O primeiro candidato a Maravilha da Igreja é o Baptistério de S. João Baptista, o qual pertence à Basílica de Sta. Maria del Fiore (que é a Sé Catedral de Florença, cidade que lhe deve o nome). Na verdade, o próprio Baptistério tem o estatuto de Basílica menor.
Visto na figura acima à direita, trata-se de um edifício octogonal que fica mesmo em frente à Sé Catedral, tendo sido construído nos séculos XI-XII. Nos primórdios do Cristianismo, era frequente os baptistérios encontrarem-se no exterior das igrejas, simbolizando o Baptismo como entrada na própria Igreja.
As portas que dão entrada para o Baptistério são de bronze, com uma série de altos-relevos esculpidos, representando cenas da vida de S. João Baptista e alegorias das Virtudes (Porta Sul), cenas do Novo Testamento, os Evangelistas e os Doutores da Igreja (Porta Norte) e cenas do Antigo Testamento (Porta Este). O próprio Michelangello apelidou estas portas como "Os Portões do Paraíso" e há quem afirme que este trabalho deu início ao Renascimento.
Mas o que realmente dá a fama a este monumento, é o seu interior, nomeadamente, os mosaicos dourados que revestem o tecto.
Mesmo por cima do altar encontra-se uma figura de Jesus Cristo em glória, julgando as almas dos justos (que se dirigem para o Céu, à Sua direita) e as dos condenados (que se dirigem para o Inferno, à Sua esquerda). No resto do tecto, as imagens dispõem-se em 4 filas, as quais representam 1) cenas do Génesis, 2) da vida do patriarca José, 3) da vida da Virgem Sta. Maria e Jesus Cristo e, finalmente, 4) da vida de S. João Baptista.
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Dante Alighieri foi baptizado aqui, e pensa-se que as cenas do tecto o terão inspirado a escrever a sua famosa "Divina Comédia".
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