No entanto, não da maneira como a tolerância é experimentada nos dias de hoje.
Actualmente, a tolerância é apenas uma desculpa para avançar certas agendas ideológicas sem se ser escrutinado. Uma desculpa para silenciar toda e qualquer oposição. Uma desculpa para criar uma casta intocável de indivíduos que se podem dar ao luxo de criticar quem bem quiserem sem eles próprios serem criticados.
Sabe-se que é uma desculpa, porque os idólatras da tolerância jamais aplicam o seu "valor absoluto" a eles próprios.
Exemplo: Estava planeado para o dia 31 de Julho o início de uma iniciativa em Washington: "The Ex-Gay pride month", uma campanha de sensibilização apontando a discriminação das pessoas que deixaram de possuir uma orientação homossexual.
Ora, eu tenho algumas reservas quanto a este evento. Pelo que se pode ver na notícia, parece que os organizadores sobrevalorizam as técnicas de reorientação psicológicas em detrimento dos ministérios espirituais (quando tais técnicas ainda são, a meu ver, bastante experimentais e têm uma abordagem redutora do problema). Além disso, hesito sempre quando se faz uma celebração "Pride", porque o orgulho não é para ser celebrado, é para ser combatido como o principal pecado do coração.
Todavia, tal evento teria tanto direito a decorrer como um "Gay pride month".
Acontece que o evento foi cancelado por ameaças de violência.
É que os ex-gays são uma ameaça ao dogma "tolerante" de que as pessoas são "born that way" e não podem mudar a sua orientação sexual. Sem estes dogmas, o lobby LGBT perde grande parte da sua força de luta, que consiste na vitimização e na identificação da homossexualidade como uma característica intrínseca, não como uma mera atração sobre a qual podemos exercer uma escolha consciente.
Se o lobby LGBT realmente fosse favorável à tolerância, seria consistente com essa posição e toleraria que as pessoas tivessem a sexualidade que bem quisessem, mesmo que fosse rejeitar a homossexualidade.
Quando o lobby LBGT vem falar de "tolerância", é preciso recordar que é apenas uma palavra bonita que está a ser instrumentalizada para propósitos nefastos.
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