, mas até agora nunca aplaudi nenhuma das medidas que o actual Governo tem tomado para a reduzir. Sou contra os cortes na Saúde e na Educação. Sou contra os cortes nos subsídios de Natal e de Férias. Sou contra cortes em salários. Sou contra a redução de pensões e reformas. Sou contra os aumentos dos impostos.

Então, perguntam-me, qual é a alternativa?

Pensam que com isto têm um trunfo para me fazer calar. Pensam que eu acredito numa espécie de árvore das patacas.

Mas eu sei muito bem onde se há-de cortar! E, por isso, sei que as medidas do actual Governo são apenas fogo-de-artifício para inglês (alemão?) ver! E que a "austeridade" serve apenas para fingir que se luta contra a crise económica, sobrecarregando os que já estão sobrecarregados.

Já mencionei quão ridículo é cortar nos gastos em Saúde, quando não se corta 1 cêntimo que seja neste sorvedouro hediondo.

Também acho ridículo que se ande por aí a privatizar monopólios naturais de empresas fundamentais como a EDP e as Águas de Portugal, quando nos recusamos a privatizar a RTP (Serviço público? Que é isso? Concursos e programas de humor? Notícias condimentadas com opinião estatizada? Lobbies culturais? Ou transmissão de eventos nacionais importantes, os quais poderiam ser perfeitamente assegurados pelos privados, mediante concurso público?) apenas para não deixar que empresas de telecomunicações milionárias não sofram mais concorrência!

Mas a gota de água é esta notícia que está a varrer Portugal neste momento...

Sim... meus caros senhores políticos, enquanto andam por aí a contabilizar até ao cêntimo o dinheiro daqueles que trabalham e pagam impostos... o que fizeram para combater a corrupção? O tráfico de influências? A economia paralela? A evasão fiscal? Os off-shores?

Julgam que é pouco dinheiro? Que não chegaria para fazer face à crise? Desenganem-se!

Dizem-me que não é possível fazer nada? Desenganem-se outra vez! Gabriel Garcia Moreno conseguiu, há mais de 100 anos, retirar o Equador de uma profunda crise económica, baixando os impostos e subindo os salários! Como? Fazendo exactamente o que eu disse!

Até que algo semelhante seja feito, não aceito estes cortes, os quais qualifico de injustos, cruéis e intoleráveis!

Não me digam que não há alternativa! O que não é coragem!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CITAÇÃO DO MÊS (e do Advento...)

"It might be easy to run away to a monastery, away from the commercialization, the hectic hustle, the demanding family responsibilities of Christmas-time. Then we would have a holy Christmas. But we would forget the lesson of the Incarnation, of the enfleshing of God—the lesson that we who are followers of Jesus do not run from the secular; rather we try to transform it. It is our mission to make holy the secular aspects of Christmas just as the early Christians baptized the Christmas tree. And we do this by being holy people—kind, patient, generous, loving, laughing people—no matter how maddening is the Christmas rush..."

Padre Andrew Greeley

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ÍDOLOS DE OIRO COM PÉS DE BARRO

"A adoração do bezerro de oiro"
Nicolas Poussin
1633-4

A Humanidade tem uma propensão inata para a idolatria, sendo que a História da Salvação consiste precisamente na tentativa repetida por parte de Deus de nos curar dessa doença. Estes bezerros de ouro têm tendência a possuir duas características:
1) São obras da mão do Homem
2) São gigantescos

No fundo, o Ser Humano vê-se aprisionado numa armadilha ridícula que consiste em construir algo com as suas próprias mãos e, depois, vendo a magnitude daquilo que construiu, confundi-lo com um deus. A admiração que sente por aquele colosso é demasiada para resistir a prostrar-se em adoração. Em suma, o Homem vê-se escravizado pela própria grandeza que construiu.

Tais ídolos tornam-se então um pretexto para as piores atrocidades. Uma vez que o ídolo foi exaltado ao nível de potência suprema, tudo o resto é relativizado diante dele. Incluindo o próprio Homem. E quando o Homem é sacrificado no altar desses ídolos, morre também a Caridade, que é a essência de Deus.

Mas, se há coisa que a Bíblia nos ensina, é que Deus triunfa sempre sobre dos ídolos. Um belo dia, Deus resolve assoprar e os ídolos desfazem-se como castelos de cartas. A única incerteza reside em saber como cada indivíduo reage perante a tentação da idolatria.

Olhando para a nossa História posso citar dois exemplos: o Império Romano e a U.R.S.S.
Dois impérios construídos à mão do Homem, tão gigantescos que pareciam invencíveis. Inexpugnáveis. Inimputáveis às atrocidades cometidas nos seus seios. Insolentes, ousaram tentar conquistar os altares a Deus e exterminá-l'O.

Onde estão agora?

Um está enterrado sob os alicerces do Vaticano. Bastou ruir um muro e o outro desfez-se em menos de um par de anos.

E, no entanto, como não se sentiria um cristão a viver nos tempos de Nero? Um católico na Polónia comunista? Como um David a lutar contra um Golias, não? Não seria desesperante? Aqueles monstros dominavam tudo e pareciam desafiar os séculos! Quem os podia vencer? Quem poderia prever que eram tão frágeis?


Vem isto a propósito de mais um império que é idolatrado nos dias de hoje: a China.
Ora, a China conseguiu congregar o pior que há no Comunismo e no Capitalismo.
E, com isso, parece estar a emergir lentamente como uma fera das trevas, para dominar tudo! Quem pode negar que a China detém actualmente a hegemonia do Mundo Económico (que parece ser o único que importa ao Homem do séc. XXI?)
A Esquerda idolatra a China como um local onde o Comunismo deu certo! E pela "valente" Política do Filho Único, na qual o Estado se arvora como decisor da fertilidade individual, "salvando" esse país dos perigos da sobrepopulação!
A Direita idolatra a China, como um modelo de competitividade que os trabalhadores ocidentais devem empregar se quiserem sobreviver no mercado global, ainda que tal "competitividade" equivalha a semi-escravatura.
A China... o maior dos países emergentes. Boquiabertos com a dimensão do ídolo, os opinion-makers são unânimes: a China irá dominar o séc. XXI, enquanto Europa e América definham.

Eu nunca acreditei nisso!
Porque é um ídolo de oiro com pés de barro!
Quais são os pés de barro? Simples! Algo que se tem vindo a repetir sempre e que o Homem teima em não aprender:
Não se consegue construir prosperidade sobre miséria humana!

Bem, eu sempre pensei que a decadência da China começaria quando a famigerada Política do Filho Único desse lugar à inevitável crise demográfica e consequente desmoronamento do tecido produtivo do país.

Afinal de contas, a decadência da China é capaz de começar bem mais cedo... e apenas as mentiras da propaganda comunista o estão a encobrir!




Portanto, caro leitor, não se admire com o tamanho do monstro! Nem admita que queiram transformar a sua sociedade à imagem desses modelos ateus! Não se deixe escravizar, quer interior quer exteriormente! Este também tem pés de barro! E há-de cair! E o homem sensato estará agarrado a Deus, quando isso acontecer! E o insensato que se sentou à sombra do ídolo será esmagado...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

GREVE - UMA PERSPECTIVA SOLIDARISTA


A propósito do meu post "Como aumentar a produtividade nacional?", um dos meus amigos do facebook (que, de resto, sempre mereceu e merece o meu respeito) interpelou-me como se este meu post contivesse um apoio tácito à Função Pública e, por extensão lógica, à Greve Geral de hoje.

Em primeiro lugar, gostaria de deixar bem claro que aquilo que eu escrevo é aquilo que eu escrevo e nada mais. Quando quero escrever algo, eu escrevo. Se escrevi sobre os horários laborais (quer do público, quer do privado) e sobre o desemprego, é porque queria falar sobre desemprego e horários laborais (quer do público, quer do privado). Se eu quisesse escrever sobre greves e Função Pública, escreveria sobre greves e Função Pública.

Que é o que eu vou fazer agora.

Em primeiro lugar, gostaria de deixar claro que a Greve é um mecanismo de defesa perfeitamente legítimo, tendo sido a Igreja Católica uma das primeiras instituições a reconhecer a sua validade (vide
§ 2435 do Catecismo).

Em segundo lugar, gostaria de apresentar aos meus leitores o conceito de Solidarismo, uma teoria de organização social formulada por um dos maiores pensadores da Doutrina Social da Igreja, o Padre Heinrich Pesch. Para simplificar, digamos que o Solidarismo acentua a interdependência entre os diversos sectores sociais, em vez de acentuar o atrito entre eles (como o fazem as demais ideologias modernas). Deste modo, a cooperação é mais forte e importante do que o mero conflito.

Por exemplo, a luta de classes. Só a expressão "luta" é profundamente antisolidarista, como se existisse uma guerra no seio de uma sociedade. O Comunismo nasceu precisamente deste conceito. E cresceu à conta de se alimentar dessa tal luta de classes, colocando-se do lado do proletariado. Mas o Capitalismo não está isento de culpas... ainda hoje vemos os capitalistas a usarem o Estado para sobrecarregarem os trabalhadores e aliviarem ao máximo o capital. Referem que fazê-lo vai aumentar o investimento e, por conseguinte, produzir riqueza.

Um solidarista olha para estas perspectivas e vê nelas um completo disparate. Ao comunista diz que os trabalhadores não conseguem sobreviver sem o investidor que lhes paga os salários e que legitimamente está na posse dos meios de produção. Ao capitalista diz que capital sozinho não produz riqueza e que, portanto, o trabalhador tem o direito à sua justa parte nos lucros da empresa.

O rico deve ajudar o pobre. O pobre deve manifestar gratidão ao rico que o ajuda.

Veja-se também a questão da "guerra dos sexos" que o Feminismo propaga por aí. Lá está "guerra" outra vez! Acaso a mulher é alguma coisa sem o homem? Acaso o homem pode algo sem a mulher? Não foram eles concebidos para se entreajudarem, colaborarem, amarem-se mutuamente? Quando o fazem, não se gera imediatamente uma sociedade em miniatura, chamada Família? Não é aí que as pessoas nascem e são educadas, aprendendo com seus pais os verdadeiros pilares da Sociedade, que são solidários?

Deste modo, em relação à Greve Geral, fico entristecido por ver nela uma fonte de conflito, uma ferida que divide a nossa sociedade. Os funcionários privados ficam ressentidos e aproveitam a ocasião para desacreditar os funcionários públicos como uma cambada de privilegiados, pagos pelos impostos de todos, que reclamam sem motivo. Os funcionários públicos ficam ressentidos, o que os acirra ainda mais para lutarem mais, para não terem de prestar contas a quem demonstra tanta incompreensão. Para quê ter a fama sem se ter o proveito? De parte a parte, luta, guerra e conflito.

O solidarista vê nisto um sinal patológico. É uma sociedade sem futuro, porque não é capaz de atravessar uma crise. Não pelo menos sem achar que uma qualquer parte da sociedade deva ser sacrificada em prol do Maior Bem. Mas como se pode resolver uma crise desta maneira? Não são os sacrificados também parte dessa sociedade em crise? Não merecem eles também sair da crise? Pois é daqui que provém o conflito. Perdeu-se a noção de Bem Comum, a qual foi substituída pelo critério do Maior Bem... ou pelo critério da soma comum de vários Bens Individuais que nunca estarão em perfeita consonância.
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Podemos discordar àcerca do papel do Estado na Sociedade. Podemos discordar àcerca da parcela de funções que deve caber à Função Pública e à Função Privada. Mas, de um ponto de vista solidarista, devemos compreender que o país precisa de ambas. Logo, os funcionários privados necessitam dos funcionários públicos (como a paralisação actual quer demonstrar). E os funcionários públicos necessitam dos funcionários privados, que também apresentam várias privações e que também sofrem várias injustiças laborais.
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Deste modo, creio que a Greve Geral, tal como está organizada, é contraproducente, mesmo para os próprios grevistas. Enquanto os laços que nos unem a todos não forem repostos, este tipo de intervenção apenas vai aumentar o descrédito naqueles que protestam (que até têm razão em muita coisa que afirmam e reinvidicam). E, ainda para mais, uma greve de um dia só nunca será suficientemente eficaz, mesmo do ponto de vista do conflito puro e duro.

Será necessário reinventar o conceito de Greve? Penso que sim, embora eu próprio não saiba muito bem como o fazer...

Estive a pensar que, talvez fosse interessante que cada funcionário público escrevesse a sua história e a imprimisse em vários panfletos. Que mostrasse como as medidas de austeridade afectam a sua vida. Que explicasse o motivo por que os seus préstimos são úteis a toda a sociedade. Que tentasse refutar os preconceitos que vê todos os dias a serem lançados contra ele(a).
Depois, todos os panfletos seriam distribuídos activamente à porta de cada serviço público. Apenas os distribuidores faltariam ao trabalho. Os restantes cumpririam o seu horário, manifestando exteriormente um sinal visível (um pin, por exemplo) que significasse algo do género: "Veja, veja que, apesar das circunstâncias em que me encontro, eu vim trabalhar, para o servir, POR SI!"

De igual modo, poderiam ser afixados letreiros nos locais de trabalho dizendo: "Já imaginou se não estivéssemos aqui? Por favor, ajude-nos também!"
No final da jornada de trabalho, os funcionários deveriam então sair à rua e manifestar-se em massa. Porventura organizar vigílias. Todos aqueles que, tendo lido os panfletos, se solidarizassem com eles deveriam ter o dever de se juntar a eles.

Não sei se tal "greve" teria sucesso... As entidades empregadoras (sobretudo as estatais) possuem directivas anquilosadas que parecem impermeáveis a qualquer tipo de greve (seja a convencional, seja aquela que eu postulei).
Mas este novo tipo de greve teria, pelo menos o mérito, de tentar repôr os laços que se romperam. De dissipar preconceitos. De não prejudicar ninguém. De envolver todos na solução da nossa crise colectiva.

Até lá, insto todos os meus leitores a não colocarem todos os membros de um dado grupo no mesmo saco. A lerem as reivindicações dos grevistas com espírito sereno e a julgá-las com mente aberta. (o que não significa concordar com elas). E, sobretudo, a não alimentarem maniqueísmos ou dualismos patológicos, que transformem Portugal num campo de batalha onde "nós" e "eles" perpetuamente se digladiam pelos recursos existentes.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

SOBRE OS FERIADOS

Já me pronunciei no meu blog acerca do que penso sobre a redução dos feriados, aqui e aqui.

Mas tive a oportunidade de debater o tema mais a fundo neste blog de Direita neoliberal, que propunha que cada pessoa gozasse os feriados de uma forma totalmente individualista, sem qualquer atenção às datas festivas em questão. Proponho aos caros leitores que prestem atenção ao post e à caixa de comentários, sobretudo a partir do comment #7, inclusivé.

Perante a questão que me foi colocada: "como pode uma data ser significativa colectivamente quando eu, individualmente, rejeito essa data" eu limitei-me a virar a mesa e demonstrar que era ele, o neoliberal, quem estava a ter um comportamente socialista. Mas o que eu gostaria de ter respondido ao meu interlocutor é que o colectivo é maior do que a soma das partes individuais.

Por exemplo, pouco interessa que haja indivíduos que não são católicos. Portugal, enquanto nação, é católico. A sua História está ligada indelevelmente ao Catolicismo. O Governo, eleito de forma democrática (sendo representante de apenas 50,3% dos 58% que votaram nas últimas eleições legislativas) tem o dever de representar uma maioria (correspondente a 90% do total da população), que é católica.

É claro que, se eu argumentasse tal heresia num blog neoliberal, seria imediatamente queimado vivo.

De modo que eu não percebo o apoio incondicional que certos quadrantes católicos continuam a votar à Direita. A Direita continua a usar as campanhas eleitorais para chantagear os católicos: "Votem em nós, senão a Esquerda ganha e vocês não querem isso". Mas depois, traem completamente o voto católico e só se voltam a lembrar de nós na campanha seguinte. E os católicos sempre a defendê-los, num caso verdadeiramente patológico de Síndrome de Estocolmo.

Lembram-se de Cavaco Silva e da equiparação legal das uniões homossexuais a casamento? Lembram-se de Paulo Portas a dizer numa entrevista do Expresso: "isso (os temas fracturantes) não interessam nestas eleições, o que interessa é a economia"? Lembram-se do Ministro da Saúde Paulo Macedo e dos seus cortes em tudo o que é saúde, exceptuando-se os abortamentos induzidos?

Ora, nesta questão dos feriados a Direita volta a mostrar a sua verdadeira indiferença para com os seus aliados políticos. És católico e tens como principal objectivo na tua vida servir o teu Deus? E isso significa guardares os dias santos e dedicá-los a Ele? Votaste nas mesmas forças políticas que eu? Que interessa isso? O que interessa é a minha perspectiva neoliberal dos feriados católicos! Os feriados católicos têm de ser cortados, porque a Direita gosta de cortar feriados e tudo o que seja descanso dos trabalhadores! Os feriados católicos não valem mais do que um dia de férias, que eu deveria poder gozar independentemente do valor desses dias santos!

Pouco lhes importa que esta perspectiva aumente o secularismo no nosso país, diminuindo ainda mais a influência que a Igreja Católica tem no seu seio! E fazem isso com o poderio do Estado, os hipócritas! A Esquerda agradece-lhes o favorzinho!

Por outro lado, é de notar como os capitalistas apresentam um modus operandi em tudo sobreponível aos socialistas / comunistas. Veja-se o Casamento, por exemplo. A Esquerda seguiu cegamente os seus princípios ideológicos, transformando o Casamento de forma a torná-lo tão inclusivo, tão inclusivo, que esta instituição deixou de fazer qualquer sentido! Já não tem um propósito, um valor objectivo! Foi deturpado de tal forma, que se converteu numa massa amorfa que não tem significado nenhum!

Mas não foi exactamente isto que aquele blog neoliberal propôs fazer com os feriados (nomeadamente os católicos)?

Está na hora de os católicos se emanciparem destas ideologias cegas que tudo destroem à sua passagem! Temos tantas orientações para fazer tão melhor do que aquilo que a Esquerda e a Direita nos propõem! E, sobretudo, sem abdicarmos dos nossos valores, da nossa História, da nossa liberdade, da nossa fé, da nossa Nação!
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Feriados católicos, sempre! Não há motivo para os deixarmos de festejar! Ouvistes, ó ideólogos do regime?

sábado, 19 de novembro de 2011

QUER AUMENTAR A PRODUTIVIDADE NACIONAL?

Pegue em pessoas que já trabalham 30 a 40 horas semanais e obrigue-as a trabalhar mais meia hora por dia. E pegue em pessoas que já trabalham mais de 200 dias por ano e obrigue-as a trabalhar mais quatro dias por ano, eliminando feriados.

Em seguida, imponha medidas de austeridade que forcem as empresas a despedir pessoal e liberalize os despedimentos, tornando pessoas não produtivas durante 24 horas por dia, 364 dias por ano... e, o que é pior, tornando-as subsidiodependentes do Estado.

Depois venha dizer que a crise económica do país é culpa dos funcionários públicos.

Tem lógica? Não? Mas olhe que é assim que se tira o país da crise!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

SOMOS 7 MIL MILHÕES!!!

E isso é motivo de grande alegria e festa!

"Cristo alimentando a multidão"
Ícone Copta
É claro que muitos dos "sábios" deste tempo andam a invocar o mito da sobrepopulação para transformar esta ocasião feliz num apocalipse, tentando incutir o pânico nas pessoas menos esclarecidas. É incrível (ou talvez não) como os "sábios" conseguem ser sempre tão misantropos, quando não misturam a sua "sabedoria" como uma boa dose de caridade cristã. Ora permitam-me que eu esclareça: 


Meus amigos... o mito da sobrepopulação tem como fonte única e primordial uma certa corrente científica denominada malthusianismo, a qual tem vindo a ser provada constantemente como errada pela evidência da própria realidade.




Só que o malthusianismo não é a única corrente científica acerca deste assunto. Existe uma outra, denominada cornucopianismo. Uma explicação muito sucinta pode ser encontrada no vídeo abaixo.

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Bem, acabou a festa! Temos 7 mil milhões de pessoas para alimentar! E, para nos ajudar nessa tarefa hercúlea temos... 7 mil milhões de pessoas para nos ajudar! Então, que tal usar esse enorme potencial para resolver o verdadeiro problema da fome mundial?




Para quem quiser saber mais, recomendo este livro (tem de ser encomendado no Amazon)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

BOAS NOTÍCIAS! (LITERALMENTE)

Há muito mal a ser feito no mundo e no nosso país. E uma parte não desprezível desse mal provém media, os quais 1) são enviesados por um profundo pós-modernismo e anticatolicismo e 2) procuram sempre salientar aspectos negativos da realidade, numa tentativa sensacionalista de vender mais jornais...


Precisamente para contrariar essa tendência, penso que, quando surgem boas notícias, estas devem ser divulgadas e aplaudidas. Curiosamente, a boa notícia que vou passar a analisar refere-se, precisamente, aos media.


Supreendeu-me pela positiva o último número da Revista Única do Expresso, com o tema do "Sim".


Nessa revista foi escrito um artigo sobre as pessoas contracorrente dos nossos tempos. Em circunstâncias "normais", a revista iria publicar histórias de pessoas "contracorrente" como esquerdistas, gays, "à rascas", heréticos e outros revolucionários do género. Mas não. Nenhum dos entrevistados figurava nesse perfil. Pelo contrário, foram entrevistados:
a) Um par de namorados que pretendem manter-se virgens até ao casamento, por motivos religiosos
b) Uma jovem que decidiu tornar-se freira
c) Um casal em que a esposa decidiu, por iniciativa própria, ficar em casa a cuidar dos 4 filhos


Fica assim provado que, nestes tempos conturbados, ser-se verdadeiramente contracorrente não é fazer irreverentemente e egoisticamente tudo o que nos apetece fazer, sem nos preocuparmos com as consequências... Ser verdadeiramente contracorrente é antes viver de acordo com um sentido mais elevado, que exija renúncia de si próprio e auto-sacrifício, ou seja, Amor na Verdade (Caritas in Veritate). E é-se verdadeiramente contracorrente, sobretudo quando se vive esse Amor na Verdade num contexto social que lhe é profundamente averso.


Como diria o meu amigo Nuno Miguel Fonseca: "A modernidade foi a ruptura com a Tradição; a pós-modernidade, a tradição da ruptura. O nosso tempo será a ruptura pela Tradição."


Na mesma revista foi ainda publicado um artigo sobre católicos que, a dada altura do seu percurso, perderam e reencontraram a Fé. Foi um artigo muito interessante, que demonstra que a Fé não é algo amorfo, monótono e acrítico, como o preconceito actual dita... A Fé cresce com a pessoa e, por isso, está sempre a questionar-se, a evoluir, a desafiar-se, a reinventar-se. Por outro lado, o artigo apresentou uma escassez refrescante dos habituais bitaites sobre o reaccionarismo da Igreja, com os quais os jornalistas gostam de condimentar (desnecessariamente) os seus artigos.


Por isso:
MUITOS PARABÉNS, EXPRESSO!
E muito obrigado por darem aos católicos o contraditório que tanto nos tem faltado! Sem dúvida que estes artigos irão despertar as críticas de muitos sectores... Mas, ao fazer isto, este semanário demonstrou ser, realmente, "contracorrente"!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

CITAÇÃO DO MÊS

"O direito de educar as nações, que a Igreja recebeu do próprio Deus na pessoa dos Apóstolos, foi usurpada por uma turba de jornalistas obscuros e charlatães ignorantes"
S. Antonio Maria Claret

domingo, 30 de outubro de 2011

PARA QUE SERVE UM MINISTÉRIO DA SAÚDE?

Afinal, para que serve um Ministério da Saúde?

Paulo Macedo respondeu que essa foi uma decisão política com os custos inerentes à sua tomada e na qual não tenciona mexer.


Medicamentos comparticipados?
O que é que o Ministério da Saúde tem a ver com isso? São um luxo! Toca a cortar!

Tratamentos de quimioterapia para doentes com cancro?
São muito caros! E, tendo em conta a produtividade destes doentes, não são nada custo-efectivos! É dever do Ministério da Saúde e das Administrações Hospitalares colocarem o máximo de entraves possível à sua prescrição!

Pagar aos médicos as suas horas extraordinárias para assegurar as Urgências? Contratar médicos em serviços hospitalares com graves défices de pessoal?
Mas o que é que a Saúde tem a ver com os médicos?

Matar crianças a pedido?
Ah sim, são uma função intocável do Ministério da Saúde! São 100.000.000 € nos quais ninguém pode cortar! Absolutamente! Saúde é isto! É para isto que serve um Ministério da Saúde!

Mais uma vez se comprova o célebre aforismo do clarividentíssimo Chesterton e que eu citei há tempos:
"O Mundo Moderno parece dividir-se entre Progressistas e Conservadores. A função dos Progressistas é cometer erros. A função dos Conservadores é impedir os erros de serem corrigidos."



Relembro que a pergunta do famigerado referendo de 2007 era "Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado"?
Onde é que está referendada toda a caterva de benefícios e subsídios que são atribuídos a esta prática? Sr. Ministro, só foi referendada a despenalização! Não as lincenças de maternidade, nem as isenções, nem o pagamento das despesas na totalidade!

Entretanto, Portugal vai ter nos próximos 4 anos a segunda taxa de fecundidade mais baixa de todo o Mundo... É assim que pretendemos sair da crise económica? Como é possível que haja produtividade sem produtores? Sem trabalhadores? Sem empresários? Sem consumidores? Sem contribuintes? Sem pessoas?
Senhor Ministro da Saúde: o Sr. não percebe nada de Saúde! Mas, o que é pior, também não percebe nada de Economia! Demita-se imediatamente!

É QUE NEM DE PROPÓSITO! (2)

Acerca deste meu artigo sobre a indiferença da "pacifista" Esquerda em relação à morte de Khadaffi...

Hillary Clinton: "We came, we saw, he died"



Lembrem-me outra vez por que é que Obama ganhou o Prémio Nobel da Paz e Bush não?
Oh, já sei... porque é de Esquerda! E porque é a favor de matar bebés! Já me esquecia...

É QUE NEM DE PROPÓSITO!

A propósito deste meu artigo acerca da Europa...

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

COMO (NÃO) AUMENTAR A PRODUTIVIDADE NACIONAL

Mais um tesourinho para a minha rubrica: "Dogmas seculares".

Facto:

Solução do Governo para aumentar a produtividade nacional?


Não resultou até agora? Não se preocupem! Um dia há-de resultar! Not!!!

A austeridade deve servir para nos ensinar a não viver acima das nossas possibilidades... não como uma desculpa para nos explorar!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

DOGMAS SECULARES...

Uma das críticas mais comuns que se fazem à Igreja hoje em dia prende-se com o seu suposto dogmatismo. Os detractores do dogmatismo da Igreja esquecem (ou simplesmente ignoram) que a Dogmática é uma ciência teológica meticulosa e, em vez disso, definem dogma como uma "tese irracional que não se encontra aberta a discussão lógica por parte dos crentes da supracitada tese".

Como tal, decidi hoje iniciar uma rubrica no meu blog intitulada de "Dogmas Seculares". Com isto, demonstrarei que a mentalidade moderna, nas suas diversas vertentes, é mais irracional e fechada do que a mentalidade cristã em geral e católica em particular.

Começo por um artigo de opinião publicado ontem pelo jornal Expresso da autoria de Martim Avillez Figueiredo. Informa-nos ele de que 95% (e eu sublinho e ele sublinha também: 95%!!!) do tecido empresarial português corresponde a pequenas empresas que empregam menos de 10 pessoas. Dessas pequenas empresas, aproximadamente metade dão prejuízo.

Conclusão do emérito opinion-maker: as medidas de austeridade são necessárias para que se desencadeie um processo quase darwiniano de eliminação destas pequenas empresas (as quais, por darem prejuízo, deveriam ter sido eliminadas há muito tempo). Só então poderemos começar a ter uma economia "igual às outras" (palavras dele!), retirando-nos assim da crise financeira.

Portanto, meu amigo, se você está a pensar em usar as suas finanças para criar um pequena empresa que empregue pessoas (por muito poucas que sejam), que crie riqueza para Portugal e torne a sua comunidade mais auto-suficiente, pense duas vezes! Você contribuiria mais para a solução da crise financeira ao trabalhar como criado de mesa num McDonald's ou coisa que o valha!

 A austeridade não é necessária para eliminar as pequenas empresas que dêem prejuízo! As pequenas empresas dão prejuízo por causa da austeridade! Qualquer pessoa sóbria, vendo um modelo económico (a austeridade) que destrói 95% do tecido empresarial do país, tentaria mudar de modelo e não intensificá-lo!!!

Para um rebate mais detalhado e elegante do Dogma da Economia Megalomaníaca, recomendo o livro do economista distributista católico E.F. Schumacher: "Small is beautifull - a study of Economics as if people mattered"



PS: Com que então, 95% das empresas portuguesas são pequenas... pelos vistos Portugal tem mais potencial do que eu pensava! É pena que os políticos estejam sempre a estragar tudo...

sábado, 22 de outubro de 2011

COMO TORNAR UM DITADOR SANGUINÁRIO NUMA IMAGEM DE CRISTO?

Basta ver (com olhos de bom ver, de um ver metafísico para lá das aparências), as imagens horripilantes que por aí circulam e que eu me recuso sequer a linkar (pois que têm mais de voyeurismo do que informação).

Muito bem, senhores revolucionários! Muito bem, Ocidente! Muito bem, Sr. Obama Prémio-Nobel-por-não-ser-Bush (embora eu ainda não saiba muito bem qual a diferença)!

Que linda coroa colocastes sobre as vossas cabeças! A coroa dos crimes que, supostamente, condenais! Ainda Khadaffi não estava morto, já havia dezenas de khadaffinhos a bailar à sua volta e milhões de khadaffões a salivar nas TV's do Mundo inteiro!

Se exultais com isto, que autoridade tendes para o condenar a ele? Hipócritas! Matar um homem indefeso a clamar por misericórdia... não sois melhores do que ele!

Khadaffi deveria ter recebido um julgamento exemplar e com todos os rigores da Lei, tal como ele sempre negou aos seus irmãos que matou. Nas palavras de Thomas More, no filme "Um Homem para a Eternidade", é preciso dar o benefício da Lei ao próprio Diabo:
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Assim, não se fez justiça! E enquanto não se fizer justiça, "quem viver pela espada, morrerá pela espada" (Mt 26:52)! Ou seja, ainda vão haver muitas mortes pela espada na Líbia, por muitos anos que isso demore... isto não é forma de refundar um país!

Entretanto, eu continuo a aguardar as manifestações esquerdistas contra o imperialismo americano, sob a forma de guerras ilegais que visam apenas conseguir mais petróleo sob o pretexto de expandir a democracia. Mas, se me permitem, continuo a esperar sentado!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

UM DOS MELHORES ARTIGOS SOBRE HOMOSSEXUALIDADE QUE JÁ LI

Escrito por uma católica ex-lésbica...

A nossa Igreja (e aqui refiro-me mais ao laicado do que à hierarquia) tem que aprender a lidar com este fenómeno da homossexualidade de uma forma diferente das seguintes
1) Aceitação acrítica do pecado
2) Humilhação farisaica do pecador

E talvez, depois de fazermos essa reflexão para a homossexualidade, possamos extrapolar as nossas descobertas para todos os restantes pecados.

Eu tentei fazer isto há uns tempos... Talvez não tenha sido bem sucedido, mas penso que é este o caminho que devemos seguir.

sábado, 8 de outubro de 2011

A LAICIDADE É PARA TODOS, MAS É MAIS PARA UNS DO QUE PARA OUTROS!

No passado dia 5 de Outubro, o Jornal de Notícias publicou uma notícia que, contrariamente ao que é normal neste jornal diário, era extremamente abonatória dos padres que nela figuravam. Tratava de uns sacerdotes que, ao que parece, usam da sua influência de homens ordenados por Deus para fazerem frente ao regime de Alberto João Jardim na Madeira. Todos os padres entrevistados ou citados tinham algum tipo de ligação a sindicatos ou partidos de Esquerda.

Espero a qualquer momento o coro de vozes indignadas por esta intolerável ingerência da Igreja nas funções seculares e laicas do Estado.

Se me permitem, vou esperar sentado...
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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A BENDITA HIPOCRISIA E A MALDITA COERÊNCIA

Na nossa sociedade pós-moderna não existem pecados. Ou antes, existe apenas um pecado: a hipocrisia. E, ao que parece, é um pecado sem perdão nem redenção.

Isto acontece porque a nossa mentalidade baseia-se num dogma que dita assim: "É moral e legítimo fazer tudo, desde que seja consensual". Portanto, se um dado acto nos dá prazer e cumpre os requisitos, então por que não fazê-lo? E se não há motivos para não o fazer, então não pode ser imoral, certo? E se não é imoral, por que se não há de fazer?

Este dogma está errado, porque se baseia numa lógica equivocada. A lógica é esta:
 Axioma 1) Se dá prazer, deve ser procurado como um fim em si mesmo.

 Premissa 1) Se um acto prazenteiro é feito de forma consensual, então ninguém é prejudicado
 Premissa 2) Se ninguém é prejudicado, então o acto não é imoral
 Conclusão: Logo, um acto prazenteiro feito de forma consensual nunca é imoral

Ora, tanto o axioma 1, como a premissa 1, como a premissa 2 são claramente erradas. Ou pelo menos, carecem de fundamentação lógica.

Perante este dogma, se alguém se insurge contra um dado acto, está a cometer uma rudeza, está a quebrar a etiqueta. Porque está a destruir o consenso desnecessariamente. E, logo, a pôr em causa o prazer que aquele acto nos dá. E, mais do que isso, a colocar em causa o próprio hedonismo sobre o qual a nossa mentalidade actual se fundamenta.

Nesse caso, o "moralista" deve ser punido com a morte do seu carácter. Este assassínio de carácter faz-se recorrendo ao epíteto de "hipócrita", que é uma espécie de heresia do séc. XXI. Os hipócritas são pessoas que pregam o bom comportamente moral, mas que não se comportam moralmente. Sucede então que uma pessoa que se insurja contra a imoralidade de um dado acto socialmente aceite vê toda a sua vida escrutinada até ao último pormenor, em busca da mais pequena nódoa, que o possa desacreditar enquanto autoridade moral. Por vezes, será lícito recorrer ao preconceito difamatório porque, afinal, o único pecado que existe é a hipocrisia e os relativistas podem difamar sem hipocrisia uma vez que não acreditam numa verdade absoluta.

É por isso que todas as intervenções da Igreja que sejam mais incómodas para a nossa mentalidade pós-modernista são inevitavelmente saudadas com um coro de "Hipócritas! Hipócritas! Cruzadas! Inquisição! Pedofilia! Tesouros do Vaticano!"

Deixemos de lado o facto de todas estas acusações serem preconceituosas e difamatórias em certo grau, uma vez que todas elas se baseiam mais em fantasias anticlericais do que na realidade! Suponhamos que todos esses erros da Igreja (que aconteceram e que foram, de facto, erros) foram aquele horror sangrento que as pessoas imaginam quando trazem à baila esses eventos...


Ora, ainda assim, isso não provaria nada. Os antigos (que sabiam raciocinar com muito mais lógica do que nós) chamavam a isso uma falácia: a falácia ad hominem ou tu quoque. É falácia porque até o maior escroque do mundo pode ter razão no que diz. O Hitler poderia dizer que o céu é azul e estaria a dizer uma grande verdade. E se eu fosse dizer que o céu é preto às bolinhas cor-de-rosa, então o Hitler teria mais razão do que eu, apesar de ser o Hitler.

Mas esqueçamos tudo aquilo que eu disse até agora. Partamos do princípio de que provar a hipocrisia de alguém é, de facto, algo de grave e que pode retirar-lhe a autoridade moral para se pronunciar sobre um assunto.

Põe-se aqui então uma nova questão... Será que a hipocrisia é um pecado tão grave assim?

Alguém que não é hipócrita é coerente. Mas será que a coerência é sempre benéfica? E, em contraponto, será a hipocrisia sempre maléfica?

Por exemplo, o Hitler era extremamente coerente. Advogava matar judeus e matava-os mesmo. Se Hitler fosse hipócrita, advogaria matar judeus, mas não os mataria. Neste ponto, ser hipócrita seria mais moral do que ser coerente.

Quer isto dizer que ser coerente não é virtude nenhuma quando se advoga a imoralidade!

Que é o que a sociedade actual faz!

O contraponto disto é alguém que é hipócrita quando advoga a moralidade!

Que é o que a Igreja faz!

Ora a Igreja prega que todos nós devemos ter um comportamento moral e responsável. E que o devemos ter sempre. Em boa verdade, a Igreja mostra-nos um modelo que é Jesus Cristo, a Encarnação do próprio Deus vivo, que devemos seguir e imitar em todas as circunstâncias da nossa vida.

É claro que isto é impossível de se cumprir. Um ser humano não-divino não pode comportar-se assim, a não ser por intervenção divina. Apenas Deus pode ser como Deus.

O que não significa que não devamos tentar comportar-nos como Deus o faria.

A Igreja eleva a fasquia até um nível impossível, tornando todos os que a seguem em hipócristas automáticos. Até Madre Teresa de Calcutá cairia nesse rótulo! Mas esse nível impossível é necessário! Porque a função da Igreja tem a função de guiar-nos, tem de nos guiar sempre para a Verdade... caso contrário, como saberíamos quando estaríamos a seguir a Verdade e quando estaríamos a seguir a Mentira piedosa? A função da Igreja é mostrar-nos o Bem, nu e cru... se fosse mostrar-nos apenas o razoavelzinho, apenas traria como fruto a mediocridade e o conformismo! Se que serviria uma bússola moral, se não apontasse sempre o Norte, em todos os tempos, mesmo os mais difíceis?

Mas, precisamente por saber que a fasquia é demasiado elevada, a Igreja recebeu o mandato divino da Misericórdia! Daí o Sacramento da Penitência! Daí o sentido da Redenção! O que não apaga a necessidade de Verdade e de Justiça! São antes princípios complementares, que se unem harmoniosamente numa práxis que se chama Amor ou Caridade!

Ou seja, no que diz respeito ao pecado, estamos melhor sendo hipócritas do que sendo coerentes!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

CITAÇÃO DO MÊS

Uma pedra atirada a um charco causa ondulações que se espalham em todas as direcções. Cada um dos nossos pensamentos, palavras e actos faz isto. Ninguém tem o direito de se sentar a desesperar. Há demasiado trabalho a fazer...

Dorothy Day

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

AS REGIÕES, A TROIKA E A SUBSIDIARIEDADE


Tenho muitas discordâncias em relação ao memorando da Troika. Algumas das medidas (como, p.ex., a flexibilização dos despedimentos) não têm nada a ver com a recuperação da crise económica e tudo a ver com a imposição de um modelo capitalista. Mas a medida de extinguir autarquias é, pelos vistos, uma excepção à regra... não tem nada a ver com a imposição de um modelo capitalista e sim com o oposto, i.e., com um modelo estatista e centralizador, à boa maneira socialista.

A ideia é que, extinguindo freguesias e municípios, se vão reduzir os custos associados às mesmas. Ora, isto é completamente falso. Quando se centraliza, aumenta-se a distância entre os centros de decisão e as populações afectadas. Isto compensa-se aumentando a burocracia. E a burocracia não só aumenta os custos como diminui a eficiência.

Mas então, que fazer? Que fazer quando uma das grandes fontes de despesismo do nosso país são precisamente os autarcas corruptos e gastadores, que não aceitam conter os custos das suas obras puramente demagógicas?

A solução não reside em centralizar e colocar tudo sob o máximo de tutela do Estado. A solução está, precisamente, em descentralizar ainda mais! É que o problema é que, até agora, a descentralização tem sido apenas de dinheiro... mas não houve qualquer descentralização de responsabilidades! E esse é o problema! Porque, tal como acontece no caso do Rendimento Mínimo, também essa situação cria uma subsidio-dependência do Estado, com a consequente quebra de produtividade e aumento da corrupção!

Por exemplo, anda muito na baila a situação da Madeira. Toda a gente cai em cima do Alberto João Jardim! Mas quem o pode censurar? Ele apenas está a jogar (e muito bem!) as cartas que o actual sistema induz que se joguem!

O Alberto João Jardim quer gastar fortunas na Madeira? Pois que o faça! Mas não com o dinheiro dos impostos dos portugueses em geral! Que o faça com o dinheiro dos impostos dos madeirenses! E deixemos que o dinheiro dos impostos dos lisboetas seja gasto em Lisboa e o dinheiro dos impostos dos portuenses no Porto e o dos bracarenses em Braga!

E, deste modo, que sejam as autarquias a gerir as suas próprias forças de segurança, as suas próprias escolas, os seus próprios hospitais... O Estado receberia apenas uma fracção mínima dos impostos, mas também estaria mais liberto para actuar económica e politicamente na sua verdadeira área de competência: governar a Nação, através dos poderes legislativos e executivos.

Claro que, nas regiões mais desertificadas, haveria menos população e, logo menos impostos para gastar no seu desenvolvimento. Ora, isso não seria grande problema:
 a) Tal como cada indivíduo tem de desembolsar algum do dinheiro dos seus impostos para ajudar os mais desfavorecidos através do Estado Social... também as regiões mais desenvolvidas deveriam contribuir para um fundo solidário para ajudar o desenvolvimento das menos favorecidas
 b) Uma região mais desertificada, tendo menos população, também tem menos despesas... assim, nestas regiões, os impostos seriam menores. Este seria o incentivo perfeito para atrair as pessoas para aquelas regiões, repovoando-as.

Ou seja, todos ficaríamos a ganher com uma verdadeira descentralização e regionalização de Portugal. Infelizmente, não é isso que está na cabeça das elites bem-pensantes. Vamos pagar bem caro estas medidas... literalmente!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

QUEREM LEVAR O PAPA A JULGAMENTO!

Umas mentes brilhantes quaisquer estão a aproveitar (como sempre!) a mais recente viagem evangélica do Papa Bento XVI para ganharem atenção mediática. Ao que parece, querem levá-lo a julgamento pelos escândalos de pedofilia... Ah! E é ao Tribunal Internacional por crimes contra a Humanidade (é claro... haveria de ser por menos?)!

EU ACHO MUITÍSSIMO BEM!

Que julguem o Papa! Com base no que li sobre o assunto, era perfeitamente benéfico que assim fosse! Assim, o enviesamento anticlerical, sensacionalista e difamatório dos media seria finalmente posto a descoberto! E o Papa teria finalmente a sua inocência claramente e irrefutavelmente provada! Mais: finalmente seriam postos a nu todos os esforços heróicos que Ratzinger envidou na luta contra a pedofilia no seio da Igreja, quer enquanto Cardeal, quer enquanto Papa!

E essas mentes brilhantes teriam de voltar à lengalenga gasta do "Cruzadas, Inquisição, Cruzadas, Inquisição, Cruzadas, Inquisição, Cruza..."

No entanto, a principal obrigação do Papa é para com os seus fiéis e não para com os seus detractores (que, por mais provas que os refutem, jamais ficarão satisfeitos, pois não estão interessados na Verdade nem na Razão, mas apenas em terem pretextos para calarem uma voz incómoda)! Por isso, o Papa já está demasiado ocupado com o actual estado da Igreja Católica, para ter de andar a enveredar em mitigações populistas deste género! Claro que a Lei prevalecerá e o Papa não irá a julgamento, porque essa ideia não tem qualquer sustentação jurídica... mas, claro, serve para os demagogos do costume continuarem a vociferar! Deixai-os, pobres coitados...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

UMA CULTURA DE TRANSGRESSÃO É UMA CULTURA DE MORTE (II)

A propósito desta notícia, relembro este meu post.

Rezemos por elas, em vez de lhes lançarmos pedras, como nos ensinou o Mestre...

domingo, 18 de setembro de 2011

EU SOU EUROPEÍSTA, MAS...

... não sou a favor desta União Europeia.

A Bandeira da U.E.
representando o que ela realmente é

Uma União federalista, que afasta as nações da sua soberania e que afasta as populações dos centros de decisão, concentrando o poder longe daqueles que mais conhecem a realidade e que mais são afectados por essas decisões políticas. Basta ver como os burocratas de Bruxelas tentaram a todo o custo evitar referendos sobre o Tratado de Lisboa e como se comportaram aquando da nega dos irlandeses.
É um atentado ao princípio da Subsidiariedade, tão caro à Doutrina Social da Igreja!
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Uma União que aproveita o seu poder para impôr o modelo capitalista (tão criticado pelos Papas Pio XI e Bento XVI) aos países mais desfavorecidos em troca de ajuda financeira, quando esses países estão em maior necessidade de ajuda precisamente por terem renunciado à sua soberania monetária e entrado no modelo da "Moeda Única" que eles (também) impuseram. Impõem-nos um modelo capitalista, segundo o qual "greed is good", porque o que importa é haver investimento, sem qualquer regulação, independentemente da ética. Impõem-nos um modelo puramente economicista, como se as estatísticas económicas fossem mais importantes do que o bem-estar das pessoas. Trata-se de uma "União" que apenas é unida na prosperidade, mas que na crise se desune em países mais poderosos e em países menos poderosos, para que os primeiros se lancem sobre os segundos... sem perceberem que numa verdadeira união os mais fortes ajudam os mais fracos.
É um atentado ao princípio da Solidariedade, tão caro à Doutrina Social da Igreja!
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Uma União que rejeita a Lei Natural, promovendo uma agenda abortista e pós-moderna, sem qualquer respeito pela Vida Humana. Uma União que tenta redigir uma Constituição comum que apenas reconhece o impacto da Filosofia Greco-Romana e do Iluminismo na formação da identidade europeia, mas que rejeita a contribuição do Judeo-Cristianismo. Em suma, uma União de elitistas que divulgam uma Cultura da Morte e que demonstram uma grave ignorância histórica em relação ao continente que eles pretendem refundar... e que, ainda assim, se acham no direito e dever de nos "educarem" nos seus princípios.
É um atentado aos próprios católicos... e, em boa verdade, é um atentado a qualquer pessoa de bom senso!
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[Ah! E, já agora... todo e qualquer projecto humano que ignore Deus (por muito "racional" ou "progressista" que seja) está condenado ao fracasso! Esta União está a deteriorar-se inexoravelmente em frangalhos e não há nada que possa fazer para o travar!]
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Devolvam o poder aos povos! Devolvam as moedas aos países! Devolvam-nos a nossa identidade! Que vocês, eurocratas, não são guardiões de nenhuma dessas coisas! Se queremos uma Europa unida, façamos uma Comunidade que respeite a soberania, a liberdade e a identidade de cada um... façamos uma espécie de grémio de países, que promova a entreajuda e a livre circulação de ideias, pessoas e bens comerciais. Isso é suficiente para garantir a paz na Europa. Em boa verdade, tentar ir além disso é (isso sim!) prejudicial à paz na Europa.
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A Bandeira da C.E.E. foi inspirada
na coroa de doze estrelas de Nossa Senhora
em Apocalipse 12:1-2

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Embora discorde de muitas ideias do partido europeu UKIP, deixo aqui uns vídeos do eurodeputado Nigel Farage que ilustram muito bem o que há de errado com o nosso sistema europeu actual.




quarta-feira, 14 de setembro de 2011

É IMORAL!

É imoral sobrecarregar um país com impostos, enquanto nada se faz para conter a despesa (àparte de umas operaçõezinhas de cosmética)!

É duplamente imoral quando tais cortes na despesa foram a bandeira eleitoral que conseguiu o Poder!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

terça-feira, 30 de agosto de 2011

CITAÇÃO DO MÊS (e do regresso ao trabalho...)

Não te esqueças também de que o que é importante não é fazer muitas coisas; limita-te com generosidade àquelas que possas cumprir no dia-a-dia, quer te apeteça quer não. Essas práticas conduzir-te-ão, quase sem reparares, à oração contemplativa. Brotarão da tua alma mais actos de amor, jaculatórias, acções de graças, actos de desagravo, comunhões espirituais. E tudo isto, enquanto te ocupas das tuas obrigações: ao pegar no telefone, ao subir para um meio de transporte, ao fechar ou abrir uma porta, ao passar diante de uma igreja, ao começar um novo trabalho, ao executá-lo e ao concluí-lo. Referirás tudo ao teu Pai Deus.

Padre S. Josémaria Escrivá
in Amigos de Deus, 149

AINDA A SILLY-SEASON... EM ANTECIPAÇÃO DO REGRESSO AO TRABALHO

sábado, 20 de agosto de 2011

DAS MANIFESTAÇÕES EM ESPANHA...


Muito se tem escrito sobre as manifestações em Espanha por parte dos indignados laicistas que protestam contra a contribuição de dinheiros públicos para as Jornadas Mundiais da Juventude (uma manifestação católica de jovens com a inultrapassável contribuição e presença do Papa Bento XVI)

Em primeiro lugar, convém dizer que a grande maioria das despesas são suportadas pela própria Igreja Católica, por contribuições e por fundos privados. Veja-se aquiaqui, aqui e aqui.

Depois, convém salientar que a grande maioria dos ditos Indignados são de Esquerda. E a Esquerda é adepta do keynesianismo. Quer isto dizer, a Esquerda acredita que é papel do Estado gastar dinheiro (seja por obras públicas, seja por subsídios) para manter o dinheiro a circular e, deste modo, dinamizar a economia.

Deste modo, não se compreende as manifestações destes Indignados contra as (poucas comparadas com tanta e tantas outras) despesas públicas no que diz respeito à visita do Papa... quando se sabe que a economia espanhola vai claramente sair a ganhar com essa visita. Veja-se aqui, aqui e aqui

Mas quando confrontado com isto, o Indignado contesta que se estão a utilizar dinheiros públicos para promover uma religião, que é uma crença subjectiva e privada, não partilhada por certos segmentos da população, e que busca impôr a sua moralidade particular sobre os outros.

Ora, estes são os mesmos que acham que os dinheiros públicos devem financiar abortamentos provocados... ou certos lobbys de propaganda feminista e LGBT. Também muitos segmentos da população contestam a benignidade e a ética destas práticas. Portanto, estes indignados não podem ser (por princípio) contra a utilização de dinheiros públicos para financiarem uma moralidade particular que se pretende impor aos outros.
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Não sejamos ingénuos! Se a questão realmente se prende com os dinheiros públicos, então para quê tantos cartazes de doutrinas contrárias à Igreja (homossexualidade, abortamento) ou com as mentiras propagandísticas do costume (o nazismo do Papa ou o seu encobrimento de casos de pedofilia)?

Portanto, daqui se depreende que os dinheiros públicos são apenas um pretexto!

O que realmente move estes Indignados é o ódio e o preconceito! Contra o Papa! Contra o Catolicismo! Contra as expressões públicas, comunitárias e democráticas dos católicos!

Ora, estes Indignados também são favoráveis a que sejam proibidas todas as manifestações que sejam puras manifestações de ódio e preconceito...

Logo, segundo a própria ideologia dos Indignados:
1) A visita do Papa deve ser financiada por dinheiros públicos, porque é benéfica para a economia
2) O facto de a religião católica ser subjectiva não impede a utilização desses dinheiros públicos
3) As manifestações dos Indignados deveriam ser proibidas, porque são movidas única e exclusivamente por ódio e preconceito.

Não estou a dizer que concordo com nenhuma destas conclusões. Digo apenas que o Indignado tem apenas 2 opções: ou concorda com estas conclusões ou então está a ter um double-standard (o que, a verificar-se, demonstraria que o Indignado é incoerente e injusto).