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segunda-feira, 4 de março de 2013
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sexta-feira, 23 de março de 2012
NESTE TEMPO DE CONVERSÃO...
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sexta-feira, 8 de julho de 2011
MARIA JOSÉ NOGUEIRA PINTO (1952-2011)
Requiem aeternam dona ea, Domine, et lux perpetua luceat ea. Requiescat in pace. Amen
Deixo à consideração dos leitores um magnífico epitáfio, escrito pela própria falecida...
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domingo, 17 de abril de 2011
ESTER E A QUARESMA
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terça-feira, 5 de abril de 2011
JONAS E A QUARESMA
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sábado, 29 de janeiro de 2011
UM HOMEM PARA A ETERNIDADE
Este meu post fez-me lembrar um dos meus filmes favoritos... "Um Homem para a Eternidade".
Vencedor do Óscar do Melhor Filme em 1967 (bem como de mais 5 outros óscares), conta precisamente a história de S. Thomas More.
S. Thomas More foi um católico fervoroso que, graças aos seus méritos e virtudes, foi nomeado Chanceler, um dos lugares políticos mais elevados do Reino de Inglaterra do séc. XVI d.C..
Infelizmente, o seu rei era Henrique VIII, o qual, mais tarde, viria a envolver-se numa querela com a Igreja Católica por esta não lhe conceder o divórcio com Catarina de Aragão, para que o rei se pudesse casar com Ana Bolena. Essa querela agravou-se cada vez mais, até culminar em cisma. Henrique VIII proclamou-se cabeça da Igreja em Inglaterra, tendo daqui nascido a Igreja Anglicana.
Diante disto, restava apenas uma saída a um Chanceler católico ortodoxo e piedoso... pedir a demissão do seu cargo político e retirar-se da vida pública.
Não chegou... Uns anos mais tarde, S. Thomas More seria convocado (juntamente com todos os notáveis de Inglaterra) a jurar o Acto de Sucessão. Este Acto implicaria que S. Thomas More não só reconhecesse a descendência de Henrique VIII com Ana Bolena como herdeiro legítimos do trono... mas que também negasse a autoridade de potentados estrangeiros, nomeadamente a autoridade do Papa (que recusara o divórcio do rei).
Thomas More, profundo conhecedor da legislação, procura escudar-se no silêncio. Infelizmente, também não chegou... Graças a artifícios e artimanhas várias, os seus inimigos políticos conseguiram a sua condenação. O santo foi martirizado em 1535. Seria canonizado em 1935.
O filme "Um Homem para a Eternidade" retrata precisamente toda este percurso de S. Thomas More, constituindo-se ainda como uma reflexão sobre a primazia de consciência de todo o homem de boa vontade (e, nomeadamente, de um bom católico) sobre os caprichos e despotismos de um Estado, sobretudo de um Estado que se arroga o direito de legislar aquilo que não é possível, ou que pretende uma autoridade que não lhe compete.
Um filme daquela época dourada dos épicos, quando eram celebradas personagens verdadeiramente dignas de o serem...
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010
MARQUÊS DE BONCHAMPS (1760-1793)
O que faz uma revolução? Segundo uma concepção extremamente romântica que por aí paira, uma revolução é sinónimo da vontade do Povo, lutando pela sua liberdade, legitimamente derrubando um regime despótico e opressor, violador da dignidade humana. Sem dúvida que, por vezes, será assim. No entanto, na minha opinião, uma revolução é geralmente vontade de uma elite aburguesada e adolescente, não do Povo. Essa elite manipula o descontentamento e miséria populares para impor uma ideologia absurda e minoritária, incapaz de vingar através dos canais apropriados. Instrumentaliza a adesão popular a uma série de promessas demagógicas, para legitimar um projecto político que esse mesmo Povo raramente compreende (e que, se compreendesse, provavelmente nunca apoiaria). É por isso que, quando triunfa a revolução, os revolucionários geralmente empreendem uma odisseia de “educação” do coitado do Povo, porque o coitado do Povo não sabe o que que é melhor para o País, esse mesmo Povo de cuja vontade os revolucionários encheram a boca durante a revolução.
Não é por isso de estranhar que, a seguir aos belos e comoventes hinos revolucionários, se sigam os “necessários” e “inevitáveis” períodos de repressão que os governos revolucionários, por norma, encetam. E, por causa desta concepção extremamente romântica de revolução, a História só reza dos belos e comoventes hinos revolucionários. Toda a gente conhece o célebre lema “Liberdade, Igualdade, Fraternidade” da Revolução Francesa, embora raramente se comente o trio (igualmente histórico) “Terror, Histeria e Guilhotina”.
Não admira pois, que aqueles que compartilham desta concepção romântica da revolução, vejam precisamente na Revolução Francesa o seu paradigma. Não é por acaso que a Esquerda (a detentora quase exclusiva da mentalidade revolucionária) tenha nascido precisamente do jacobinismo desta Revolução Francesa. Um jacobinismo do qual a Revolução Republicana de 05/10/1910 não está imune.
Quanto a mim, o que faz uma revolução é, precisamente, a vontade do Povo. A Vontade popular espontânea. A Vontade popular que nasce da própria iniciativa do Povo não “educado” pelas elites revolucionárias. Por isso mesmo, para mim, o paradigma de revolução não é a Revolução Francesa… mas a Revolução de Vendée. Que, paradoxalmente, foi uma resposta contra-revolucionária à Revolução Francesa.
Vendée é uma região da França onde, no séc. XVIII, a população apresentava uma forte fé católica e onde a Nobreza, digna desse nome, contribuía para a diminuição das desigualdades sociais. Não é, pois de estranhar, que a Vendée não tenha aderido com muito entusiasmo à Revolução Francesa. Mas, quando a República impôs um recrutamento compulsivo de 300.000 homens nessa região para servirem no Exército, acompanhado de uma perseguição implacável ao clero e aos fiéis praticantes... os Vendéen tomaram armas, mas contra a República. Foi assim que nasceu o Armée Catolique et Royale. Uma verdadeira revolução, assente na verdadeira vontade popular. Claro que os revolucionários, muito democraticamente, enviaram várias tropas para controlar a região.
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Insígnia dos soldados do Armée Catolique "Dieu et Roi" |
É nas verdadeiras revoluções que nascem os verdadeiros líderes. E tudo isto foi uma introdução à história de Charles Melchior Artus de Bonchamps… ou, melhor dizendo, o Marquês de Bonchamps. O Marquês era um nobre que lutara bravamente várias guerras e que se retirara da vida política quando a Revolução Francesa estalou. Foi a ele que os Vendéen se voltaram, quando se viram em desvantagem numérica perante um adversário militarizado e bem treinado.
Reza a história que o Marquês de Bonchamps procurou dissuadir os camponeses, porque era possível que os revolucionários apenas destruíssem o clero e a nobreza e que aquela era uma guerra quase perdida. Mas tamanha foi a insistência dos Vendéen, que o Marquês acedeu treiná-los e liderá-los… com a condição de estes jamais cederam à tentação de cometerem crueldades a coberto da Guerra Civil.
Sob a liderança do Marquês de Bonchamps, os Vendéen conseguiram algumas vitórias militares inimagináveis. Infelizmente, não conseguiram resistir mais do que 3 anos, tendo sofrido graves perdas materiais e humanas. O Marquês de Bonchamps não foi imune a essas perdas materiais. Segundo um historiador, os revolucionários terão incendiado o seu château em Saint-Florente-le-Vieil. Os Vendéen rapidamente se prontificaram a repelir violentamente os incendiários. Mas o Marquês terá respondido:
A vida do Marquês de Bonchamps terminaria na batalha de Cholet, onde ele foi mortalmente ferido. Durante essa batalha, os Vendéen capturaram 5.000 republicanos, que pretendiam matar para vingar a morte do seu líder. Mas o Marquês moribundo ordenou às suas tropas que perdoassem e libertassem os prisioneiros. Perante a relutância dos seus subordinados, o Marquês exigiu que, se estes não acatassem a ordem, que ele próprio se colocasse entre eles e os prisioneiros, para que o primeiro golpe o matasse a ele.
Nos seus últimos minutos, o Marquês recebeu a Extrema Unção e declamou as suas últimas palavras:
“Eu ouso confiar na Misericórdia de Deus. Não agi por orgulho, nem por uma reputação que a eternidade anularia. Não lutei pela glória terrena. Apenas desejei derrubar uma tirania sanguinária de crime e impiedade. Se não consegui reerguer o Altar e o Trono, pelo menos defendi-os. Servi Deus, o meu Rei, o meu País e aprendi a perdoar…”
Os Vendéen continuaram a lutar, mas acabaram por ser derrotados. Terão sido mortos entre 117.000 e 450.000 dos habitantes de Vendée (entre 14,6 e 56,3% da população). No decurso da Revolução Francesa, estima-se que outras 16.000-40.000 pessoas tenham sido decapitadas na Guilhotina. Isto sem contar com as baixas militares nas guerras que os revolucionários fomentaram com as nações vizinhas. Como diria Robespierre, um dos cabecilhas da Revolução Francesa (e que acabaria ele mesmo por ser guilhotinado): “O governo revolucionário é o despotismo da liberdade contra o despotismo da tirania”. No final da Revolução Francesa, Napoleão Bonaparte (um dos combatentes revolucionários) fez um golpe de Estado, acabando por autoproclamar-se Imperador (fazendo emergir da Revolução uma Monarquia absolutista semelhante, senão pior, àquela que a Revolução supostamente combatera).
Mas as forças revolucionárias, para assegurar a pacificação da Vendée, tiveram ainda assim, de ceder-lhes várias concessões, nomeadamente no que diz respeito aos seus direitos de liberdade religiosa e de propriedade.
Por tudo isto, é pena que não haja mais revolucionários como o Marquês de Bonchamps, verdadeiramente interessados em defender a Vontade do Povo (a do Povo, não a deles próprios) contra todo o tipo de injustiças, lutando pelo Bem Comum e pelos valores da Humanidade, mesmo ao ponto do sacrifício das próprias vidas.
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quinta-feira, 10 de junho de 2010
GABRIEL GARCIA MORENO (1821-1875)

Dia de Portugal... o dia de uma Nação com um Passado glorioso, uma herança vastíssima e uma antiguidade invejável. Um dia que, portanto, me entristece... dado o panorama actual desta mesma Nação. A corrupção generalizada da classe dirigente. As engenharias sociais implacáveis e intraváveis. O imediatismo económico monotemático. A apatia popular e a alienação das bases...
Seria preciso haver homens bons e convictos que aceitassem tomar as rédeas deste país e tentassem, não sem sacrifício próprio, mudar este panorama.
Infelizmente, o último homem bom e convicto que eu julgava existir nos altos cargos da Nação, morreu politicamente para mim há algumas semanas atrás. Instrumentalizou o Papa e o meu voto, para, na altura mais crítica, lavar as mãos à Pilatos e me dizer que as minhas convicções não valiam uns cifrões.
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Aproveito este sentimento e este feriado para iniciar uma rubrica do meu blog... apresentar aos meus leitores algumas pessoas menos conhecidas para a população, mas que são verdadeiros Tesouros da nossa Igreja.
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Gabriel Garcia Moreno nasceu e cresceu no Equador... um país que, na altura, encontrava-se numa situação muito similar à nossa, mergulhado numa profunda crise económica e transformado paulatinamente e demagogicamente à imagem e semelhança da cartilha de um tal Partido Liberal.
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Fruto de uma educação católica ortodoxa, Moreno formou-se em Teologia e Direito. Chegou a pensar numa vocação sacerdotal, mas os interesses mundanos levaram-no a dedicar-se à Política. E, na verdade, foi eleito Presidente da República em 1861.
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É verdade que algumas das políticas de Garcia Moreno violam o princípio da laicidade, pelo que não me revejo nelas. Mas também é verdade que, não embarcando no laicismo anticlerical, Moreno foi o único Chefe de Estado a cumprir o seu papel, condenando a apropriação dos Estados Pontificais pelos italianos (uma agressão injustificada ao Papa, outro Chefe de Estado). Também é verdade que Moreno foi mais laico que muitos laicistas, não desejando alterar a mentalidade do povo que o legitimava, mas respeitando-a e fomentando-a. E também é verdade que Moreno exerceu o seu mister antes de a Igreja ter articulado a sua Doutrina Social (na qual se inclui o princípio da laicidade)... tendo, ainda assim conseguido antecipar muitos dos princípios desta Doutrina Social.
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Garcia Moreno não tinha medo nem vergonha da sua religião católica, nem de a professar em público, nem de usar as suas convicções católicas para orientar as suas políticas... tal como o povo o tinha eleito para fazer. Assinou uma concordata com o Beato Papa Pio IX. Devolveu à Igreja as terras que lhe haviam sido confiscadas. Permitiu a entrada no Equador de religiosos estrangeiros (até então banidos do país). Consagrou o Equador ao Sagrado Coração de Jesus. Aboliu a escravatura. Proibiu as casas de prostituição. Implementou políticas de moralização e reinserção social que reduziram eficazmente a criminalidade. Promoveu a igualdade de todos os cidadãos, independentemente da sua classe e grupo étnico. Condenou a conquista dos Estados Pontifícios pelo Rei Vitor Emanuel. Usou a matriz cultural e religiosa do seu povo como suporte da estabilidade nacional, em vez de considerar essa matriz como inimiga ou acessória do seu projecto político.
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Mas Garcia Moreno não foi um político que usou o seu cargo unicamente para proselitismos, esquecendo o bem-estar material da Nação. Nem foi um político fundamentalista, que pretendia ver o seu povo na ignorância para se eternizar no Poder.
Não... esses eram epítetos dos progressistas, dos seus adversários políticos. Garcia Moreno, muito pelo contrário, foi um grande impulsionador da Educação e das Ciências. Abriu 300 escolas primárias, tendo alargado a escolaridade a mais 24.000 estudantes. Criou 2 colégios politécnicos e agrícolas. Reformou as universidades, tornando-as pioneiras na investigação científica. Abriu um observatório astronómico e uma conservatória de música.
Também abriu hospitais em todas as cidades, reformou o exército, construiu caminhos-de-ferro e auto-estradas, estendeu o telégrafo... enfim, modernizou a sua Nação, no verdadeiro sentido da palavra.
É que, para o Presidente Moreno, não havia qualquer conflito entre a "Ética da Responsabilidade" e a "Ética da Convicção".
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Mas... e a economia? Não estava o Equador quase falido quando o Presidente tomou posse? Estas reformas todas... não agravaram ainda mais a crise? Não. Na verdade, durante as presidências de Garcia Moreno, a dívida externa do Equador foi liquidada. Onde foi ele buscar o dinheiro? Diminuindo os ordenados? Não, estes aumentaram. Aumentando os impostos? Não, estes diminuíram. Outrossim, retirou o Equador da penúria ao acabar com a corrupção e ao eliminar cargos e gastos inúteis por parte dos Estado...
... porque não há melhorias económicas numa sociedade sem ética, digam o que disserem.
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Muitos foram os feitos deste homem... e o Povo, reconhecido, reelegeu-o por duas vezes. Infelizmente, todas estas reformas valeram-lhe muitos inimigos. Na Festa da Transfiguração, enquanto saía da Catedral, o Presidente Moreno foi assassinado, provavelmente a mando da Maçonaria. Enquanto tombava, Garcia Moreno contemplou os seus algozes e clamou: "Eu morro , mas Deus não morre (¡Dios no se muere!)"... Enquanto recebia a Extrema-Unção aos pés da Catedral, o padre pediu-lhe que perdoasse ao seu assassino. Moreno já não conseguia falar, mas acenou com os olhos, dizendo que já o fizera. Já após a sua morte, encontraram no seu bolso o livro "A Imitação de Cristo".
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Finalizo com uma citação de Moreno, a resposta pronta que ele dava aos que o acusavam de se valer hipocritamente do seu catolicismo para seu ganho político:
"Hipocrisia consiste em agir de forma diferente ao que se acredita. Logo, os verdadeiros hipócritas são os homens que têm Fé, mas que, por respeito, não se atrevem a pô-la em prática."
Mais informação sobre o Presidente Garcia Moreno podem encontrar-se aqui, aqui, aqui e aqui.
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