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Ano da Fé

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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

TENHAM VERGONHA!!!

Quando o Presidente Cavaco Silva vetou a Lei do Divórcio, afirmando que uma tal lei serviria apenas para aumentar a conflituosidade e para desproteger os mais vulneráveis, não faltaram "progressistas" a apontar-lhe o dedo, afirmando que o Sr. Presidente desconhecia as realidades do país. Típico! Mas um observador atento e neutro notará que geralmente são os chamados "progressistas" que são oriundos de uma elite intelectual com pouco contacto com as realidades do país, que legislam do alto das suas torres de marfim ideológicas e teóricas acerca de assuntos e iniciativas que nunca seriam gerados por iniciativa popular espontânea. Diziam esses "progressistas" que a Lei do Divórcio era fundamental para evitar conflituosidades em casamentos que já estavam condenados a priori, simplificando um processo penoso...


Agora, passado um ano, parece que o objectivo dos "progressistas" fracassou rotundamente. O processo do divórcio não foi simplificado, antes pelo contrário tornou-se mais contensioso. Veja-se aqui e aqui. Na verdade, no Expresso deste Domingo era relatado até um caso que me chocou: um homem que, tendo fugido para Inglaterra para viver com uma amante, tentou usar esta lei injusta para impôr o divórcio à sua legítima mulher (confirmando assim os receios do Sr. Presidente Cavaco Silva). Ora, a esposa usou os subterfúgios da nova lei para criar novos obstáculos, exigindo uma indemnização... e fez muito bem!


Os "progressistas" estão constantemente a apontar os dedos aos católicos, afirmando que nós somos uns reaccionários incapazes de evoluir perante as transformações sociais (transformações essas que, recorde-se, são geradas pelos próprios "progressistas") e que somos incapazes de compreender o género humano. Todavia, não somos nós que ignoramos factos simplicíssimos acerca da natureza humana e do seu funcionamento.


Nós sabemos muito bem que o Homem é um ser caído, maculado pelo Pecado Original. Ou seja, temos uma atracção para practicar o Mal, embora desejemos o Bem. Portanto, o Homem criou uma série de mecanismos que visam ajudá-lo a ultrapassar esta tendência natural para o egoísmo, permitindo-lhe viver em sociedade. Um desses mecanismos é precisamente, o contrato. O contrato, contraído livremente, tem como objectivo vincular definitivamente duas vontades entre si, com benefícios mútuos que não podem ser cessados sem o consenso de todas as partes.


Ora, é portanto óbvio que permitir que um contrato seja cessado unilateralmente irá produzir situações de injustiça... e, em última análise, irá tornar inútil a própria existência do contrato.


Este erro é tanto mais gritante, quando se aplica a um contrato institucionalizado pelo próprio Estado que legisla no sentido da sua irrelevância. E mais gravoso ainda quando esse contrato é o garante do qual toda a sociedade depende para o seu rejuvenescimento. Refiro-me, é claro, ao Casamento.


A função do Estado não é tornar um contrato institucionalizado o mais facilmente dissolúvel, ao sabor das mais efémeras paixões dos contraentes. Se o Estado institucionaliza esse contrato, deve dignificá-lo, buscando que seja um contrato sério contraído por pessoas com vontade de o fazer vingar. E, se houver ruptura de um tal contrato, deve atribuir a culpa onde a culpa é devida, para que o(s) responsável(eis) por essa ruptura não possa(m) ser beneficiado(s).


Tudo isto sabem os católicos e os "progressistas" ignoram (ou fingem ignorar). Tal como ignoram que manter este curso de acção irá também perpetuar a actual crise económica a longo prazo. Com esta Lei do Divórcio, o Sr. Primeiro Ministro continua a gerar pobreza para lá da sua geração e continua a hipotecar a nossa já tão frágil Segurança Social.

Perante isto, o que diz a bancada socialista? Que é necessário mudar alguns aspectos da Lei, mas que o essencial se mantém! Não aprenderam nada?! Quando vão assumir os vossos erros?! Tenham vergonha!!!

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