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Ano da Fé

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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

TOLERÂNCIA

A tolerância poderia ser um valor bastante justo e bom... e até um valor cristão.

No entanto, não da maneira como a tolerância é experimentada nos dias de hoje.

Actualmente, a tolerância é apenas uma desculpa para avançar certas agendas ideológicas sem se ser escrutinado. Uma desculpa para silenciar toda e qualquer oposição. Uma desculpa para criar uma casta intocável de indivíduos que se podem dar ao luxo de criticar quem bem quiserem sem eles próprios serem criticados.

Sabe-se que é uma desculpa, porque os idólatras da tolerância jamais aplicam o seu "valor absoluto" a eles próprios.


Ora, eu tenho algumas reservas quanto a este evento. Pelo que se pode ver na notícia, parece que os organizadores sobrevalorizam as técnicas de reorientação psicológicas em detrimento dos ministérios espirituais (quando tais técnicas ainda são, a meu ver, bastante experimentais e têm uma abordagem redutora do problema). Além disso, hesito sempre quando se faz uma celebração "Pride", porque o orgulho não é para ser celebrado, é para ser combatido como o principal pecado do coração.

Todavia, tal evento teria tanto direito a decorrer como um "Gay pride month".

Acontece que o evento foi cancelado por ameaças de violência.
É que os ex-gays são uma ameaça ao dogma "tolerante" de que as pessoas são "born that way" e não podem mudar a sua orientação sexual. Sem estes dogmas, o lobby LGBT perde grande parte da sua força de luta, que consiste na vitimização e na identificação da homossexualidade como uma característica intrínseca, não como uma mera atração sobre a qual podemos exercer uma escolha consciente.

Se o lobby LGBT realmente fosse favorável à tolerância, seria consistente com essa posição e toleraria que as pessoas tivessem a sexualidade que bem quisessem, mesmo que fosse rejeitar a homossexualidade.

Quando o lobby LBGT vem falar de "tolerância", é preciso recordar que é apenas uma palavra bonita que está a ser instrumentalizada para propósitos nefastos.

domingo, 14 de julho de 2013

O FEMINISMO MAGOA!

E não me refiro aos bebés abortados! Refiro-me a magoar outras mulheres adultas...

segunda-feira, 4 de março de 2013

O PAPA DEVERIA SER...


O Papa não deveria ter resignado.

O próximo Papa deveria ser africano.

Ou o próximo Papa deveria ser asiático.

Ou ambas as coisas.

O próximo Papa deveria ser progressista. Embora os cardeais africanos e asiáticos sejam mais conservadores e ortodoxos que os europeus.

O próximo Papa deveria ser mais tradicionalista e fazer a Igreja regressar a um estado pré-Vaticano II.

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O próximo Papa deveria tornar as missas mais divertidas, para atraírem a malta jovem.
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O próximo Papa deveria convocar o Concílio Vaticano III, porque a Igreja ainda não é como eu quero. Ou convocar o Concílio Vaticano 0, porque a Igreja já não é como eu quero.
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O próximo Papa deveria chamar-se João, como João XXIII. O próximo Papa deveria chamar-se Pio, como Pio XII. O próximo Papa deveria chamar-se Tiririca, como o Tiririca.
 
O próximo Papa deveria ser mais colegial e dar mais poder aos bispos.

Já agora, o próximo Papa deveria dar mais poder aos leigos, que também são Igreja.

O próximo Papa não deveria pensar em poder e privilégios. Não fica bem à Igreja. Só os leigos podem reclamar poder e privilégios. Porque eles são Igreja.

O próximo Papa deveria ser de Esquerda.

O próximo Papa deveria ser de Direita.

O próximo Papa deveria ser apolítico e respeitar a separação entre a Igreja e Estado... quando diz algo que eu discordo.

Mas, quando o próximo Papa concordar comigo num assunto político, deve expressá-lo eloquentemente, senão é cobarde!

O próximo Papa deveria ser mais jovem.

O próximo Papa deveria ser mais carismático.

O próximo Papa deveria contratar o Luís.

O próximo Papa deveria ser mais moderno.

O próximo Papa deveria permitir o casamento dos padres.

O próximo Papa deveria aprovar o sacerdócio para as mulheres, apesar de isso ser infalivelmente impossível, como o Beato Papa João Paulo II explicou na Carta Apostólica Ordination Sacerdotalis.


O próximo Papa deveria ser mais tolerante.

O próximo Papa não deveria tolerar os papa-hóstias fariseus hipócritas que julgam os outros e se refugiam nos nossos lugares sagrados.

O próximo Papa deveria vender todos os tesouros da Igreja. O próximo Papa deveria vender o Vaticano em hasta-pública e ficar à mercê de um país-anfitrião e das suas pressões políticas internas. Afinal de contas, Avignon resultou tão bem...

O próximo Papa deveria ser mais parecido comigo, porque eu sou quem realmente sabe o que Jesus pensa... por coincidência, Jesus pensa exactamente aquilo que eu penso sobre tudo.

O Papa deveria ser...

O Papa deveria ser...

O Papa deveria ser...

Não!

O Papa apenas deve ser uma coisa! UMA única coisa!

O Papa deve ser aquilo que o Espírito Santo quiser que ele seja.

Que é o que todos os palpiteiros deveriam ser também. Deveriam ser aquilo que o Espírito Santo quer que eles sejam.

E, estranhamente (ou talvez não), essa é a única coisa que os palpiteiros não querem ser.

Daí os palpites.

E tenho dito.

domingo, 27 de janeiro de 2013

A "BOA" NOTÍCIA DOS REGRESSOS AOS MERCADOS

O Governo celebra o regresso aos mercados como um triunfo das políticas de austeridade.
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Agora, não quero entrar na pueril discussão de saber se tal regresso se deveu aos méritos do Governo ou à intervenção do Banco Central Europeu. Partamos do princípio que se deveu tudo aos méritos do Governo.

O que dizer disso?

Em primeiro lugar, os fins não justificam os meios. O Governo pode ter conseguido regressar aos mercados. Mas a custo de ter privado irmãos nossos, pessoas humanas dotadas de infinita dignidade, do direito ao emprego (direito assim definido na Doutrina Social da Igreja), do direito a não-emigrar (como dito recentemente pelo nosso Papa) e pelos direitos a uma boa Educação e Saúde (que foram deterioradas severamente pelas políticas economicistas).

Mas, sobretudo, deve-se dizer que isto não é triunfo nenhum.

Significa, unicamente, que os mercados estão dispostos a emprestar-nos novamente dinheiro.

Significa, por isso, simplesmente que vamos continuar a endividar-nos. Que vamos continuar a pagar dívidas contraindo mais dívidas, acumulando os juros numa espiral infinita.

O que significa que vamos continuar a depender de um sistema económico baseado na usura, que vira as costas ao Ser Humano nos maus momentos, não tendo pejo em escravizá-lo para se perpetuar.

Ou seja, assim que o ciclo económico voltar a contrair-se (isto, partindo do pressuposto que vai melhorar), a austeridade regressará e mais direitos sociais serão irreversivelmente sacrificados.

Um verdadeiro triunfo será quando aderirmos a um sistema económico que tenha por base a Solidariedade... e, como objectivo último, a auto-realização e bem-estar do Homem e de cada um.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

PROBLEMAS NOVOS, ALTERNATIVAS ANTIGAS


«O Senhor disse a Moisés no monte Sinai:“Diz aos israelitas o seguinte: (…) Contarás sete anos sabáticos, sete vezes sete anos, cuja duração fará um período de quarenta e nove anos (…) O quinquagésimo ano será para vós um jubileu (…) A terra não se venderá para sempre, porque a terra é minha, e vós estais em minha casa como estrangeiros ou hóspedes. Portanto, em todo o território de vossa propriedade, concedereis o direito de resgatar a terra. Se teu irmão se tornar pobre e vender uma parte de seu bem, seu parente mais próximo que tiver o direito de resgate se apresentará e resgatará o que o seu irmão vendeu. Se um homem não tiver ninguém que tenha o direito de resgate, mas procurar ele mesmo os meios de fazer o seu resgate, contará os anos desde que fez a venda, restituirá o excedente ao comprador, e se reintegrará na sua propriedade. Se não encontrar, porém, meios de indemnizar, a terra vendida ficará nas mãos do comprador até ao ano jubilar; sairá do poder deste no ano do jubileu, e voltará à posse do seu antigo dono. (…). Se teu irmão se tornar pobre junto de ti e se se vender a ti, não exigirás dele um serviço de escravo. Estará em tua casa como um operário, e como um hóspede estará a teu serviço até o ano jubilar. E sairá então de tua casa, ele e seus filhos com ele; voltará para a sua família e para a herança de seus pais. (…) Não receberás de teu irmão juros nem ganho; mas temerás o teu Deus, para que o teu irmão viva contigo. Não lhe emprestarás com juros o teu dinheiro, e não lhe darás os teus víveres por amor ao lucro.”
Lv 25:1,8,11,23-28,36-37,39-41

Quando li esta passagem bíblica pela primeira vez, há muitos anos, senti que esta lei dos anos jubilares não era justa. Parecia que os devedores acabavam sempre por sair beneficiados, porque as suas dívidas ficavam liquidadas no ano jubilar. Todavia, depois de ver a situação actual, consegui vislumbrar a sabedoria de Deus oculta neste texto, tantas vezes ignorado.

Nos últimos tempos, a classe política tem-nos vendido 2 mitos, que são aceites acriticamente como dogmas.
1)  A crise económica é uma crise de dívida. Gastámos mais do que as nossas possibilidades
2) Não existe alternativa à austeridade

Estes 2 "mitogmas" são utilizados para obrigar as populações a aceitar condições desumanas de vida, a desistirem dos mais elementares direitos ao trabalho, saúde e educação, tudo em nome do desígnio nacional de vencer a crise económica.

Mas as pessoas apercebem-se de que a crise prolonga-se e prolonga-se e todos os seus sacrifícios parecem ser para nada.

Então, para encontrar uma via ética e humana para vencer a crise económica, devo desconstruir os dois mitos.

1) "Gastamos mais do que as nossas possibilidades"

É verdadeira a velha metáfora que compara a economia nacional com a economia familiar. Ou seja, não se pode gastar mais do que aquilo que se tem. É um facto.

O problema é que essa metáfora apenas se aplicaria se a nossa economia nacional fosse uma economia sadia (i.e. de tipo familiar). Mas não é. A economia nacional está construída em regras perversas. Quando o ex-Primeiro Ministro José Sócrates, o da Má Memória, disse numa conferência: "As dívidas não se pagam, gerem-se"... infelizmente e horrivelmente estava a dizer a verdade.

A economia actual não foi concebida para que as dívidas sejam pagas, mas perpetuadas. Exactamente o oposto do livro do Levítico. Como é possível que sejamos menos civilizados hoje do que judeus da Idade do Bronze?

Qual é então a causa da crise económica nacional e mundial? Antes de prosseguir na leitura, peço ao leitor que veja o vídeo aqui em baixo.




Assim, é possível perceber que a economia assenta num princípio, denominado sistema bancário de reservas fraccionadas, segundo o qual os bancos comerciais podem CRIAR dinheiro a partir de nada (ex nihilo), como se fossem deuses monetários.
Os bancos não precisam de ter muitos depósitos para emprestar dinheiro...
... porque eles emprestam mais dinheiro do que aquele que está depositado, que é o mesmo que dizer que criam o dinheiro que emprestam.

Isto gera uma situação terrível.
Como a maior parte do dinheiro da Economia é criada pelos bancos, isso significa que a nossa economia funciona à base de dívidas aos bancos...
... dívidas essas que estão constantemente a ser contraídas para que a Economia avance.
Ou seja, as dívidas não são para se pagar, mas para se gerir.

Agora, peço ao leitor que veja os dois vídeos abaixo:







Mas esta situação tem ainda mais uma variante abominável.
A maior parte do dinheiro é criada pelo banco comercial quando este empresta dinheiro.
Mas o empréstimo exige que se pague juros ao banco.
Mas pagar juros exige dinheiro e quem cria o dinheiro é o banco.
Ou seja, o banco cria o dinheiro para o empréstimo... mas não cria o dinheiro para pagar os juros.
Significa que existirá SEMPRE menos dinheiro em circulação do que a dívida que temos aos bancos.

Em resumo: É MATEMATICAMENTE IMPOSSÍVEL PAGAR A DÍVIDA.

Só mais uma nuance: a completa falta de solidariedade dos bancos comerciais.
Quando um banco ameaça falência, o Estado tem de vir resgatá-lo com bail-outs, que são dinheiro dos contribuintes.
Mas quando as pessoas estão arruinadas por causa das dívidas aos bancos, eles não mexem uma palha para as resgatar.
Isso inclui pessoas que estão a viver na pobreza, no desemprego, na doença, porque a austeridade lhes cobrou impostos acima do razoável, ou fechou as suas empresas ou obrigou a cortes na Saúde.
Essas pessoas estão na miséria por causa das dívidas (individuais ou nacionais) aos bancos, mas eles nada fazem para as aliviar. Nunca lhes passa pela cabeça perdoar as dívidas. Não! Só interessa o lucro!

O Capitalismo é um Socialismo para ricos!

Quando as pessoas precisam de ajuda do Estado, não pode ser... é o Mercado Livre. Mas quando são os bancos, aí já se aceita ajuda do Estado. Os bancos enchem a boca com as teorias do Mercado Livre... onde está o Mercado Livre para os bancos?
 
E os nossos governantes estão dispostos a cortar em tudo.
Cortam nas reformas e nos salários.
Mas nunca na dívida. Isso é impensável! Temos de honrar os nossos compromissos! Temos de ser gente honrada!
E os reformados? Não trabalharam uma vida inteira? Não são credores do Estado?
E os funcionários públicos? Não trabalharam para ganhar o seu salário? Não são credores do Estado?

Há credores e há credores... Há dívidas que são para se cumprir e há dívidas que são para se deitar no lixo. Apenas as dívidas ao banco são para se pagar.
 
***
 
Portanto, não adianta pensar que a crise da dívida se deve a "gastarmos mais do que as nossas possibilidades". Com o sistema bancário de reservas fraccionadas, a crise da dívida surgiria sempre. Porque 1) precisamos da dívida aos bancos para ter a Economia a funcionar e 2) porque é matematicamente impossível pagar a dívida aos bancos.

2) "Não existem alternativas à austeridade"

Esta é outra falsidade. E é tanto mais falsa quando se verifica a austeridade NEM SEQUER É ALTERNATIVA. Os próprios motores da austeridade começam a reconhecer isso.

A austeridade induz recessão.
Quer isto dizer que as pessoas não consomem, não compram, porque têm de poupar.
Por outro lado, estão mais sobrecarregadas e, logo, trabalham pior e produzem menos.
Ou seja, a austeridade faz com que as pessoas tenham menos dinheiro. E, logo, que o Estado tenha menos dinheiro.
Mas se as pessoas têm menos dinheiro e os Estados também... então temos menos possibilidades de pagar as dívidas aos bancos.

O que vai agravar a nossa dívida.

E assim sucessivamente.

Então, qual é a alternativa?

A alternativa está, hoje como sempre, na Doutrina da Igreja, que o próprio Deus instituiu para nos guiar. Por sinal, está numa doutrina já há muuuuuito tempo esquecida.

3) A Doutrina da "usura"

Os dissidentes utilizam frequentemente o exemplo da usura para dizer que a Igreja Católica pode mudar a sua doutrina. Mas isto é falso. A Igreja nunca mudou a sua doutrina sobre a usura. Nunca. A usura continua a ser tão pecaminosa hoje como ontem.

Mas a Igreja não diz que a economia mudou ? Que agora é lícito emprestar com juros?
Sim.
Mas quem é que disse que usura é "emprestar dinheiro com juros"? Usura não tem nada a ver com isso.

Sugiro a leitura deste excelente post, que demonstra que usura é um conceito complexo e cuja definição ainda está por terminar (pelo menos a nível dos detalhes). O problema é que, na altura da Idade Média, quando a economia era mais simples, toda a gente percebia o que era usura. Desde que a economia moderna se desenvolveu, tornou-se mais difícil saber o que é a usura. Em primeiro lugar porque a sua definição está ainda incompleta. Em segundo lugar porque é difícil saber quando um empréstimo bancário deixa de ser legítimo e passa a ser usurário.
 
É FUNDAMENTAL REABRIR O DEBATE SOBRE O QUE É A USURA, SOBRETUDO APLICADA À ECONOMIA DOS DIAS DE HOJE.

Eu, sinceramente, adopto a definição simplista de Hillaire Belloc e John C. Medáille:

"Usura é emprestar dinheiro com juros para financiar consumos não produtivos."

E é isto que a Igreja Católica ensina. A Igreja sabe que a economia actual funciona à base de bancos comerciais. Mas a função dos bancos comerciais é dar crédito a actividades produtivas.

Imaginemos que um banco empresta 100 € à taxa de 1% a um empreendedor para que este monte uma fábrica. O empreendedor gasta os 100 € para montar a fábrica. O negócio floresce. Produz-se nova riqueza. A fábrica acaba por originar produtos que são vendidos com um valor superior a 101 €. O empreendedor pode pagar a dívida ao banco, incluindo juros. E ficou depois com uma fábrica para o seu próprio sustento. Nada de imoral aconteceu aqui... e foi um empréstimo com juros.

Agora imaginemos que um banco empresta 100 € à taxa de 1% a uma pessoa para passar férias (embora dentro do país). O feriante gasta os 100 € nas férias. Os 100 € entram em circulação. Mas não se produziu riqueza nova. Quando regressa, o indivíduo tem de pagar 101 € ao banco. Sendo que 100 € estão em circulação... mas há 1 € que não existe na economia real. Para que o feriante pague a sua dívida ao banco, alguém terá de ficar 1 € mais pobre.

Pior ainda é quando um banco faz empréstimos com propósitos meramente especulativos. Quando compra um produto com um certo valor e depois usa manigâncias imorais para o vender acima desse outro valor. O banco recebeu um lucro sem ter feito nada para o merecer. Nem mérito, nem trabalho, nem empreendedorismo, nada... E em nada essa actividade beneficiou o Bem Comum. Pelo contrário. É certo que, quando alguém ganha dinheiro sem o merecer, houve outro alguém que perdeu dinheiro sem o merecer também.

Com base nisto, podemos deduzir que grande parte das nossas dívidas actuais são imorais. Como tal, não estamos moralmente obrigados a pagá-las. Tal como o toxicodependente não está moralmente obrigado a pagar a dívida ao dealer. O toxicodependente tem como único imperativo moral, tentar recuperar-se para se tornar um membro activo da sociedade, que contribua para o Bem Comum. Se a dívida ao dealer o impedir de atingir esse objectivo, deve ser pura e simplesmente rasgada.

E não foi isso que os bancos fizeram connosco? Tornarem-nos dependentes deles? Tornarem-nos dependentes do dinheiro deles para porem a nossa Economia a funcionar?

4) Alternativas antigas para problemas novos

Com base em tudo o que eu disse, é fácil traçar alternativas que, rapidamente, nos tirariam desta crise sem nos forçar a austeridades desumanas. Todavia, não vejo nenhum político com interesse em tomar essas medidas.
Em primeiro lugar, porque são medidas demasiado desconhecidas para terem efeito eleitoral.
Em segundo lugar, porque esses políticos são muito próximos dos grandes interesses económicos.
Em terceiro lugar, porque os políticos têm um pala ideológica que os impede de verem soluções novas.
E em quarto lugar, porque um político teria de ser muito hábil e corajoso para o conseguir: assim que estas medidas fossem implementadas, os mercados deixariam de confiar em Portugal e perder-se-ia o espaço de manobra para défices futuros (seria necessário atingir um superávite em menos de 1 ano).

Portanto, estas alternativas têm que começar a impôr-se no campo das ideias. O que não é  tão mau ou ineficaz como parece. Devemos lembrar-nos que até há poucos anos atrás havia meio mundo que estava sob o domínio de uma ideologia político-económica nefasta, o Comunismo. Parecia invencível. Mas caiu, frágil como um castelo de cartas. E, antes de haver iniciativas políticas para fazer frente ao Comunismo, houve ideias. Particularmente as lançadas para a discussão pública pela Doutrina Social da Igreja.

Alternativas que eu recomendo:

1) Acabar de vez com o sistema bancário de reservas fraccionadas. Apenas os bancos centrais devem poder criar moeda central.

2) Pugnar por uma moratória unilateral e incondicional às dívidas públicas, começando pelas dos países do Terceiro Mundo. Pedir auditorias populares à dívida (para saber se houve ou não irregularidades nos empréstimos).

3) Enquanto tal não sucede, fomentar a existência de moedas paralelas. Ponho à vossa consideração a experiência de Wörgl, um sucesso tão desconhecido...
Na verdade, acho que não existe outra maneira de criar riqueza no nosso país, mantendo-nos no Euro... é preciso criar uma moeda paralela a ele. O Euro seria para pagar a dívida. A moeda paralela para manter a economia a funcionar.

4) Promover gradualmente a alternativa aos bancos comerciais: as uniões de crédito.







.
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5) Impôr aos bancos comerciais a criação de linhas de microcrédito, para estimular a economia com empréstimos realmente benéficos
6) Regular antentamente toda e qualquer actividade especulativa, proibindo-a
7) Combate agressivo e eficaz à corrupção (um sorvedouro de dinheiros públicos, também contrário ao Bem Comum). Educação para uma cidadania sem corrupção.
8) Combate agressivo e eficaz à economia paralela ("dai a César o que é de César" é uma lei de Cristo). Só com esta medida isoladamente, já teríamos um superávite.
9) Poupar em tudo o que é despesismo, que ainda é muito.

10) Indexar o salário dos políticos a uma fórmula que leve em conta o défice público, mas também as taxas de desemprego e de pobreza. Isso havia de motivá-los...
11) Racionalizar a Segurança Social. Ou seja, cortar ao máximo os subsídios (exceptuando reformas, invalidez e subsídios de natalidade) e substitui-los por intervenções VERDADEIRAS de inserção social. Articulação com as IPSSs, CATs, Centros de Alcoologia, Centros de Emprego e as linhas de microcrédito supracitadas.
12) Promover o auto-sustento. Quer individidual, quer nacional. Devemos recuperar a nossa agricultura e as nossas pescas, para sermos o mínimo possível dependentes do exterior. As importações custam dinheiro. Que cada país possa ser auto-suficiente, quanto mais não seja na produção dos bens essenciais.

13) Acabar com off-shores. Que cada qual pague aquilo que lhe é devido. É verdade que os empresários, quando ameaçados com impostos, fogem para ambientes fiscalmente mais agradáveis noutros países menos escrupulosos. É por isso que devemos tentar globalizar esta medida, tal como eles tentaram globalizar a "competitividade" quase chinesa do valor do trabalho.

14) Promover a Família, a verdadeira Família, mediante acções educativas à população. Apenas uma Família fértil e estável pode evitar o inverno demográfico, com o consequente colapso da sociedade portuguesa e pobreza subsequente. PROIBIÇÃO ABSOLUTA DO ABORTAMENTO PROVOCADO.

***

Como pode o meu leitor ver, é possível sair desta crise económica de uma forma humana e sem prejudicar os mais frágeis. Pelo contrário, poupar os mais frágeis e obrigar cada qual a pagar a sua quota parte (o que significa não pagar dívidas injustas) é a única maneira de sair desta crise económica. Aí sim, não existem alternativas.

sábado, 22 de setembro de 2012

A ESPOSA DE JESUS: MAIS UM FOGUETE DE PÓLVORA SECA...



Esqueçamos que o dito papiro só foi escrito no séc. IV d.C. (ao contrário dos Evangelhos, que foram escritos no séc. I... no máximo nos princípios do séc. II).

Esqueçamos que esse papiro foi escrito pelos gnósticos, que gostavam (esses sim!) de deturpar a figura de Jesus para que Ele se encaixasse nos seus misticismos de estimação (ao contrário dos Evangelhos, que foram escritos pelos verdadeiros seguidores de Jesus e que tentam documentar os factos que relatam com o máximo de objectividade e referências possível).

Esqueçamos que o papiro apenas coloca Jesus a referir "a minha esposa", sem especificar quem ela era (até poderia estar a referir-se à Igreja, confirmando a eclesiologia paulina).

Esqueçamos que uns fragmentos isolados de um papiro único não constituem uma prova mais forte do que os imensos escritos ortodoxos (incluindo os Evangelhos) que atestam que Jesus foi celibatário (ou que nunca mencionam a esposa de Jesus, o que não deixa de ser estranho, se ela realmente existiu).

Esqueçamos que existem dúvidas àcerca da autenticidade do papiro (ler aqui).

Esqueçamos tudo isso.

Vamos ver antes as palavras da própria descobridora do papiro:

«"What I'm really quick to say is to cut off people who would say this is proof that Jesus was married because historically speaking, it's much too late to constitute historical evidence," she continued. "I'm not saying he was, I'm not saying he wasn't. I'm saying this doesn't help us with that question
Tirado daqui

"No, this fragment does not provide evidence that Jesus was married. The comparatively late date of this Coptic papyrus (a fourth century CE copy of a gospel probably written in Greek in the second half of the second century) argues against its value as evidence for the life of the historical Jesus. Nor is there any reliable historical evidence to support the claim that he was not married, even though Christian tradition has long held that position. The oldest and most reliable evidence is entirely silent about Jesus's marital status. The first claims that Jesus was not married are attested only in the late second century CE, so if the Gospel of Jesus's Wife was also composed in the second century CE, it does provide evidence, however, that the whole question about Jesus's marital status arose as part of the debates about sexuality and marriage that took place among early Christians at that time."
Tirado daqui
(clicar na Q&A #1)


Portanto, é preciso dizer mais alguma coisa?

Mais uma vez, o sensacionalismo e a desonestidade dos media está à vista de quem quer que goste de acreditar nos factos crus da realidade, em vez de em novelas de ficção de Dan Brown.
.
Mais uma vez, temos aqui um foguete de pólvora seca... Muito barulho, muito barulho, mas é tudo apenas fumarada...
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Para quem, ainda assim, desejar acreditar que Jesus Cristo era casado, recomendo a leitura deste post antigo que eu "roubei" da Mar com Canela (agora Filha de Maria).

domingo, 16 de setembro de 2012

A PROPÓSITO DA TSU

O Governo actual continua a acreditar nos dogmas da sua ideologia, segundo o qual quanto mais folga económica dermos aos empregadores, maior competitividade teremos, mais investidores atrairemos e, a longo prazo, mais empregos criaremos. Esta seria a receita para sair da actual crise económica.

Só que não é assim. E é por isso que as medidas actuais só poderiam culminar em desastre. Como, aliás, toda e qualquer política que privilegie quem menos necessita à custa de quem mais necessita. Como, aliás, toda e qualquer política que pretenda obter ganhos à custa da desumanização do Trabalho e da exploração dos que ganham o Pão-Nosso de cada dia com o suor do seu rosto.

Por isso, sugiro o visionamento do vídeo infra.



 

segunda-feira, 9 de julho de 2012

FOI FEITA JUSTIÇA HISTÓRICA!


Durante anos, o Venerável Papa Pio XII foi acusado injustamente de ter estado silencioso (ou até de ter sido cúmplice activo) durante as crueldades do Holocausto nazi.

E também durante anos, vários estudiosos de renome tentaram (em vão) acabar com esse horrendo preconceito, tão disseminado.

Finalmente, os seus esforços começaram a dar fruto.


Para quem quiser saber mais, recomendo este livro, escrito por um Rabbi judeu (e, portanto, acima de suspeita), que relata os esforços heróicos do Venerável Pio XII no sentido de salvar o maior número possível de judeus, numa altura em que o Vaticano estava rodeado pelas Forças do Eixo.

"The Myth of Hitler's Pope"
by Rabbi David G. Dallin

No Amazon

Para saber ainda mais:

a) Pave the Way Foundation

b) Encíclica Mit Brennender Sorge (escrita pelo Papa Pio XI, mas com o auxílio activo do Cardeal Eugenio Pacelli, futuro Pio XII)

c) Encíclica Summi Pontificatus (primeira encíclica do Papa Pio XII)

d) Radiomensagem de Natal de 1943 do Papa Pio XII

domingo, 18 de março de 2012

AND THEN THEY CAME FOR ME...


A justificação para esta decisão ridícula é, ela própria, risível: "O interesse público prevalece sobre o interesse privado".

Aqui se pode ver, em plena força, as consequências abomináveis e anti-subsidiárias da actual mentalidade socialista estatizante luso-europeia. Meus caros, o interesse público não prevalece sobre o interesse privado. O interesse público serve o interesse privado.

A magistrada adiantou um horário alternativo, no qual compensava a folga semanal ao Sábado. Então, se ela iria trabalhar o mesmo número de horas, em que é que isso põe o interesse público em risco?

Por outro lado, o que o Professor Jonatas Machado disse no link acima é perfeitamente verdade: "Os direitos humanos prevalecem sobre o interesse público". Isto porque não há maior interesse público do que uma sociedade que respeita os direitos humanos e os direitos constitucionais (dos quais o direito à liberdade religiosa faz parte integrante).

Nos Estados Unidos da América, onde a liberdade religiosa é vista com o respeito e gravidade que merece, está neste momento a decorrer um debate extremamente renhido sobre se a Administração Obama pode passar leis nas quais obrigue a Igreja Católica ou os católicos a pagarem seguros de saúde que cubram contraceptivos e abortos aos seus empregados.

Se fosse cá em Portugal, não haveria debate, nem sequer escândalo.

Os católicos portugueses têm que ter consciência da fragilidade em que se encontram em termos legais e sociais. Pois que não tardarão em vir as elites anticristãs do costume a tentar impôr-nos as suas ideologias com o pretexto do "interesse público".

Posso não fazer muito, mas ao menos denuncio esta pouca vergonha. Esse "tribunal" não serve justiça, pois que justiça é não fazer uma alma escolher entre o seu sustento e Deus.
Toda a alma merece o seu sustento.
E toda a alma merece a esperança da Salvação Eterna.
Ainda que eu não acredite que a alma dessa magistrada venha a ganhar essa salvação mediante a prática do Sábado, não serei eu a colocar-lhe entraves na consciência. Estou 100% a favor dela! E convido todos os meus irmãos (de qualquer religião) a fazê-lo também.

"And then they came for me" - Pastor Martin Niemöller

sábado, 18 de fevereiro de 2012

O "OBSCURANTISMO" DO CARDEAL VS. O OBSCURANTISMO JORNALÍSTICO


Portanto, parece que pela primeira vez temos 3 cardeais portugueses. Para os católicos da nossa Nação isso seria motivo de grande júbilo. Mas os jornalistas, como é seu costume, não podiam simplesmente relatar esse júbilo, quando poderiam ganhar mais uns €€€ e mais um pouco de notoriedade social ao denunciar a (pseudo)"neandartalidade" do Cardeal. O que é típico dos senhores jornalistas! Todos se recordam da enxurrada de notícias que tentavam ligar o Papa Bento XVI aos escândalos de pedofilia... mas ninguém leu uma linha que seja (fora das agências noticiosas católicas) sobre como os julgamentos do Papa neste âmbito caíram por não estarem devidamente fundamentados (para mais sobre a minha opinião sobre Igreja e pedofilia, remeto-vos para este meu post, incluindo comments)

Temos um novo Cardeal? - pensam os senhores jornalistas - Temos de lhe mostrar imediatamente "quem manda aqui", não vá ele ensombrar a nossa pseudo-intelectualidade de sound-bytes com, sei lá, alguma racionalidade, alguma actividade neurológica, enfim! É hora de ele baixar a bolinha ao nosso 4º Poder, ao nosso monopólio de opinion-making!

E como fizeram isso? Da sua maneira preferida: deturpando a profundíssima e perspicacíssima mensagem do Cardeal. Aqui está a frase da discórdia (o link remete para a entrevista total):


Imediatamente, emitiram-se notícias com os cabeçalhos: "Mulher deve ficar em casa" e "Função essencial da mulher é cuidar dos filhos"

Ora, estas deturpações são fáceis de se esclarecer, em pouquíssimas frases. Cá vai:

1) Existe uma diferença entre "Mulher deve ficar em casa" e "Mulher deve poder ficar em casa". Conseguem descobrir qual é essa diferença? Pista: Uma retira liberdade à mulher, outra confere maior liberdade à mulher de escolher o que deseja para si.


2) A função "essencial"... Imaginem que uma mulher é simultaneamente mãe e professora. Agora, imaginem que a supracitada mulher desaparece do mapa (morre, é abduzida por extraterrestres, vocês decidem).
O que vai acontecer na escola? Essa mulher será imediatamente substituída por outra professora, que fará exactamente o mesmo que a primeira, com maior ou menor eficiência. Na verdade, dado o actual contexto de desemprego galopante nesta classe profissional, a ausência dessa mulher nem causará grande tristeza!
Mas... o que vai acontecer em casa? A ausência dessa mulher gerará um vácuo na vida das crianças que jamais será preenchido, mesmo que o pai case com outra mulher!

Portanto, onde é que esta mulher é "essencial"? Ergo: Onde é que a mulher tem uma função "essencial"?
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Nos comentários dos detractores do cardeal, vejo 3 refutações à sua frase, as quais são também facilmente rebatidas:

I) "Por que deve ser a mãe a ficar em casa e não o pai?"
Para qualquer um que não se vergue à teoria (nunca comprovada) da igualdade de género, é óbvio que um bom pai jamais substitui uma boa mãe.

O que está, isso sim, comprovado, é que o vínculo materno é algo essencial para o bem-estar psicológico da criança de uma forma que mais nenhum vínculo (incluindo o paterno) consegue fazer. Remeto-vos para os estudos do Dr. Bowlby. Isto porque, enquanto o vínculo paterno é construído ao longo da vida da criança mediante um sentido de honra e responsabilidade (a afectividade tem de ser construída), o vínculo materno é estabelecido imediatamente após o parto com um pico hormonal (nomeadamente de occitocina) e é reforçado nos primeiros dias pós-parto com a experiência da amamentação. A partir daqui, a mãe será sempre insubstituível na criação e educação da criança.

Disclaimer: Não estou a dizer que o pai não tem um papel na criação e educação da criança. Limito-me a dizer que o seu papel é diferente e não é transacionável com o papel materno.

II) "O direito da mulher à auto-realização"
De acordo com estas mentes, uma mulher apenas sente auto-realização no trabalho. Mas não será possível que uma mulher sinta auto-realização na vida doméstica, na maternidade? Neste último caso, não deverá essa mulher "poder ficar em casa"?

Ou seja, não é o Cardeal que se está a insurgir contra o direito da mulher à auto-realização. Afinal de contas, o Cardeal nunca manifestou vontade de proibir as mulheres na força laboral.

Quem se está a insurgir contra o direito da mulher à auto-realização são as feministas e os pós-modernistas... que parecem atacar qualquer um que diga que uma mulher que assim o deseje deve poder ficar em casa! A pressão ideológica sobre uma opção legítima de uma mulher (que vá contra os dogmas ideológicos da Esquerda) é palpável!

III) Ai, o conservadorismo, ai a retrogradice, ai os meus sais!
Ainda alguém me está para explicar por que motivo uma opinião / atitude / comportamento de um século passado é automaticamente inferior a uma opinião / atitude / comportamento contemporâneo.
Na verdade, esta ideia é uma falácia lógica, denominada argumentum ad novitatem.
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Portanto:
Parabéns Sr. Cardeal D. Manuel Monteiro de Castro! Mostrastes-vos um exemplaríssimo representante da doutrina da Igreja, afirmando o que deveria ser afirmado, mesmo contra o politicamente correcto e as modas do Mundo! Tal como Jesus Cristo fez! Espera-nos, por este prólogo, um excelentíssimo cardeal, um português que nos honra na Cúria do próprio Papa! Deo gratias!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ÍDOLOS DE OIRO COM PÉS DE BARRO

"A adoração do bezerro de oiro"
Nicolas Poussin
1633-4

A Humanidade tem uma propensão inata para a idolatria, sendo que a História da Salvação consiste precisamente na tentativa repetida por parte de Deus de nos curar dessa doença. Estes bezerros de ouro têm tendência a possuir duas características:
1) São obras da mão do Homem
2) São gigantescos

No fundo, o Ser Humano vê-se aprisionado numa armadilha ridícula que consiste em construir algo com as suas próprias mãos e, depois, vendo a magnitude daquilo que construiu, confundi-lo com um deus. A admiração que sente por aquele colosso é demasiada para resistir a prostrar-se em adoração. Em suma, o Homem vê-se escravizado pela própria grandeza que construiu.

Tais ídolos tornam-se então um pretexto para as piores atrocidades. Uma vez que o ídolo foi exaltado ao nível de potência suprema, tudo o resto é relativizado diante dele. Incluindo o próprio Homem. E quando o Homem é sacrificado no altar desses ídolos, morre também a Caridade, que é a essência de Deus.

Mas, se há coisa que a Bíblia nos ensina, é que Deus triunfa sempre sobre dos ídolos. Um belo dia, Deus resolve assoprar e os ídolos desfazem-se como castelos de cartas. A única incerteza reside em saber como cada indivíduo reage perante a tentação da idolatria.

Olhando para a nossa História posso citar dois exemplos: o Império Romano e a U.R.S.S.
Dois impérios construídos à mão do Homem, tão gigantescos que pareciam invencíveis. Inexpugnáveis. Inimputáveis às atrocidades cometidas nos seus seios. Insolentes, ousaram tentar conquistar os altares a Deus e exterminá-l'O.

Onde estão agora?

Um está enterrado sob os alicerces do Vaticano. Bastou ruir um muro e o outro desfez-se em menos de um par de anos.

E, no entanto, como não se sentiria um cristão a viver nos tempos de Nero? Um católico na Polónia comunista? Como um David a lutar contra um Golias, não? Não seria desesperante? Aqueles monstros dominavam tudo e pareciam desafiar os séculos! Quem os podia vencer? Quem poderia prever que eram tão frágeis?


Vem isto a propósito de mais um império que é idolatrado nos dias de hoje: a China.
Ora, a China conseguiu congregar o pior que há no Comunismo e no Capitalismo.
E, com isso, parece estar a emergir lentamente como uma fera das trevas, para dominar tudo! Quem pode negar que a China detém actualmente a hegemonia do Mundo Económico (que parece ser o único que importa ao Homem do séc. XXI?)
A Esquerda idolatra a China como um local onde o Comunismo deu certo! E pela "valente" Política do Filho Único, na qual o Estado se arvora como decisor da fertilidade individual, "salvando" esse país dos perigos da sobrepopulação!
A Direita idolatra a China, como um modelo de competitividade que os trabalhadores ocidentais devem empregar se quiserem sobreviver no mercado global, ainda que tal "competitividade" equivalha a semi-escravatura.
A China... o maior dos países emergentes. Boquiabertos com a dimensão do ídolo, os opinion-makers são unânimes: a China irá dominar o séc. XXI, enquanto Europa e América definham.

Eu nunca acreditei nisso!
Porque é um ídolo de oiro com pés de barro!
Quais são os pés de barro? Simples! Algo que se tem vindo a repetir sempre e que o Homem teima em não aprender:
Não se consegue construir prosperidade sobre miséria humana!

Bem, eu sempre pensei que a decadência da China começaria quando a famigerada Política do Filho Único desse lugar à inevitável crise demográfica e consequente desmoronamento do tecido produtivo do país.

Afinal de contas, a decadência da China é capaz de começar bem mais cedo... e apenas as mentiras da propaganda comunista o estão a encobrir!




Portanto, caro leitor, não se admire com o tamanho do monstro! Nem admita que queiram transformar a sua sociedade à imagem desses modelos ateus! Não se deixe escravizar, quer interior quer exteriormente! Este também tem pés de barro! E há-de cair! E o homem sensato estará agarrado a Deus, quando isso acontecer! E o insensato que se sentou à sombra do ídolo será esmagado...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

SOMOS 7 MIL MILHÕES!!!

E isso é motivo de grande alegria e festa!

"Cristo alimentando a multidão"
Ícone Copta
É claro que muitos dos "sábios" deste tempo andam a invocar o mito da sobrepopulação para transformar esta ocasião feliz num apocalipse, tentando incutir o pânico nas pessoas menos esclarecidas. É incrível (ou talvez não) como os "sábios" conseguem ser sempre tão misantropos, quando não misturam a sua "sabedoria" como uma boa dose de caridade cristã. Ora permitam-me que eu esclareça: 


Meus amigos... o mito da sobrepopulação tem como fonte única e primordial uma certa corrente científica denominada malthusianismo, a qual tem vindo a ser provada constantemente como errada pela evidência da própria realidade.




Só que o malthusianismo não é a única corrente científica acerca deste assunto. Existe uma outra, denominada cornucopianismo. Uma explicação muito sucinta pode ser encontrada no vídeo abaixo.

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Bem, acabou a festa! Temos 7 mil milhões de pessoas para alimentar! E, para nos ajudar nessa tarefa hercúlea temos... 7 mil milhões de pessoas para nos ajudar! Então, que tal usar esse enorme potencial para resolver o verdadeiro problema da fome mundial?




Para quem quiser saber mais, recomendo este livro (tem de ser encomendado no Amazon)

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

COMO (NÃO) AUMENTAR A PRODUTIVIDADE NACIONAL

Mais um tesourinho para a minha rubrica: "Dogmas seculares".

Facto:

Solução do Governo para aumentar a produtividade nacional?


Não resultou até agora? Não se preocupem! Um dia há-de resultar! Not!!!

A austeridade deve servir para nos ensinar a não viver acima das nossas possibilidades... não como uma desculpa para nos explorar!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

DOGMAS SECULARES...

Uma das críticas mais comuns que se fazem à Igreja hoje em dia prende-se com o seu suposto dogmatismo. Os detractores do dogmatismo da Igreja esquecem (ou simplesmente ignoram) que a Dogmática é uma ciência teológica meticulosa e, em vez disso, definem dogma como uma "tese irracional que não se encontra aberta a discussão lógica por parte dos crentes da supracitada tese".

Como tal, decidi hoje iniciar uma rubrica no meu blog intitulada de "Dogmas Seculares". Com isto, demonstrarei que a mentalidade moderna, nas suas diversas vertentes, é mais irracional e fechada do que a mentalidade cristã em geral e católica em particular.

Começo por um artigo de opinião publicado ontem pelo jornal Expresso da autoria de Martim Avillez Figueiredo. Informa-nos ele de que 95% (e eu sublinho e ele sublinha também: 95%!!!) do tecido empresarial português corresponde a pequenas empresas que empregam menos de 10 pessoas. Dessas pequenas empresas, aproximadamente metade dão prejuízo.

Conclusão do emérito opinion-maker: as medidas de austeridade são necessárias para que se desencadeie um processo quase darwiniano de eliminação destas pequenas empresas (as quais, por darem prejuízo, deveriam ter sido eliminadas há muito tempo). Só então poderemos começar a ter uma economia "igual às outras" (palavras dele!), retirando-nos assim da crise financeira.

Portanto, meu amigo, se você está a pensar em usar as suas finanças para criar um pequena empresa que empregue pessoas (por muito poucas que sejam), que crie riqueza para Portugal e torne a sua comunidade mais auto-suficiente, pense duas vezes! Você contribuiria mais para a solução da crise financeira ao trabalhar como criado de mesa num McDonald's ou coisa que o valha!

 A austeridade não é necessária para eliminar as pequenas empresas que dêem prejuízo! As pequenas empresas dão prejuízo por causa da austeridade! Qualquer pessoa sóbria, vendo um modelo económico (a austeridade) que destrói 95% do tecido empresarial do país, tentaria mudar de modelo e não intensificá-lo!!!

Para um rebate mais detalhado e elegante do Dogma da Economia Megalomaníaca, recomendo o livro do economista distributista católico E.F. Schumacher: "Small is beautifull - a study of Economics as if people mattered"



PS: Com que então, 95% das empresas portuguesas são pequenas... pelos vistos Portugal tem mais potencial do que eu pensava! É pena que os políticos estejam sempre a estragar tudo...