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Ano da Fé

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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A ESPERANÇA DE LÁ CHEGAR...

Aproxima-se o tempo do Advento, ou seja as quatro semanas que antecedem o Natal. Esta palavra provem do latim Adventus que significa "chegada"... não só a chegada de Cristo ao nosso Mundo, mas também a nossa chegada à Sua chegada.


Confusos? Não se tivermos em conta o espírito que deve pautar esta época do calendário litúrgico. É um tempo de espera, de espera do Natal, de espera da chegada de Jesus... e um tempo de penitência.


Penitência. O verdadeiro tabu da nossa mentalidade actual. Um fantasma que a nossa sociedade procura exorcizar a todo o custo. A secularização progressiva dos nossos valores colectivos fez com que os ocidentais (incluindo os católicos portugueses) desenvolvessem uma concepção consumista, materialista e hedonista da realidade. Deste modo, todas as nossas necessidades e impulsos devem ser imediatamente supridos e gratificados, com o mínimo de esforço ou de sofrimento.


Isto, claro está, reflectiu-se na forma como as pessoas vêem a religião. Já não tanto como uma busca honesta da Verdade ou um caminho de auto-aperfeiçoamento... mas como algo que nos deve fazer "sentir bem", que nos deve colocar em harmonia com as "energias positivas do Universo". É por isso que há tantos católicos profundamente frustrados com a Igreja Católica e com a sua atitude "retrógrada" em relação à penitência. A penitência seria um medievalismo obscurantista, gerado por monges sádicos e ressabiados que se auto-flagelavam para satisfazer um qualquer desvio psicológico e que seria incompatível com o Deus do Amor (porque, claro está, se Deus nos ama, então Ele não pode exigir-me nada de difícil nem pregar uma doutrina com a qual eu não concordo).


Deste modo, o calendário dos católicos foi profundamente alterado para acomodar esta nova perspectiva. Raramente se ouve falar na Quaresma (o tempo penitencial por excelência), mas toda a gente comemora o Carnaval e a Páscoa (as duas festividades que envolvem a Quaresma). De igual modo, a época penitencial do Advento foi substituída por uma festividade... a festividade do Natal. Por outro lado, a festividade do Natal (de 25 de Dezembro a 6 de Janeiro) foi substituída pela festividade não-religiosa do Ano Novo.


E esta nova (pseudo)festividade do Advento é o maior expoente do consumismo, materialismo e hedonismo desta cultura em que vivemos. Por isso, a nossa sociedade tem vindo a tentar prolongar cada vez mais esta festividade, antecipando-a cada vez mais. Se não fosse o facto de o Dia de Todos os Santos (ahem, peço desculpa, o Halloween) estar aí a tamponá-lo, de certeza que o início do Advento seria colocado perto do fim do Verão.





Mas será que devemos redescobrir o significado cristão do Advento? Porque não continuar com este Advento secular muito mais agradável? A penitência será assim tão boa? Será assim tão necessária?

Bem, para esclarecer isso, é preciso lembrar que o Advento é um tempo de esperança. Que é como quem diz, um tempo de espera. O povo judaico (e, em boa verdade, toda a Humanidade) esperou milénios até que Deus o viesse resgatar da escravidão dos seus próprios pecados. Teve que fazer um longo e tortuoso caminho, cheio de erros e ziguezagues. O seu Advento foi muito maior do que o nosso...

Se o Advento é um tempo de espera, então essa espera pode ser vivida de dois modos: passivamente ou activamente. Uma espera passiva é a simples espera de que Deus venha e ponha tudo em ordem. Em boa verdade, essa é a perspectiva mais comum entre os cristãos dos dias de hoje. Deus há-de vir para nos levar a todos para o Céu porque Deus nos ama. Não é preciso mudarmos a nossa forma de ser nem o nosso estilo de vida. Esperemos por Deus e pela Sua misericórdia.

Mas há um tipo de espera activa, um tipo de espera que procura tornar-se digno de receber Cristo. Um pouco como uma pessoa que limpa a sua casa para receber um convidado importante. A penitência não é mais do que isso... tentarmos purificar a nossa alma de todas as suas máculas e erros para que possamos ajudar Jesus a entrar em nós. Que melhor forma de O receber? Que melhor forma de O ajudar a vir ao Mundo? Que melhor forma de "chegar a" Ele ou de Ele chegar a nós?

Se não há hipótese de melhorar o Mundo, então como pode haver esperança? Mas não há hipótese de melhorar o Mundo se não começarmos connosco próprios! Sem penitência não há esperança!

Aproveitemos esta época privilegiada para fazermos uma profunda reflexão sobre a importância da vinda de Jesus Cristo ao Mundo... e a forma como devemos esperar essa vinda. Uma boa forma seria voltar a trazer a presença de Cristo ao próprio Advento. Só assim a nossa própria vida se poderá tornar um Advento de Cristo.

2 comentários:

Alma peregrina disse...

Figura: "Maddalena penitente"
Autor: Maestro della Maddalena di Capodimonte
Século XVII

anareis disse...

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