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Ano da Fé

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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

SOBRE OS FERIADOS

Já me pronunciei no meu blog acerca do que penso sobre a redução dos feriados, aqui e aqui.

Mas tive a oportunidade de debater o tema mais a fundo neste blog de Direita neoliberal, que propunha que cada pessoa gozasse os feriados de uma forma totalmente individualista, sem qualquer atenção às datas festivas em questão. Proponho aos caros leitores que prestem atenção ao post e à caixa de comentários, sobretudo a partir do comment #7, inclusivé.

Perante a questão que me foi colocada: "como pode uma data ser significativa colectivamente quando eu, individualmente, rejeito essa data" eu limitei-me a virar a mesa e demonstrar que era ele, o neoliberal, quem estava a ter um comportamente socialista. Mas o que eu gostaria de ter respondido ao meu interlocutor é que o colectivo é maior do que a soma das partes individuais.

Por exemplo, pouco interessa que haja indivíduos que não são católicos. Portugal, enquanto nação, é católico. A sua História está ligada indelevelmente ao Catolicismo. O Governo, eleito de forma democrática (sendo representante de apenas 50,3% dos 58% que votaram nas últimas eleições legislativas) tem o dever de representar uma maioria (correspondente a 90% do total da população), que é católica.

É claro que, se eu argumentasse tal heresia num blog neoliberal, seria imediatamente queimado vivo.

De modo que eu não percebo o apoio incondicional que certos quadrantes católicos continuam a votar à Direita. A Direita continua a usar as campanhas eleitorais para chantagear os católicos: "Votem em nós, senão a Esquerda ganha e vocês não querem isso". Mas depois, traem completamente o voto católico e só se voltam a lembrar de nós na campanha seguinte. E os católicos sempre a defendê-los, num caso verdadeiramente patológico de Síndrome de Estocolmo.

Lembram-se de Cavaco Silva e da equiparação legal das uniões homossexuais a casamento? Lembram-se de Paulo Portas a dizer numa entrevista do Expresso: "isso (os temas fracturantes) não interessam nestas eleições, o que interessa é a economia"? Lembram-se do Ministro da Saúde Paulo Macedo e dos seus cortes em tudo o que é saúde, exceptuando-se os abortamentos induzidos?

Ora, nesta questão dos feriados a Direita volta a mostrar a sua verdadeira indiferença para com os seus aliados políticos. És católico e tens como principal objectivo na tua vida servir o teu Deus? E isso significa guardares os dias santos e dedicá-los a Ele? Votaste nas mesmas forças políticas que eu? Que interessa isso? O que interessa é a minha perspectiva neoliberal dos feriados católicos! Os feriados católicos têm de ser cortados, porque a Direita gosta de cortar feriados e tudo o que seja descanso dos trabalhadores! Os feriados católicos não valem mais do que um dia de férias, que eu deveria poder gozar independentemente do valor desses dias santos!

Pouco lhes importa que esta perspectiva aumente o secularismo no nosso país, diminuindo ainda mais a influência que a Igreja Católica tem no seu seio! E fazem isso com o poderio do Estado, os hipócritas! A Esquerda agradece-lhes o favorzinho!

Por outro lado, é de notar como os capitalistas apresentam um modus operandi em tudo sobreponível aos socialistas / comunistas. Veja-se o Casamento, por exemplo. A Esquerda seguiu cegamente os seus princípios ideológicos, transformando o Casamento de forma a torná-lo tão inclusivo, tão inclusivo, que esta instituição deixou de fazer qualquer sentido! Já não tem um propósito, um valor objectivo! Foi deturpado de tal forma, que se converteu numa massa amorfa que não tem significado nenhum!

Mas não foi exactamente isto que aquele blog neoliberal propôs fazer com os feriados (nomeadamente os católicos)?

Está na hora de os católicos se emanciparem destas ideologias cegas que tudo destroem à sua passagem! Temos tantas orientações para fazer tão melhor do que aquilo que a Esquerda e a Direita nos propõem! E, sobretudo, sem abdicarmos dos nossos valores, da nossa História, da nossa liberdade, da nossa fé, da nossa Nação!
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Feriados católicos, sempre! Não há motivo para os deixarmos de festejar! Ouvistes, ó ideólogos do regime?

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