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Ano da Fé

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domingo, 10 de abril de 2011

UMA QUARESMA COLECTIVA...

Afinal de contas, Portugal sempre acabou por pedir ajuda externa. Já toda a gente o previa, embora ninguém o quisesse admitir. Porquê? Porque este é um sinal de mau augúrio... Dantes, podíamos fingir que a austeridade se devia apenas e só a maus políticos (e que o foi, de facto, não o nego). Todavia, doravante, a austeridade vai ser imposta de fora, vai ser a doer, não se vai compadecer de buzinões, nem de marchas lentas, nem de manifs... nem sequer da mais elementar caridade. Prevalecerão apenas as medidas aprovadas por um qualquer burocrata de um qualquer fundo europeu ou internacional. Que nos comprará a troco de aceitarmos a sua (pseudo)evangelização nos bons costumes do capitalismo selvagem. Que aceitemos que a nossa prosperidade dependerá de aumentar impostos, diminuir salários e retirar direitos. Que a riqueza do país virá por cima do cadáver do desempregado, do pobre, do doente, do reformado, em suma, dos "improdutivos". Não haverá soberania nacional capaz de o contrariar! Não há nada que possamos fazer contra isso! É aceitar ou morrer de miséria! E essa sina estará traçada durante anos, talvez décadas.

Parece castigo... Talvez seja. Mas não foi Deus que impôs este castigo! Deus não Se impõe, porque Deus não é o FMI.

Este não é o castigo que Deus nos impôs. Mas é o castigo que Deus permitiu que viesse sobre a nossa cabeça. O castigo das consequências das nossas próprias acções! O castigo que nós nos auto-infligimos!

Já o disse várias vezes, mas sou forçado a repeti-lo. Tudo isto que vivemos actualmente é o resultado das nossas escolhas, de termo-nos afastado da Verdade de Deus!

"Moisés contemplando a Terra Prometida"
Edwin Church - 1846


Em 2005, apresentou-se aos nossos olhos um demagogo, um político da pior espécie, um homem materialista, superficial, oco e, pior que tudo, ideologicamente anticristão, anticlerical, anti-vida e anti-família. Prometia reabrir a polémica do aborto, refazendo um referendo que já estava feito e enterrado (e bem!) há 10 anos. Votar neste homem era arriscar que milhares de vidas de inocentes crianças se perdessem! Mas este homem também prometia empregos, prometia prosperidade, prometia modernidade, prometia estabilidade... enfim, prometia o Mundo.

E nós demos-lhe maioria absoluta!

Depois houve o referendo de 2007. Portugal foi submetido à questão: é lícito matar crianças ou não? Resposta fácil! Mas não... Portugal deu a resposta errada. Uma minoria radical desejou a liberalização do aborto a pedido, a fim de salvaguardar a sua capacidade de praticar uma sexualidade irresponsável, sem com isso ter de comprometer as suas carreiras, os seus cursos, os seus salários... enfim, a possibilidade de praticar sexo quando e como bem lhe apetecesse sem, para isso, ter de sacrificar o seu bem-estar financeiro. Nem sequer pelo Amor a uma criança, fruto do seu ventre! E esta minoria conseguiu o que queria à custa de uma maioria silenciosa, que nem se deu ao trabalho de votar, porque esse tema era um fait-diver, que não trazia qualquer vantagem aos seus bolsos ou ao bolso do país.

Claro que José Sócrates interpretou o resultado do famigerado referendo como carte-blanche para avançar com todos os temas fracturantes que os seus gurus suixant-huitard lhe incutiram naquela cabeça pós-moderna.

Depois, em 2009, tivemos a oportunidade de mudar. Uma vez mais.

Portugal já estava em crise económica. E em crise moral profunda. Sócrates já governara durante 4 anos.

O partido Portugal Pró-Vida já se tinha formado. Um partido político nascido precisamente para salvaguardar os princípios e valores cristãos dos ataques a que estava a ser submetidos.
Mas, para quem prefere o voto útil, tinham à sua disposição, no maior partido da Oposição, uma senhora que ousou colocar nos seus cartazes eleitorais a palavra "Verdade". E essa senhora falava a verdade! Fartou-se de dizer que nós estávamos endividados para além do sustentável. Que gastávamos muito mais do que produzíamos. Que íamos pagar uma factura pesadíssima. Teve, inclusivé, a coragem de proclamar a Verdade de que o casamento serve para a procriação!
Mas o PPV é um partido de fanáticos e retrógrados, diziam os acólitos de Sócrates. E o próprio dizia de Manuela Ferreira Leite que ela era uma pessimista, que o que era preciso era gastar mais e mais para sair da crise, que Portugal já estava quase a sair da crise.
E que, se fosse eleito, ele atacaria ainda mais a moralidade nacional, ao equiparar legalmente as uniões homossexuais ao casamento. E que macularia ainda mais o nosso solo pátrio de sangue débil e frágil, ao legalizar a eutanásia.

E Sócrates venceu uma vez mais.

E lá se chamou "casamento" às uniões homossexuais, sob a passividade de um Presidente da República que dizia que aquilo não interessava para nada, o que importava era a crise financeira.

E aqui estamos nós!

Só pensamos nos nossos bolsos durante 6 anos a fio!

E, 6 anos depois, estamos mais pobres do que nunca!

Foram bastantes as oportunidades de penitência. Foram bastantes as oportunidades de arrependimento. Foram bastantes as oportunidades de reflexão: "Este é o caminho errado, regressemos à vereda do Bem"!

Os sinais foram bastantes! Só não viu quem não quis ver!

Ou quem não quer ver!

Não é que, depois de tanta e tanta miséria, depois de tantas e tantas mentiras, depois de tanta e tanta manigância, ainda há uma percentagem substantiva de portugueses a votarem em Sócrates, a ponto de lhe darem ainda algum poder para continuar a influenciar o país?! A ponto de o deixarem sair de carinha lavada, como um herói sacrificado pelos interesses de Portugal?! A ponto de lhe deixarem uma porta aberta para regressar, depois de feito todo o trabalhinho sujo pelo FMI?!

Portugueses, que mais é que é preciso para verdes a luz? Deus deu a Sua vida na Cruz por vocês!!! Por outro lado, o que é que Sócrates alguma vez fez por vocês? Nem sequer para vos dar riqueza (que foi o único intento com que o elegestes) ele serviu!

"A tentação de Jesus no deserto"
Kramskoi - 1872

Nesta Quaresma, é fundamental que os portugueses passem a pente fino os seus corações! Que se penitenciem dos seus erros! Que renunciem a Satanás e a todas as suas obras! Todas!!!

Não me venham dizer que agora, com esta crise financeira em mãos, temos é de votar no bem-estar económico da Nação e não nos valores cristãos! Durante 6 anos votamos no bem-estar económico da Nação! E estamos piores do que nunca! Mas é precisamente nas dificuldades que votar em consciência é mais importante e valioso! Tivemos a oportunidade de o fazer quando era muito mais fácil! Desenganemo-nos pois, porque não vai ficar mais fácil... muito pelo contrário! Basta de adiar o Bem pelo bem!

Esta chegada da austeridade externa é a Penitência que nos aguarda pelos nossos pecados colectivos. Uma Penitência, apesar de tudo, bem mais leve do que mereceria o sangue de 50.000 crianças.

Queríamos prosperidade e luxo. Mas vamos obter apenas frugalidade e humildade.

Não quisemos acolher as nossas crianças por caridade, quando elas eram dispensáveis. Pois agora vamos ter de nos acolher uns aos outros por caridade, isto se quisermos sobreviver.

Este povo de cerviz dura, que foi abençoado com a própria visita de Nossa Senhora em Fátima (tal como o povo hebreu que foi abençoado com a liberdade do jugo do Faraó) recusou os dons de Deus. Mais do que um vez. Demasiadas.

Agora, terá de vaguear pelo deserto da Austeridade. Tal como o povo hebreu que recusou Deus. Teremos de vaguear nesse deserto por muitos e muitos anos. Enquanto reaprendemos o que significa ser um povo escolhido por Deus para os sinais da Sua Salvação e do Seu Amor. Se não o fizermos, jamais entraremos na Terra Prometida, a terra onde corre leite e mel, essa terra que queríamos que fosse Portugal desde há 6 anos a esta parte.

Mas vamos ter de quebrar o Bezerro de ouro!
Chama-se José Sócrates!
Um ídolo belo e de compostura grandiloquente, muito brilhante com as cores mais preciosas que o Mundo pode oferecer... mas totalmente oco por dentro e incapaz de salvar seja quem fôr!

Enquanto não quebrarmos esse bezerro de ouro e não aceitarmos a Lei de Deus, em que o maior mandamento é "Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei", jamais sairemos deste deserto!

"Jesus no Getsemani"
Paul Troger - 1750

Lendo estas minhas palavras, e entalados no meio disto tudo, estão por certo muitos portugueses católicos que dizem: "Mas eu nunca votei em Sócrates! Mas eu nunca votei nos partidos que avançaram causas anti-vida e anti-família! Por que tenho eu de suportar esta austeridade, se ela é fruto das acções dos outros e não das minhas? Não fui eu que escolhi isto! Por que tenho de pagar com a mesma miséria do meu irmão que adorou o Bezerro de ouro?"

Bem, esses são católicos. São-no verdadeiramente. De nome e de alma.
Mas se são católicos, também são cristãos.
E se são cristãos, são seguidores de Cristo.

E que fez Cristo? Foi crucificado! Porquê? Por causa dos pecados da Humanidade! E Ele teve alguma culpa para merecê-lo? Não! Era totalmente inocente...

De igual modo, se somos cristãos coerentes e fomos inocentes da situação a que isto chegou... nem por isso nos podemos eximir a esta austeridade. Temos culpa? Não... tal como Ele não a teve! Vamos suportar grandes males por causa dos pecados dos outros? Sim... tal como Ele fez por nós!

Enquanto cristãos, esta é a oportunidade de realmente darmos o exemplo aos nossos irmãos! De evangelizarmos com os nossos actos, comportamentos e discursos! Tenhamos coragem e esperança no Futuro e jamais defraudemos os nossos valores!

E, sobretudo, rezemos pelo nosso País!

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