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Ano da Fé

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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

PERÍODO PÓS-ELEITORAL

Ao contrário do que tenho feito até agora, não vou comentar extensivamente os resultados das eleições passadas...
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O principal motivo para tal é que estes resultados são ainda demasiado imprevisíveis e voláteis para que se possam tirar quaisquer ilações.

Sim, a Esquerda fracturante perdeu a toda a linha (PS perdeu a maioria absoluta, o que vai inibir em muito a postura arrogante do Sr. Engenheiro José Sócrates; BE não conseguiu estar à altura das expectativas e tornar-se a 3ª força política; CDU tornou-se o último na Assembleia da República).

E sim... estas eleições apenas tiveram um (e sublinho... UM) vencedor: o CDS-PP. Folgo em saber que, finalmente, após tantos anos, um partido democrata-cristão fica à frente dos dois partidos comunistas (como é próprio de um país civilizado).

Tudo isso é bom...

... mas...

... a Esquerda fracturante continua a maioria na Assembleia da República. E, com a derrota da Dr.ª Manuel Ferreira Leite (com Pedro Passos Coelho na linha da sucessão e com o sucesso das eleições europeias a ser atribuído a Paulo Rangel), não esperem que tão cedo alguém do PPD-PSD tenha a coragem de proclamar "O casamento tem como objectivo a procriação".

Entretanto, as vítimas do aborto vão continuar a incrementar aos milhares.

A formação do próximo governo está ainda em aberto. Ninguém pode saber quais as coligações que, a existirem, se irão realizar. Não há previsões que valham. O Futuro é completamente impossível de descortinar.

Portanto, em vez de previsões ou comentários, vou dar um conselho aos meus leitores. Um conselho baseado na metáfora plena de sabedoria com que S. Paulo Apóstolo nos brinda na sua Epístola aos Efésios, capítulo 6, versículo 11.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

CITAÇÕES DO MÊS (a propósito das próximas eleições legislativas)

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O Mundo Moderno parece dividir-se entre Progressistas e Conservadores. A função dos Progressistas é cometer erros. A função dos Conservadores é impedir os erros de serem corrigidos.
G. K. Chesterton


Não há verdadeira democracia no nosso país, porque as nossas forças políticas regem-se por minorias e não por maiorias. Os Conservadores escutam qualquer minoria, desde que seja rica. Os Progressistas escutam qualquer minoria, desde que seja louca.
G.K. Chesterton



A Direita pretende ser possível o Amor a Deus sem o Amor ao próximo. A Esquerda pretende ser possível o Amor ao próximo sem o Amor a Deus.
Desconheço o autor

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

J ' ACCUSE!


Em menos de duas semanas Portugal vai novamente a eleições. Não se tratam de umas eleições quaisquer… mas de eleições que irão decidir o rumo legislativo e executivo do nosso país nos próximos 4 anos.
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Quatro anos pode parecer pouco tempo, mas não é. Nestes 4 anos de maioria absoluta socialista (e maioria absolutíssima de uma Esquerda anticristã, anticatólica, anticlerical, antifamília e antiliberdade) muito mudou, graças ao Sr. Engenheiro José Sócrates. Ao contrário das críticas mais baixas e rasteiras (e, portanto, típicas da nossa política), eu não digo “Sr. Engenheiro” num tom irónico, pejorativo e degradante. Porque isso perpetua uma forma vergonhosa de fazer política (o argumento ad hominem).
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Porque desconheço o verdadeiro estatuto legal da licenciatura do nosso primeiro-ministro. Mas também (e sobretudo), porque José Sócrates provou ter sido o maior engenheiro de que há memória em Portugal. Um engenheiro social. Em vez de imprimir o seu cunho pessoal a uma habitação ou a uma estrada, José Sócrates transformou toda uma nação à sua imagem e semelhança. O que não foi uma boa metamorfose, por várias razões…
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Quais são essas razões? Imensas! Quase 40.000 razões! Uma razão por cada criança assassinada no ventre de sua mãe. Infelizmente, são as 40.000 razões de que ninguém fala nesta campanha eleitoral. Os vários partidos políticos (desde os maiores com representação parlamentar até aos menores, como o próprio MEP) parecem encarar estas 40.000 razões como um fait diver.
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Mas não é um fait diver!
É O MAIS IMPORTANTE!!!
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Em qualquer país com o mínimo de bom senso, um primeiro-ministro eleito democraticamente que tivesse sido responsável pela morte de 40.000 crianças da sua nação e que se orgulhasse desse facto… seria imediatamente corrido a pontapé, bem como todos os seus correligionários. Num país com o mínimo de bom senso, qualquer partido político que (por acção ou omissão) tivesse sido responsável pela morte de 40.000 crianças da sua nação, seria imediatamente varrido da Assembleia da República. Que mais argumentos seriam necessários? Que argumentos falariam mais alto?
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Mas não vivemos num país com o mínimo de bom senso…
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… e, para prova-lo, temos que esta maioria conseguiu, com as suas seduções e pressões e maquiavelismos vários, levar a sua avante e quem sujou as mãos com o sangue das 40.000 crianças foi o Povo!
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Hoje vivemos num país em que subsiste uma visão puramente utilitária dos nossos irmãos embriões (nossos irmãos em Humanidade, digam o que disserem). Se a vida de um embrião é incómoda, suprime-se. Se é desejada, cria-se artificialmente e manipula-se laboratorialmente. E se, tendo sido criada, sobrar… então é destruída para suprir a investigação científica. Os embriões apenas têm o direito de servir o bem-estar de um outro grupo de seres humanos: os adultos. O Sr. Engenheiro José Sócrates, com as suas leis da IVG (para quê o eufemismo?) e da Procriação Medicamente Assistida, reavivou em Portugal dois fantasmas dos quais nos orgulhávamos de ter exorcizado: a Pena de Morte e a Escravatura.
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Não nos enganemos, este é o legado supremo que o Sr. Engenheiro deixou ao seu país! O cúmulo da sua engenharia social! Vai ser por isto que as gerações futuras se recordarão do nome de José Sócrates (e, para nossa vergonha, do nosso nome também). Quase quarenta mil (e é um número que continua a aumentar a cada instante) crianças envenenadas e/ou despedaçadas sem piedade, porque eram “indesejadas”.
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Claro que o Sr. Engenheiro José Sócrates afirma que sacrificou 40.000 crianças por uma boa causa. A mesma “boa causa” que retirou todo o bom senso ao nosso país. Ninguém gosta de destruir uma criança (que, a partir do momento em que tem de ser imolada, deixa de ser uma criança e passa a ser uma “bola de células”)... mas tal era necessário para diminuir o número de abortamentos induzidos em Portugal, sobretudo os abortamentos clandestinos, que punham em risco a saúde da Mulher. O que acontece, é que nenhuma dessas metas foi atingida e a “boa causa” caiu em saco roto.
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Mas mesmo que essa “boa causa” tivesse sido bem sucedida, tal continuaria a não interessar para nada. Ou os Direitos Humanos são intocáveis, ou então não são Direitos Humanos de todo! De certeza que todos os regimes que violam os Direitos Humanos (desumanizando com falsos argumentos aqueles que lhes são “incómodos”) têm bons motivos de interesse nacional para o fazer! Mas que interesse nacional se pode sobrepor à vida de uma criança que seja? Já dizia a Beata Madre Teresa de Calcutá: “Uma nação que legalize o aborto, é uma nação que está a proclamar que se pode usar de violência para se obter o que se pretende!” Onde está o interesse nacional nisto?
Os Direitos Humanos não se referendam! Nenhum consenso (por muito democrático que seja) tem direito sobre a vida de um único Ser Humano (sob pena de deixar de ser democrático de todo). Mas se José Sócrates estava tão empenhado em escutar a voz do Povo neste assunto, por que não escutou o Povo quando este se pronunciou sobre o mesmo assunto em 1998? Será que José Sócrates estava mais interessado em fazer passar o seu programa ideológico como a vontade popular do que em conhecer verdadeiramente a vontade popular? Se o Não tivesse ganho em 2007, seria repetido novo referendo, à semelhança do que vai acontecer na Irlanda a propósito do Tratado de Lisboa?
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E a propósito do Tratado de Lisboa… embora os Direitos Humanos não se referendem, é mais do que justo que sejam referendadas matérias que dizem respeito às relações de Portugal no Mundo no âmbito de uma Europa que se gaba da sua cultura democrática. Sobretudo se tais matérias tiverem grandes implicações em certas matérias como a soberania nacional.
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Infelizmente, tanto o Primeiro-ministro como o Presidente da República, o PS e o PSD acharam por bem subtrair ao Povo a voz nesse assunto. Afirmavam que havia demasiado em risco e que o Povo não conhecia bem a substância do Tratado ou das relações internacionais para se pronunciar sobre tão grave assunto. Ou seja, caíram na frequente tentação de acreditarem que o Povo é estúpido e não pode constituir um obstáculo aos projectos iluminados dos civilizados eurocratas de Bruxelas. Eles sabem que o Povo não sabe, e sabem que precisam de construir uma Europa mais unida e democrática onde o Povo possa ter uma voz activa na construção europeia.
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Ora, é a este Povo “estúpido” que o Sr. Engenheiro ia reclamar a legitimidade das suas reformas políticas. Alegadamente, o Povo tinha-lhe dado uma maioria absoluta (embora todos saibam que José Sócrates nunca ganhou nenhuma eleição legislativa, mas antes que foi Santana Lopes a perdê-la) e, por isso, ele tinha direito a proceder com arrogância nas suas acções (aquilo que ele chama “Determinação” nos seus cartazes propagandísticos).
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E é a este Povo “estúpido” que o Sr. Engenheiro vem agora pedir a renovação do voto!
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E eu pergunto: em que é que ficamos? O Povo é estúpido? Ou é digno de confiança na cabine de voto?
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Chego apenas a uma conclusão: na mente de José Sócrates (e de uma grossa percentagem da nossa classe política) o Povo é estúpido quando não concorda com ele e é inteligente quando concorda. Porque o Sr. Engenheiro é inteligente e quem não concorda com ele é estúpido. É por isso que apenas o Sr. Engenheiro sabe como “Avançar Portugal”, embora não diga se o vai avançar rumo a um Paraíso ou rumo a um Inferno. E não nos enganemos, este é um modelo de pensamento que é compartilhado por toda a elite intelectual de Esquerda. A vontade do Sr. Engenheiro é a vontade do Povo, mesmo que para isso o Povo tenha de ser educado.
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É por isso que o José Sócrates instituiu uma Educação Sexual que é obrigatória. Se os pais são incapazes de enfiar na cabeça dos jovens as suas ideias progressistas, então tem de ser ele, com todo o peso do Estado, a tomar as rédeas. Quem não desejar submeter-se, é tão tolo como os criacionistas que não querem o evolucionismo a ser ensinado nas salas de aula. Porque, na cabeça de uma certa Esquerda, a benignidade de certos comportamentos sexuais é tão certa como uma hipótese científica sobejamente provada. Negar a moralidade do uso do preservativo é tão crasso como negar a existência dos dinossauros, embora os dinossauros sejam uma evidência científica e a moralidade não. E isto está tão enraizado na nossa cultura, quem nem o CDS-PP teve a coragem suficiente para votar contra este vergonhoso projecto-lei.
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E eu pergunto-me porquê? Por que não dão aos pais a liberdade de escolherem a educação sexual a dar aos filhos? Isso não impediria os filhos destes progressistas de terem a educação sexual progressista que eles desejavam! Por que não dão a liberdade dos pais de escolherem as escolas que eles desejarem? Por que continuam a vetar a iniciativa dos cheques-escola? Por que estão tão apostados em retirar aos pais os seus direitos constitucionalmente consagrados (vide art. 36º, nº 5 e art. 43º, nº 2 da nossa Constituição)?
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A resposta a estas questões é muito simples (embora eu gostasse que não o fosse). É que as escolas são um local privilegiado para os nossos engenheiros sociais actuarem numa efectiva “modernização” da nossa sociedade. Logo, é imprescindível que se “modernize” as escolas. Se se atribuísse demasiado poder aos pais, estes poderiam impugnar essa “modernização” de base de toda a sociedade.
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Poderia ser que os pais, na sua incrível ignorância, achassem que uma escola moderna não é o que vai na cabeça de José Sócrates! Poderiam acreditar que uma escola moderna não é aquela em que as criancinhas da primária aprendem inglês, mas aquela em que os jovens terminam a escolaridade obrigatória a saber falar correctamente português! Poderiam acreditar que uma escola moderna não é um repositório durante as horas laborais dos pais (aumentando-se progressivamente a carga horária ou a escolaridade obrigatória), mas um local de aprendizagem das competências necessárias para uma cidadania futura responsável! Poderiam acreditar que uma escola moderna não é aquela em que os alunos triunfam por facilitismo, mas por esforço próprio (ainda que, para isso, fosse necessário sacrificar alguns lugares nos rankings estatísticos de Bruxelas)! Poderia acreditar que uma escola moderna não é aquela em que as crianças são colocadas diante de um computador, mas aquelas em que são ensinadas a trabalhar e a interagir com os professores e colegas! Poderiam acreditar que uma escola moderna não é aquela em que os telemóveis, as gritarias e as doutrinas dogmáticas dos pedagogos do eduquês se fazem ouvir, mas sim onde se faz ouvir a voz do professor a ensinar e a explicar a matéria que necessita de ser leccionada! Poderiam acreditar que uma escola moderna é aquela onde não se agridem os professores, onde pais e professores se unem em prol da educação dos filhos do Amanhã!
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Infelizmente, não foi isso que prevaleceu. O José Sócrates, sendo de Esquerda, conseguiu ganhar o apoio dos pais usando as tácticas preferidas da Esquerda:
1) arranjar bodes expiatórios – os professores eram os culpados do insucesso escolar, tendo que ser crucificados publicamente com um sistema de avaliação sem pés nem cabeça, pretendendo apenas agradar a pais pouco escrupuloso.
2) comprar apoios com uma série de privilégios muito práticos e convenientes, embora contraproducentes – transformando a Escola Pública numa unidade de baby-sitting, alienando (em vez de fomentar) com isso as respostas que a própria sociedade civil procurava encontrar para suprir as necessidades honestas de ocupação criativa e inteligente dos filhos durante as horas de trabalho dos pais (veja-se o caso das ATLs).
3) Semear conflitos.
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E, de facto, a Esquerda é perita em semear conflitos, porque para eles, “a luta é o caminho” (esquecendo-se de que de nada serve lutar se não se luta por alguma coisa que valha a pena). E isso foi visível na actual legislatura. Semearam conflitos entre pais e professores (por muito modernas que sejam as propostas educativas deste Executivo, esquecem-se do fundamental: a Educação só é possível na cooperação entre pais e professores para o bem dos alunos). Semearam conflitos entre patronato e operariado. Semearam conflitos entre mães e as suas crianças não nascidas. E semearam conflitos até no interior da instituição mais sagrada e fundamental da nossa sociedade civil: o casamento.
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É verdade, como se já não bastasse tudo isto, o Sr. Engenheiro resolveu “meter a colher entre marido e mulher".
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Todas estas atitudes de José Sócrates e da Esquerda fracturante têm base numa mundividência do casamento que é profundamente errada e, diria até, paradoxal. Parece que o casamento mais não é do que uma união de facto. Nada os parece distinguir, exceptuando-se um certo pendor retrógrado e incompreensível no casamento. Não importam os sentimentos naturais dos noivos de um casamento, que trocam os votos porque querem assumir um compromisso (em oposição aos contraentes de uma união de facto, que o fazem precisamente porque querem evitar esse compromisso). Os engenheiros sociais não são muito bons a compreender os sentimentos naturais das pessoas. O que importa são as ideias pré-concebidas dos engenheiros sociais e as formas mais práticas de as levar avante. E a ideia pré-concebida do casamento para estas mentes iluminadas é: o casamento não serve uma função social objectiva (apesar de toda a sociedade provir da Família fundada no Casamento), mas antes serve para que as pessoas se sintam bem. Por isso, assim que o Casamento deixe de servir a sua função de autogratificação, deve ser eliminado o quanto antes. Com o mínimo de obstáculos. Mesmo unilateralmente. Como está consagrado na Nova Lei do Divórcio.


Neste momento, o Casamento é o contrato com menor valor legal no nosso país. E é uma pena, porque o Casamento é o contrato mais valioso para o nosso país. O Casamento não serve para que nos “sintamos bem”. Serve para ligar os esposos entre si numa união estável, para que não surjam situações de injustiça para com os mais desfavorecidos (que, geralmente, são aqueles que mais beneficiam com a protecção que apenas uma Família forte pode fornecer). Os cônjuges mais dependentes. Os idosos. E, sobretudo, as crianças. Todos os direitos que estes têm à protecção de uma família estável são sobrepujados pelos direitos à felicidade e auto-afirmação daqueles que mais autonomias apresentam na nossa sociedade. Infelizmente, como eu já referi acima, temos uma visão utilitária das crianças. Também elas servem a nossa felicidade e não o oposto. Portanto, se o Casamento é um impedimento à felicidade dos adultos, não cabe aos adultos tentarem resolver os seus diferendos de uma forma (passe o pleonasmo) adulta! Não… as crianças é que têm de optar: ou suportam as discussões permanentes dos pais, ou libertam os pais dos laços que eles próprios livremente contraíram.
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É claro que, se o casamento tem tudo a ver com “sentir-se bem”, é natural que haja pessoas que queiram aceder à felicidade do casamento. Mesmo que não se queiram casar no verdadeiro sentido da palavra. É que o casamento, em todas as sociedades e civilizações sem excepção, sempre foi a união entre um homem e uma mulher. Todavia, há quem queira chamar Casamento aquilo que os faz felizes. E colocar crianças à mistura e tudo, para completar a ilusão (como eu já disse, as crianças são vistas numa perspectiva utilitária, servindo apenas para aumentar a felicidade dos adultos).
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É por isso que José Sócrates está tão entusiasmado em legalizar o “casamento homossexual” (o que é tão lógico como dizer que quer legalizar o “triângulo de quatro lados”). E isto depois de José Sócrates ter posto todas as suas forças em colocar todos os entraves possíveis e imaginários ao “casamento homossexual. porque senão os louros da vitória iriam para Francisco Louçã e não para Sócrates.
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Se as pessoas com orientação homossexual vissem bem as coisas, veriam que o seu sofrimento está a ser utilizado para capitalizar e consolidar o poder de ideologias totalitárias e contrárias à dignidade da pessoa humana. No entanto, tal como em outras coisas, as promessas do Sr. Engenheiro (e da Esquerda em particular) são demasiado sedutoras e práticas para serem rejeitadas. Toda esta polémica do “casamento homossexual” nada mais é do que um sugadouro de votos de uma minoria iludida e daqueles que se apiedam dela… e do que uma manobra de diversão que é aplicada nos momentos políticos mais convenientes. Distrai, porque “fractura” a sociedade. E “fracturar” é semear conflitos, a especialidade da Esquerda.
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Neste momento, toda a Esquerda quer fazer equivaler aqueles que discordam deles em relação aos “casamentos homossexuais” aos racistas e machistas, tendo cunhado um novo nome para designar os hereges: “homofóbicos”. Dizem que se trata de uma forma de discriminação. Na pág. 103 do Programa Eleitoral do Bloco de Esquerda está escrito que desejam o “Alargamento do casamento civil ao conjunto de todos os cidadãos e todas as cidadãs”. O que eles não dizem é que isto já existe. O casamento é a união entre um homem e uma mulher… e qualquer cidadão e cidadã pode consumar um casamento civil com quem desejar. Mesmo alguém com uma orientação homossexual. O que eles queriam dizer realmente era “Alargamento do casamento civil a tudo aquilo que qualquer cidadão ou cidadã desejar que seja”. Mas, se é mesmo assim, então o Bloco de Esquerda está a pecar por defeito. Quer-me parecer a mim que os bloquistas são uma cambada de delfinofóbicos e de polifóbicos.
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Infelizmente, nada disto é discutido. Hoje em dia, apenas se debatem outros temas, nomeadamente do foro económico. O que é compreensível, dada a crise económica em que vivemos. Os portugueses estão demasiado preocupados com a sua própria subsistência para lutarem pela subsistência dos embriões ou por questões de princípios. Para conseguirem sobreviver ao seu endividamento, as pessoas estão dispostas a sacrificar a sua liberdade no altar dos engenheiros sociais. É compreensível, mas não é sensato.
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Não é sensato, nem sequer do ponto de vista económico, porque tudo aquilo que enfraquece a Família gera inevitavelmente situações de pobreza económica. Mas vamos então discutir economia. José Sócrates defende, nos seus cartazes, que o PS “combate a crise”. Que crise é que ele combate?
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O poder de compra (isto é, antes da queda do EURIBOR e da baixa das taxas de juro decorrentes da actual crise económica)?
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As taxas de pobreza (sobretudo nas crianças)?
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Essas são as estatísticas que me interessam! As estatísticas que apontam os níveis de conforto económico dos portugueses! As estatísticas que me dizem como as pessoas estão a viver! Mas parece que só se fala de PIBs, défices e outros desse género...
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Certamente que haverá estatísticas e indicadores económicos que favorecerão o actual Executivo. Eu não digo que tenha sido tudo mal feito! Mas que ninguém me venha dizer que os portugueses estão melhor agora do que antes do Executivo de José Sócrates! O descontentamento é palpável!
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E não me posso esquecer de que as estatísticas não são tão fiáveis como os políticos querem fazer parecer! Precisamente porque percebo um pouco de estatística, eu não acredito no dogma da infalibilidade estatística! As estatísticas podem ser lidas de várias formas e interpretadas de diversas maneiras, de acordo com o que se pretender ler nelas! A mim preocupa-me as pessoas, não os números!
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Infelizmente, quem assiste a um debate na Assembleia da República nos dias de hoje, não encontra mais do que um tiroteio cerrado de estatísticas. Em vez de se discutirem as propostas concretas de cada partido, procura-se desacreditar (o argumento ad hominem) os proponentes ao esgrimir-se estatísticas do actual Executivo e de Executivos há muito defuntos! Parece que o PS, o PPD-PSD e o CDS-PP não fazem outra coisa! Já basta de “Ah, caro deputado! Mas quando você esteve no Governo esta taxa era assim e assado”. Discutam o que está em cima da mesa, aqui e agora!!! As pessoas merecem isso!
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O Engenheiro José Sócrates usa a crise internacional para justificar todos os indicadores económicos que não o colocam numa posição muito favorável! O que poderá parecer justo, mas a verdade é que a crise de 2009 não explica tudo.
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No entanto, se tomarmos como verdadeira esta desculpa de Sócrates, então surge a implicação: se o primeiro-ministro não tem qualquer responsabilidade na crise actual, então também não poderá ter nenhum mérito na retoma. Ou a economia pode ser controlada pelos políticos do Executivo, ou é puramente conjuntural. Se se optar por esta última hipótese (o que parece ser a abordagem de Sócrates), então não importa discutir economia de todo. Porque a eficácia de qualquer partido político no Poder estará contingente das influências internacionais.
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Seria importante que José Sócrates pusesse de lado o seu orgulho e assumisse quais as suas responsabilidades na crise económica actual. O Povo português agradecer-lhe-ia a honestidade e poderia separar o trigo do joio, aquilo que foi contribuição da governação actual e aquilo que foi fruto da crise internacional. Porém, infelizmente, José Sócrates cuida demasiado da sua aparência para tais actos de elevação política.
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Muitos apontam a crise actual como o ponto de viragem. O ano de 2008 terá sido o ano em que o Capitalismo morreu. E eu concordo. Mas, infelizmente, eu não tenho ilusões. É que os sistemas políticos e económicos parecem budistas, ou seja, morrem mas reencarnam. Como prova, está o facto de que aqueles que mais apontam para a morte do Capitalismo serem filhos do Comunismo/Socialismo. Ora, o Comunismo/Socialismo morreu de forma muito mais espectacular há 20 anos atrás (alegadamente, ter-lhe-á caído um muro em cima). E, se é verdade que o Capitalismo gera muita pobreza e desigualdades e insensibilidade social, também é verdade que a alternativa socialista jamais, em todo o séc. XX, conseguiu gerar um país próspero que fosse (se excluirmos dessa prosperidade as altas patentes partidárias).
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Eu, porém, digo que estão ambos mortos. O Capitalismo e o Comunismo/Socialismo. E devemos aproveitar enquanto estão ambos mortos e ainda não ressuscitaram para os enterrar de vez. Nunca teremos uma conjuntura tão favorável para optarmos por um sistema que não pretenda secundarizar a Dignidade Humana perante o Mercado, o Estado ou outro qualquer ídolo artificial. Ouçamos as palavras sábias da Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica!
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Mantendo-me neste assunto, embora mudando um pouco, está a profunda irresponsabilidade social e económica do Bloco de Esquerda em querer retirar os benefícios fiscais aqueles que fazem PPRs. Parece que poupar é coisa de “ricos”. Esquecem-se esses senhores que existe uma certa classe média, que é imune tanto à protecção conferida pelas grandes fortunas como aos subsídios estatais. Sendo assim, claro que poupar será coisa de “ricos”, porque os outros serão empobrecidos pela carga fiscal (que deverá suportar o Omnipotente Estado, dono de tudo, incluindo da liberdade de ter propriedade/poupanças privadas) a ponto de não poderem poupar.
Claro que o Bloco de Esquerda sustenta que os impostos assim arrecadados poderão sustentar a Segurança Social para todos. O que eles se esquecem de mencionar é que a Segurança Social não poderá sustentar todos durante muito mais tempo, mercê das políticas desastrosas antifamília de que o Bloco de Esquerda é paladino (e não me venham falar de imigração, que a imigração não é um recurso inesgotável se continuarmos a exportar o nosso modelo bloquista para os países em vias de desenvolvimento)
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Mas, se os idosos do futuro não poderão obter a sua reforma através da Segurança Social, nem através de poupanças como os PPRs… então, com que dinheiro irão sobreviver os reformados quando não tiverem forças nem saúde para trabalhar mais?
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A resposta dos bloquistas está também no seu programa eleitoral. Simples! Os idosos e inválidos não precisarão de reformas porque terão o “direito” de “escolher” uma “morte digna”.
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Como eu já disse, os engenheiros sociais têm muita dificuldade em compreender os sentimentos naturais das pessoas. Para eles, a Eutanásia é uma escolha e eles idolatram a Escolha, assumindo que não existe nada superior a ela (nem o Direito Humano básico à Vida). O que importa é que se possa escolher morrer. Não importa que todas as escolhas sejam influenciadas por contextos pessoais e sociais complexos.
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Como é que é possível defender-se uma “escolha” livre no domínio da Eutanásia num país assim?
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Faz lembrar José Sócrates que deu às portuguesas a “escolha” de se abortar (com pleno gozo de subsídio de maternidade e de licença de maternidade) ou de se ser mãe, com todas as despesas materiais e psicológicas inerentes (recebendo aí uns míseros 200€ de incentivo à natalidade).
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É claro que os bloquistas poderão contra-argumentar, ao afirmarem que estão empenhados na criação de uma Rede de Cuidados Paliativos adequada. Porém, eu recordo-me do debate ocorrido há pouco tempo sobre a Lei do Testamento Vital. Não nos enganemos, a Lei como estava proposta era um Cavalo de Tróia que facilitaria a legalização da Eutanásia na próxima legislatura. Mas uma lei deste género é fundamental para limitar outro grave erro ético da prática médica: a Obstinação Terapêutica. E lembro-me de ver Francisco Loucã a criticar essa lei, argumentando que ela não era suficientemente abrangente (ou seja, não incluía o direito à Eutanásia). Ou seja, o Bloco de Esquerda não estava preocupado em acabar com um grave erro ético… estava preocupado em não poder introduzir o outro grave erro ético diametralmente oposto.
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Por tudo isto, considero que os partidos actualmente com assento parlamentar (sobretudo o PS e os seus partidos mais à Esquerda) perderam completamente toda e qualquer autoridade moral para governar o país que eu amo. E, pelo andar da carruagem, a grande maioria dos partidos mais pequenos está a pretender seguir o mesmo caminho de luta pró-activa a favor da Cultura da Morte (à Esquerda) ou de indiferentismo a estes temas (à Direita). A única excepção que eu encontro é o Partido Portugal Pró-Vida.
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Sim, eu compreendo a pobreza com que este partido se apresenta diante do público. Sim, parece que eles não têm hipótese na actual conjuntura democrática. Sim, parece que o seu programa se apresenta desprovido de conteúdo.
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Mas o PPV tem mais conteúdo do que se pode imaginar. Afinal de contas, que dizer dos partidos actuais, cheios de conteúdos programáticos mas que falham sempre em leva-los avante? Onde estão os 150.000 empregos que o Sr. Engenheiro José Sócrates prometeu criar? Por que estão os partidos políticos constantemente a mudar de opinião acerca dos grandes investimentos, dependendo unicamente das posições que ocupam no momento? Pelo menos, o PPV tem humildade para não fazer promessas enganadoras nem entrar em politiquices mesquinhas!
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O PPV tem algo muito mais importante! Tem uma preocupação legítima e honesta pela Dignidade Humana de todos, inclusive daqueles tão impopulares que até já se lhes foi referendado e retirado o Direito à Vida.
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Que dizer de um partido que nega financiamentos particulares ou dos seus filiados? Que dizer desse partido, quando todos os outros lutavam para que as eleições legislativas e autárquicas fossem marcadas em datas separadas (o que, se não ocorresse, pouparia milhões de euros ao erário público, o que seria fundamental em tempos de crise)? Que dizer desse partido, quando todos os outros gastam fortunas em campanhas eleitorais (e depois ainda se gabam da humildade deste ano em relação a eleições anteriores)?
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A política nacional está podre, em todos os sectores. O PPV é uma lufada de inocência na actual atmosfera bafienta que se respira nos corredores da Política actual. Pode ser acusado de ser inocente, mas nada mais. Pode ser acusado de ser utópico, mas é assim que tudo começa…
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O meu voto é um voto de protesto! Não me venham com essa do voto útil, porque a única coisa que o voto útil faz é tornar-me um votante útil de partidos que não estão minimamente preocupados em representar-me! O meu voto será um voto de protesto! Um voto de VERDADEIRO PROTESTO!!! E esta farpa vai para os abstencionistas e para os votos brancos. Qui tacet consentire! Quem cala consente! Não pensem que o abstencionismo é um protesto efectivo! É por causa do alheamento da sociedade civil que o marasmo político se perpetua!
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Temos de ter muito cuidado! Uma Democracia cansada e indiferente é uma incubadora de Ditaduras!
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Uma sociedade moderna é aquela em que se respeitam os Direitos Humanos de todos, desde a concepção até à morte natural! Uma sociedade moderna é aquela em que um bebé não é destruído unicamente porque não é desejado! Uma sociedade moderna é uma sociedade em que as crianças não são animais de estimação, meros tamagochis dos adultos! Uma sociedade moderna é aquela em que as crianças não têm de ser submetidas ao sofrimento de verem as suas famílias despedaçadas ou reformuladas porque os adultos assim o quiseram! Uma sociedade moderna é aquela que tem uma Família forte, capaz de suprir com eficácia e amor às necessidades dos mais desprotegidos! Uma sociedade moderna é aquela em que os doentes não são mortos ou tentados com a morte! Uma sociedade moderna é aquela em que o Executivo coopera com as instituições que espontaneamente emergem na sociedade, em vez de tentar modifica-las à imagem de uma minoria elitista e totalitária! Uma sociedade moderna é aquela em que a preocupação económica mais premente é as pessoas e não os números! Uma sociedade moderna é aquela em que o Homem tem a segurança de um emprego com que sustentar a sua Família! Uma sociedade moderna é aquela em que a Escola é fundada na cooperação entre pais e professores, em que existe disciplina e efectiva aprendizagem daquilo que é importante para uma cidadania responsável e para um emprego competente! Uma sociedade moderna não tem nada a ver com “temas fracturantes”!!! É por uma sociedade moderna que eu luto!
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Podem acusar-me de muita coisa! Podem dizer que fui ignorante nas coisas que eu escrevi! Podem dizer que fui retrógrado! Podem dizer que fui salazarento. Podem dizer que fui demagógico! Talvez tenha sido e se o fui foi sem intenção! Limitei-me aqui, única e exclusivamente, a proclamar aquilo em que acredito! E a dizer qual o raciocínio que explica a minha resposta na cabina no dia 27.
Estes são os meus ideais! Estes são os meus valores! Este é o meu voto!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A EDUCAÇÃO SEXUAL...

... É A PAIXÃO DE SÓCRATES



"Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro"

O Mestre
Mt 6:24
Cortesia: O Inimputável