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Ano da Fé

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sábado, 23 de fevereiro de 2013

JOURNEY


 
 
A quem tiver uma Playstation 3 e acesso online à Playstation Store, sugiro a compra do videojogo Journey.

Embora não seja comum eu sugerir videojogos, penso que este aqui é de uma beleza estética e filosófica ímpar, tornando-se uma espécie de obra de arte móvel que nos permite reflectir aprofundadamente sobre o sentido das nossas existências.

De que trata? A história é simples. Quando o jogo começa vemos apenas a nossa personagem, um vasto deserto... e, ao longe, uma montanha com uma luz no cume. Mais nada. Mais nenhuma explicação. E, na verdade, que outra explicação é necessária? O objectivo é, obviamente, atravessar o deserto para chegar à luz no topo da montanha.

A nossa personagem jogável é uma espécie de tecido flutuante, mas que no seu interior encerra algo misterioso e invisível que lhe dá a forma de um beduíno.

 
O resto da história vai-se desenrolando e as explicações vão sendo dadas. Mas sempre num ambiente de quase total silêncio. O importante é a peregrinação. E apreciar a paisagem. Que, aos poucos, deixa de ser apenas um deserto, mas torna-se matizada de muitas coisas belas... e também de muitos obstáculos que se interpõem entre a personagem e a montanha. A vastidão do deserto e a altura da montanha dá-nos uma ideia da nossa pequenez nesta peregrinação que atravessámos nesta vida.

Para quem gostar, também se pode jogar em conjunto com outro jogador ligado à Net. Nesse caso, ambos terão de cooperar para atingirem o mesmo objectivo.

Os cenários são belíssimos e a experiência, além de profunda, é esteticamente muito recompensadora. O jogo é barato, comparado com outros da Playstation. Recomendo.


domingo, 26 de agosto de 2012

O MILAGRE DE MALDONADO


São poucos os filmes recentes que conseguem retratar a Cristandade sem caírem no preconceito costumeiro e grosseiro. "O Milagre de Maldonado" é um desses filmes. O seu tema principal: a questão dos milagres.

Numa pequena aldeia dos E.U.A., em risco de desertificação devido à globalização e à crise económica, o sossego é subitamente perturbado por um milagre: a estátua de Cristo Crucificado da igreja começa a chorar lágrimas de sangue. Imediatamente a devoção popular começa a exacerbar-se e outros milagres se sucedem.

Com isso vem também a atenção mediática, os interesses comerciais, a tentação do prestígio. Gosto da forma como esse "lado escuro" da devoção popular foi retratado, com humor e acutilância, mas sem cair na fácil crítica demagógica que tantas vezes se atribui a estes fenómenos (como o comércio em Fátima, por exemplo).

Também gostei do facto de a pessoa mais céptica de toda a aldeia ser... o Padre. De facto, o padre adopta sempre uma postura de cautela racional e distanciamento sóbrio, tentando analisar cientificamente o fenómeno e não se pronunciando sem o aval dos seus superiores hierárquicos. Noutro qualquer filme hollywoodesco, o padre seria o primeiro a acreditar e a capitalizar com o milagre. Mas "O Milagre de Maldonado" tem um retrato mais realista da forma como um padre (ou, pelo menos, um bom padre), provavelmente reagiria naquela situação.

Ainda de notar o retrato da dinâmica entre aqueles que vêem os seus desejos atendidos e aqueles que não obtêm os milagres que pediram. E como as pessoas, anteriormente separadas pelas circunstâncias, solidão e pecado... necessitam apenas de uma chama de Fé para conseguirem elas próprias serem fontes de milagres para os outros.

Finalmente, há ainda uma menção ao tema da imigração, completamente compatível com a Doutrina Social da Igreja.

Um filme divertido, comovente e interessante. Recomendo.




 

domingo, 5 de agosto de 2012

A AGONIA E O ÊXTASE


Visto que muitas pessoas estão a iniciar as férias, resolvi partilhar aqui mais algumas sugestões ao longo do mês de Agosto.

A primeira menção vai, precisamente, para o filme "A Agonia e o Êxtase". Trata-se de um filme épico (foi lançado em 1965) daqueles do género "Ben-Hur" que fizeram toda uma época e que jamais regressarão. O seu enredo: a história da célebre pintura do tecto da Capela Sistina por Michelangelo Buonarroti.

Um elenco de luxo: Charlton Heston como Michelangelo e Rex Harrison como Papa Júlio II (que encomendou a obra). O filme também está muito bem conseguido e é original. Óptimo para quem estiver interessado em saber como uma das mais emblemáticas obras de arte do Catolicismo nasceu, bem como conhecer os obstáculos que enfrentou. Além disso, somos brindados no início do filme com um minidocumentário que mostra várias outras obras de Michelangelo na cidade de Roma.


São bastante engraçadas as cenas que retratam a relação conflituosa de amor-ódio entre Michelangelo e Papa Júlio II. No entanto, aquilo que, na minha opinião, mais me surpreendeu foi a forma como o realizador Carol Reed retratou o Papa Júlio II: um homem cheio de pecados e erros (que realmente o foi), mas dando ao Papa a oportunidade de se defender das acusações, alegando as suas boas intenções e as responsabilidades que sobre ele recaiam. Ou seja, um filme que, não tratando de santos (nenhum dos dois homens o era), não cai no anticlericalismo fácil e panfletário que tanto infesta Hollywood nos dias de hoje.


domingo, 17 de junho de 2012

O SUSPIRO DO CORAÇÃO


Por vezes os desenhos-animados conseguem ser mais adultos do que os filmes... e, por vezes, as obras pagãs conseguem veicular mensagens perfeitamente cristãs.

É assim com "Suspiro do Coração" ("Whisper of the Heart" em inglês; "Mimi wo sumaseba" em japonês), uma animação dos célebre estúdio Ghibli, realizado em 1995 e comercializado em 1997.

Além de estar soberbamente animado (contêm algumas das cenas melhor animadas que eu já vi), é também belo e profundo simultaneamente em conteúdo. Tenho a certeza que irá tocar o coração de qualquer um, sobretudo dos jovens que buscam saber qual a sua vocação.

"Suspiro do Coração" não é uma animação de fantasia, embora possa parecê-lo na capa. Trata da história de dois adolescentes que procuram saber qual o seu lugar no Mundo... e das crises existenciais que eles vivem no processo.

É um filme que exalta o mérito, o trabalho, a família... Um filme que demonstra que devemos pôr a render os nossos talentos... Um filme que convida a enfrentar o desespero quando avançar parece impossível... Um filme que explica que, para se seguir um caminho diferente dos outros, é preciso coragem, mas também responsabilizar-se pelas escolhas tomadas... E, como bónus, tem uma cena lindíssima que explica maravilhosamente o que é realmente o amor conjugal (não somente a paixão inicial, mas o espírito de sacrifício e entreajuda).

Na minha opinião, é uma das melhores animações que eu já vi, senão mesmo a melhor. Fica a recomendação, se alguma vez o virem num escaparate...


terça-feira, 17 de abril de 2012

THE LION AWAKES

Um filme que promete ser interessante, se conseguir o investimento necessário. Peço aos meus leitores que divulguem.


sábado, 29 de janeiro de 2011

UM HOMEM PARA A ETERNIDADE

Este meu post fez-me lembrar um dos meus filmes favoritos... "Um Homem para a Eternidade".

Vencedor do Óscar do Melhor Filme em 1967 (bem como de mais 5 outros óscares), conta precisamente a história de S. Thomas More.

S. Thomas More foi um católico fervoroso que, graças aos seus méritos e virtudes, foi nomeado Chanceler, um dos lugares políticos mais elevados do Reino de Inglaterra do séc. XVI d.C..

Infelizmente, o seu rei era Henrique VIII, o qual, mais tarde, viria a envolver-se numa querela com a Igreja Católica por esta não lhe conceder o divórcio com Catarina de Aragão, para que o rei se pudesse casar com Ana Bolena. Essa querela agravou-se cada vez mais, até culminar em cisma. Henrique VIII proclamou-se cabeça da Igreja em Inglaterra, tendo daqui nascido a Igreja Anglicana.

Diante disto, restava apenas uma saída a um Chanceler católico ortodoxo e piedoso... pedir a demissão do seu cargo político e retirar-se da vida pública.

Não chegou... Uns anos mais tarde, S. Thomas More seria convocado (juntamente com todos os notáveis de Inglaterra) a jurar o Acto de Sucessão. Este Acto implicaria que S. Thomas More não só reconhecesse a descendência de Henrique VIII com Ana Bolena como herdeiro legítimos do trono... mas que também negasse a autoridade de potentados estrangeiros, nomeadamente a autoridade do Papa (que recusara o divórcio do rei).

Thomas More, profundo conhecedor da legislação, procura escudar-se no silêncio. Infelizmente, também não chegou... Graças a artifícios e artimanhas várias, os seus inimigos políticos conseguiram a sua condenação. O santo foi martirizado em 1535. Seria canonizado em 1935.

O filme "Um Homem para a Eternidade" retrata precisamente toda este percurso de S. Thomas More, constituindo-se ainda como uma reflexão sobre a primazia de consciência de todo o homem de boa vontade (e, nomeadamente, de um bom católico) sobre os caprichos e despotismos de um Estado, sobretudo de um Estado que se arroga o direito de legislar aquilo que não é possível, ou que pretende uma autoridade que não lhe compete.

Um filme daquela época dourada dos épicos, quando eram celebradas personagens verdadeiramente dignas de o serem...

domingo, 12 de dezembro de 2010

AS CRÓNICAS DE NÁRNIA



Era uma vez, na Inglaterra dos princípios do século XX, um ateu muito letrado e inteligente da Universidade de Oxford. Um dia esse ateu encontrou um católico devoto, igualmente letrado e inteligente, o que o intrigou muito. Tornaram-se grandes amigos. Eventualmente, graças a Deus, à amizade do católico e à literatura que este lhe recomendou, o ateu converteu-se ao Cristianismo (embora, para desgosto do católico não se tenha convertido ao Catolicismo, mas ao Anglicanismo). Em breve, este novo cristão tornar-se um dos maiores escritores do século XX.

O nome do ateu convertido era C.S. Lewis e foi o autor de "As Crónicas de Nárnia". O católico era J.R.R. Tolkien, o autor de "O Senhor dos Anéis".

C.S. Lewis escreveu as Crónicas de Nárnia como uma forma de catequizar as crianças. Nárnia é um mundo paralelo ao nosso, onde existem muitas criaturas míticas e fantásticas. As Crónicas contam as estórias de crianças do nosso mundo que encontram o caminho para Nárnia e lá vivem muitas aventuras.

Nárnia tem também os seus vilões, nomeadamente a Bruxa Jadis, que não é mais do que o Diabo daquele mundo. Felizmente, também mora lá Aslan, um leão gentil e forte. Aslan é a encarnação de Jesus em Nárnia. Embora isso nunca fique totalmente explícito, C.S. Lewis deixa esses factos muitas vezes implícitos nos livros (às vezes quase descaradamente).



Existem 7 livros da série "As Crónicas de Nárnia". Esses livros não seguem a ordem cronológica do mundo de Nárnia, mas uma ordem lógica que vai revelando mais e mais detalhes apaixonantes à medida que a história se desenrola. Segundo a ordem que C.S. Lewis atribiuiu temos:

1 - O Leão, a Bruxa e o Guarda-Roupa (retrata a vida e morte de Jesus)
2 - O Príncipe Caspian (retrata o mundo moderno)
3 - A Viagem do Caminheiro da Alvorada (retrata a peregrinação interior de cada alma)
4 - O Cavalo e o seu Rapaz (retrata a vida dos cristão na época do expansionismo islâmico)
5 - O Trono de Prata (um pouco como o #3)
6 - O Sobrinho do Mago (retrata o Génesis)
7 - A Última Batalha (retrata o Apocalipse)

Há ainda a ordem cronológica segundo o Mundo de Nárnia (que pode ser um pouco mais compreensível para as crianças):

1 - O Sobrinho do Mago
2 - O Leão, a Bruxa e o Guarda-Roupa
3 - O Cavalo e o seu Rapaz
4 - O Príncipe Caspian
5 - A Viagem do Caminheiro da Alvorada
6 - O Trono de Prata
7 - A Última Batalha

Os livros são muitos bons, mas as adaptações que têm vindo a ser feitas para o grande ecrã são, na minha opinião, ainda melhores! Mais maduros e mais profundos, permitindo que pessoas mais velhas gostem e aprendam com os filmes.

Já foram realizados "O Leão, a Bruxa e o Guarda-Roupa" (2005) e "O Princípe Caspian" (2008). Neste Natal, estreou "A Viagem do Caminheiro da Alvorada". Já o vi e recomendo! Sobretudo porque este terceiro filme esteve quase para não ver a luz do dia, porque a Disney deixou de o patrocinar... O financiamente passou para a 20th Century Fox, mas é preciso que o filme seja um êxito de bilheteiras se queremos que todos os 7 livros cheguem a filmes!





Portanto, melhor do que Harry Potter ou Crepúsculo, que tal ler e visionar "As Crónicas de Nárnia" neste Natal? Afinal, não há nada melhor para aguçar as nossas imaginações que esta época do ano tão alegre e colorida!

domingo, 29 de agosto de 2010

BRUCE, O TODO PODEROSO


Um homem normal, vivendo uma vida medíocre, sobrecarregado na família e no trabalho, incapaz de subir na vida, vítima de injustiças por parte de patrões, difamações por parte de colegas e chatices por parte dos parentes... um homem que todos os dias reza a Deus para que tudo mude, mas sem qualquer sucesso. Podia ser a vida de qualquer um. Se calhar a vida de qualquer um de nós. Mas trata-se aqui da vida de Bruce, um jornalistazeco de fait-divers.


Até que um dia, Bruce cansa-se. Cansa-se da passividade e do silêncio de Deus. E, perdendo a paciência, acusa-O e pede-Lhe contas.


Deus finalmente responde-lhe. Fá-lo, concedendo a Bruce todos os Seus poderes. Agora, Bruce pode tomar o lugar tão desejado do Omnipotente Senhor do Universo. Claro está, Bruce encontra-se limitado nos seus poderes... tem a mesma limitação que o próprio Deus, ou seja, não pode interferir com o livre arbítrio humano.


Bruce rapidamente aproveita a sua nova situação para se desforrar de todos aqueles que lhe causaram mal. E também para tentar dar a Humanidade o deus com que ele sempre sonhou. Um deus que atende todas as orações...


... mas rapidamente, Bruce descobrirá que não é assim tão fácil.


É um filme recente, mas que eu recomendo. É leve e muito engraçado (não fosse o papel de Bruce interpretado pelo hilariante Jim Carrey), mas também teologicamente muito interessante. Há também uma mensagem positiva em relação à família e aos valores que devem realmente reger a vida, em detrimento da fama e da riqueza.


Enfim, um bom filme para se ver no Verão.
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domingo, 28 de março de 2010

O FAZEDOR DE MILAGRES


Já vi muitos filmes retratando a vida de Jesus Cristo... mas, se me perguntassem qual o melhor eu responderia sem hesitar: "O Fazedor de Milagres".


A maioria dos filmes que abundam por aí tendem a focar-se demasiado em certos aspectos de Jesus que reflectem mais as preocupações do realizador do filme do que a própria essência da personagem retratada. Assim, por exemplo, "O Rei dos Reis" e "Ben-Hur" retratam um Jesus demasiado divino enquanto "Jesus Christ Superstar" ou a mini-série "Jesus", um Jesus demasiado humano. De qualquer das formas há algo característico e único em Jesus que se perde.


Em "O Fazedor de Milagres" isso não acontece. Jesus é simultaneamente humano e divino, num equilíbrio que não contrasta... O filme retrata o Jesus histórico e o Cristo da religião sem os separar. E interpreta as emoções das personagens de uma forma realista e emocionante.


Não se iludam por se tratar de um filme de animação... é um filme óptimo para mostrar às crianças e para as ensinar sobre a vida e ensinamentos de Jesus, mas não é infantil ao ponto de não poder ser apreciado por um adulto. Além disso, a própria animação é um prodígio da técnica. Usando bonecos de plasticina, os animadores conseguem proezas que ainda hoje me surpreendem (como animar multidões inteiras sem perder qualidade). Isto tudo intercalado com desenhos animados bidimensionais clássicos que ilustram as parábolas de Jesus e as Suas tentações. E as vozes da dobragem em português são excelentes... muito melhores que as vozes da versão original.


Finalmente, é um filme fiel aos evangelhos, tendo o bónus de mostrar a verdadeira história de Sta. Maria Madalena, não a confundindo (como fazem todos os demais filmes) com a adúltera da cena "Vai e não voltes a pecar".
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Bom para ver e rever nesta Páscoa!

A PAIXÃO DE CRISTO

Renovo esta minha sugestão do ano passado...

À medida que entramos na Semana Santa, é sempre bom recordar...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O NASCIMENTO DE CRISTO


É um filme de 2006, mas que ainda assim recomendo para esta quadra natalícia (o DVD está à venda e deve encontrar-se, por esta altura, em qualquer loja da especialidade). Trata, nada mais, nada menos, do que a já conhecidíssima estória do nascimento de Cristo. Ainda assim, filmada de uma forma magistral e original.


Aquilo que mais me atrai neste filme é a forma como as personagens são retratadas de uma forma tão humana e realista. Realmente, raramente nos damos conta das questões e dúvidas que deverão ter cruzado as mentes da Virgem Sta. Maria e de S. José quando estes se preparavam para ser os pais do próprio Deus!


Outro ponto a favor deste filme: ao contrário do que é costume em filmes deste género, S. José não é uma figura apagada... A própria Maria aparece mais como uma figura secundária do que S. José (o que não lhe retira o protagonismo do filme, uma vez que ela é indispensável para todo o enredo... e isso até está mais de acordo com a humildade dela).


Além disso, é possível visualizar de forma muito humana a construção da relação conjugal entre Maria e José, sem que isso ponha em causa o dogma da Perpétua Virgindade de Maria (o que, infelizmente, é moda nos filmes modernos).


É perceptível para as crianças, mas ao mesmo tempo contém referências teológicas complexas e enriquecedoras (a omnipresente passagem do Profeta Elias ou o ataque da serpente).




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Em resumo... um must para ver em família nesta época natalícia. Recomendo!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

AUGUST RUSH

Um filme belo e comovedor, bem a propósito do mês de Agosto eheheh...

August Rush é o nome artístico de um jovem órfão, abandonado à nascença e que alimenta a esperança e o desejo supremo de "ser encontrado" pelos pais. Acontece que não estamos perante um órfão qualquer, mas diante de um génio musical infantil semelhante a Mozart.
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Isto não é de admirar, uma vez que August é o fruto de uma noite de paixão entre uma conceituada violoncelista de uma orquestra clássica e de um romântico rocker de salão. Os três foram separados pelas vicissitudes da vida, embora não por opção deles...

Agora eles procuram-se uns aos outros, embora desconheçam os seus paradeiros (e, por vezes, desconhecendo as suas existências).

Quem irá guiá-los?
A Música!
A Música que o jovem August escuta no seu coração desde tenra infância.
Mas será a Música suficientemente forte para vencer o Mundo e os seus obstáculos?
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Trago este filme à consideração dos meus leitores porque acho que existe neste filme um claro paralelismo entre a Música e o Espírito de Deus. Uma das personagens, na verdade, fala da Música como a harmonia que existe em todas as coisas e que a todas as une...

Uma das críticas mais apontadas a este filme foi a de as personagens por vezes se comportarem de uma forma irracional e inverosímil. Às vezes, as personagens parecem saber coisas que realmente não sabem. Isso acontecia precisamente quando a Música actuava nelas. Isto, na realidade, não é algo de errado para mim... na verdade, ainda acentua mais esta minha suspeita de que a Música é, neste filme, um símbolo do Espírito Santo. Quem alguma vez se deixou guiar pelo Espírito Santo sabe o que eu quero dizer... e compreende o comportamento das personagens.

A adicionar aos pontos positivos neste filme, está a forma positiva como retrata a religião e o clero. Um dos "bons da fita" que tenta ajudar August é, precisamente um clérigo (embora, infelizmente, se trate de um pastor protestante e não de um padre católico).

Claro que o filme tem o seu quê de imoralidade. Afinal de contas, os pais de August conceberam-no numa relação sexual pré-marital que é apresentada com cores românticas e positivas. No entanto, não consigo conceber o filme de outro modo, porque essa relação é o primum movens do enredo. Era preciso que os laços fossem facilmente desfeitos para poder separar as personagens (e, nesse aspecto, o filme pode mostrar o lado negativo da fornicação).

Contudo, penso que isso é compensado pelo facto de as personagens buscarem, de todo o coração, redimirem a sua separação e reatarem os laços perdidos. Nesse aspecto, é um dos filmes mais pró-família dos últimos anos.

Combinando música moderna e clássica num efeito surpreendente e comovedor, é um filme que eu recomendo. Já em DVD, para quem quiser.

domingo, 5 de abril de 2009

A PAIXÃO DE CRISTO

Penso que nenhum cristão terá ficado indiferente a este filme quando passou nos cinemas. Afinal de contas, na altura, gerou muita polémica (na minha óptica completamente injustificada) e curiosidade, pela sua violência gráfica e pela originalidade de retratar a Paixão de Cristo na sua língua original (i.e. aramaico e latim).

Portanto, creio que esta minha sugestão deve ser uma espécie de redundância. De qualquer das formas, esta Semana Santa que se vai iniciar é uma boa altura para revisitar esta obra de arte.


Além da sua originalidade e da sua ortodoxia (que é uma característica que nunca se deve descurar quando se fazem filmes deste género), este é também um filme de grande sensibilidade. Intercalados com a violência intrínseca do filme, encontramos oásis de profunda comoção e humanidade (sobretudo na cena em que Jesus encontra a Sua Mãe... de levar lágrimas aos olhos). Também a cena da Ressurreição é um mimo artístico, a melhor que alguma vez já vi.


Além disso, não é só a Paixão que é retratada... toda a vida de Jesus é apresentada no filme, através de curtos flash-backs que vão colocando cada pormenor no seu devido lugar, à luz da Paixão. Esse facto (bem como certos pormenores, tais como Cristo esmagando a cabeça da Serpente ou a Virgem Maria e Maria Madalena a entoarem o cântico da Páscoa do Antigo Testamento) fazem com que o filme não se perca na superficialidade do sofrimento de Cristo, mas que seja um exercício de teologia muito bem conseguido.


Resta mencionar que o actor que faz de Jesus Cristo é Jim Caviezel, um actor católico ortodoxíssimo. Também o realizador Mel Gibson é um fervoroso católico, embora haja quem o considere um ultratradicionalista. De qualquer das formas, são duas pérolas em Hollywood que deveríamos estimar.


Para quem consiga suportar a violência da Paixão de Cristo, este é um filme que nenhum católico deveria deixar de ver.

segunda-feira, 9 de março de 2009

BELLA


Estreou recentemente em Portugal o filme pró-vida por excelência: "Bella".


Esta é uma das primeiras produções de uma nova empresa cinematográfica chamada Metanoia Films, cujo objectivo é criar filmes com os quais pessoas de fé possam identificar-se e nos quais elas possam encontrar refúgio contra o habitual imoralismo militante e activista que tem vindo a grassar em Hollywood nos últimos tempos. Portanto, seria bastante importante (e conveniente) auxiliar no parto desta meritória iniciativa...
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O próprio filme é um tocante testemunho pró-vida, que apela tanto à emoção como à razão. Algures nos subúrbios de New York, uma empregada de restaurante é despedida devido aos seus atrasos recorrentes. Ninguém sabe que tais atrasos se devem a uma gravidez indesejada e fora do matrimónio, para a qual Nina (a empregada) não possui estabilidade económica e psicológica para continuar. Abandonada pela família, pelo pai da criança e pelo patrão, Nina vê-se encurralada numa única "escolha": abortar...
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... mas é aqui que entra José, o chef hispânico do restaurante. José (uma interpretação brilhante do actor Eduardo Verástegui, que é também um dos principais activistas pró-vida dos E.U.A.) é o único que se compadece de Nina e enceta com ela uma jornada de amizade e de auto-descoberta. Para ele, esta gravidez torna-se uma questão de honra... porque ele próprio precisa de exorcizar vários fantasmas do seu passado...
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Mesmo que este filme não fosse uma voz de sonora sanidade numa indústria que há muito se dissolveu em absurda autocomplacência, ainda assim, mereceria ser visto. É um filme de grande sensibilidade e cheio de pormenores artísticos que, subtilmente, vão aparecendo aqui e ali, fortalecendo a mensagem de fundo. Aliás, é um filme que ganhou o People Choice Award no Toronto International Film Festival (isto no pró-abortistíssimo Canadá), bem como uma série de outros prémios seculares (e católicos).
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Para quem goste de reflectir...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A LENDA DE DESPEREAUX / WALL-E

Portanto, eu gosto de desenhos animados! Processem-me! Penso que, no que toca a entretenimento, somos um pouco como com a comida: os adultos obrigam os filhos a comer alimentos nutritivos, mas atafulham-se de todo o tipo de junk-food. De igual modo, deixamos as experiências esteticamente belas e moralmente enriquecedoras para as crianças, enquanto enchemos os cérebros de cenas de violência e sexo sem qualquer conteúdo. Prefiro mil vezes o Rei Leão ao 007.

Infelizmente para mim, longe vão os tempos áureos d' "O Rei Leão", "A Bela e o Monstro" ou "O Corcunda de Notre Dame"... os próprios desenhos animados tornaram-se demasiado comerciais para o meu gosto, muito insípidos, demasiado centrados nas inovações técnicas em detrimento da estória veiculada.


Daí que foi com grande satisfação que visionei estes 2 filmes de animação. Em cada um deles aconteceu-me algo que já não me sucedia há anos: no clímax, veio-me uma lágrima tímida aos olhos...




O primeiro destes filmes é o WALL-E, que já se encontra à venda em DVD. Basicamente, a Humanidade terá poluído o planeta de uma forma tão insustentável que resolveu o problema da maneira mais em consonância com a mentalidade pós-moderna: fugiu! Saiu num cruzeiro espacial e deixou robots a limpar a Terra.

WALL-E é o último desses robots. Ao contrário da Humanidade (que involui para uma população obesa que não consegue comunicar sem um ecrã à frente e que apenas se preocupa em divertir-se, consumir e seguir as modas)... WALL-E evolui na busca do significado da sua existência. Nesse sentido, WALL-E consegue ser mais humano do que os próprios humanos.

WALL-E (ao contrário da Humanidade alienada) descobre que o seu objectivo não está no "ter". Ele está rodeado do lixo produzido pela mania do "ter". Ele conhece as suas consequências. E, ainda que inconscientemente, compreende que tudo aquilo não o satisfaz... que ele precisa de algo mais...

Este simpático robot de grandes olhos queridos acaba por encontrar a resposta que procurava quando conhece uma outra robot, chamada EVA. WALL-E descobrirá que o segredo da Humanidade é o Amor... Conseguirá a Humanidade reaprender isso?

Este não é um filme que infantilize as crianças (irrita-me solenemente quando isso acontece). A mensagem subjacente é acessível mas profunda. Surpreendeu-me pela positiva o facto de a estória ser contada sem que nenhuma das personagens principais se exprima por palavras. Quantas vezes nós usamos muitas palavras, mas não comunicamos nada...



O segundo filme ainda está nos cinemas: "A lenda de Despereaux". Narra a história de um ratinho (Despereaux) que vive numa colónia na qual é ensinado o Medo como way of life. Mas Despereaux não se interessa nada pelo Medo. Ele sente fascínio por tudo, sobretudo por livros. E o seu desejo mais íntimo é tornar-se um cavaleiro andante.


O que é notório neste filme é uma quase total ausência de vilões. O Mal entra no filme como fruto de um mal entendido! A partir daí, o Mal vai-se avolumando através de uma sucessão de más acções das diversas personagens, decorrente das suas fraquezas e fantasmas interiores! Será necessário alguém muito especial para quebrar este círculo vicioso: um ser insignificante, mas que propaga valores maiores do que qualquer gigante ("coragem, honra, decência").


Embora este filme tenha partes que me pareceram um pouco infantis (o génio da fruta ou o festival da sopa eram desnecessários, penso eu!) a verdade é que ele veicula uma poderosa mensagem acerca da força do Perdão e da Redenção!

Fica aqui a sugestão! Não serão somente os filhos a ganhar! Garanto!