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Ano da Fé

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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

NO ANIVERSÁRIO DO INFAME REFERENDO

... para que cada mulher "pudesse escolher o que quer fazer com o seu corpo"...

... surgem mais e mais casos em que tal "escolha" apenas se faz para quem quer matar as suas crianças, não para quem as quer ter.
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E, a propósito desta notícia vergonhosa, vale a pena ler na íntegra este complemento, que dá uma visão mais global sobre o assunto.
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Claro está que a sociedade moderna se considera mais inteligente do que os ensinamentos de Deus, veiculados no Magistério da Igreja. Mas devo relembrar uma das profecias que o Venerável Papa Paulo VI firmou na sua desprezada encíclica Humanae Vitae, sobre as consequências da contracepção artificial:

"Pense-se ainda seriamente na arma perigosa que se viria a pôr nas mãos de autoridades públicas, pouco preocupadas com exigências morais. Quem poderia reprovar a um governo o fato de ele aplicar à solução dos problemas da coletividade aquilo que viesse a ser reconhecido como lícito aos cônjuges para a solução de um problema familiar? Quem impediria os governantes de favorecerem e até mesmo de imporem às suas populações, se o julgassem necessário, o método de contracepção que eles reputassem mais eficaz? Deste modo, os homens, querendo evitar dificuldades individuais, familiares, ou sociais, que se verificam na observância da lei divina, acabariam por deixar à mercê da intervenção das autoridades públicas o setor mais pessoal e mais reservado da intimidade conjugal.

Portanto, se não se quer expor ao arbítrio dos homens a missão de gerar a vida, devem-se reconhecer necessariamente limites intransponíveis no domínio do homem sobre o próprio corpo e as suas funções; limites que a nenhum homem, seja ele simples cidadão privado, ou investido de autoridade, é lícito ultrapassar. E esses mesmos limites não podem ser determinados senão pelo respeito devido à integridade do organismo humano e das suas funções naturais, segundo os princípios acima recordados e segundo a reta inteligência do "princípio de totalidade", ilustrado pelo nosso predecessor Pio XII."
 
Ainda duvidam da verdade?
Como é possível?
Sim, hoje são apenas pobres que são submetidos a estes métodos (e já é muito!). Mas, quem sabe o futuro? A libertinagem que a contracepção nos fornece será, realmente, mais importante que a verdadeira Liberdade que o Estado não tem pejo em roubar?

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

DO VALOR RELATIVO DAS CRIANÇAS E ANIMAIS

Escrito no mural de facebook do meu amigo João Silveira:
 
Era uma vez um cãozinho, de seu nome “Zico”. O “Zico” gostava de rebolar pelos campos, cantando música ligeira e à noite ficava deitado de barriga para cima a admirar as estrelas. Mas o Zico era arraçado de Pitbull, uma raça naturalmente disposta para o combate, conhecida pela agilidade e por morder e não largar. O “Zico” atacou uma criança de 18 meses, de seu nome Dinis, que viria a morrer no hos...pital. A lei portuguesa estabelece que num caso destes o cão que atacou deve ser abatido, porque não se sabe quando vai voltar a atacar alguém.
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Em reacção ao cumprimento da lei, surgiu uma peticão (sem cedilha) que pede a suspensão da lei, para que o “Zico” possa viver. Estas 60 mil pessoas dizem que o “Zico” não tem culpa, a culpa é do dono (e muitos defendem que se mate este). Ora que o “Zico” não tem culpa já nós sabemos, porque um animal não distingue o bem do mal, o certo do errado, o verdadeiro do falso, por isso nunca pode ter culpa. Não existem cães bons e cães maus, existem cães com mais ou menos propensão natural para atacar, ou que foram mais ou menos treinados para não atacar.
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Quando no circo vemos um leão que deixa o tratador meter a cabeça na sua boca não dizemos “Ai que boa pessoa aquele leão, é mesmo simpático, deixar o senhor meter a cabeça na boa dele.” O leão foi treinado para que tal acontecesse, não é uma decisão tomada em consciência “Ora deixa-me cá ajudar aqui o meu chefe a fazer uns trocos, e assim dá-me bifes do lombo.” O instinto do leão não é deixar pessoas meterem a cabeça na boca dele, é meter a boca na cabeça das pessoas. E não pode ser julgado por isso, mas pode ser abatido se existir o risco real de matar alguém no meio da rua.
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Existe uma confusão generalizada entre a dignidade duma pessoa e a dignidade dum animal. Infelizmente é preciso reafirmar o básico: a vida duma pessoa não se compara e vale sempre sempre mais do que a dum animal, mesmo que seja a Lassie.
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Para compensar, temos aqui uma petição para acabar com a matança de bebés abortados (55 por dia em Portugal), e que existe há vários meses. Neste momento contamos com 2929 signatários, ou seja 4,9% do que a petiCÃO do “Zico” conseguiu em 3 dias. Vale a pena pensar nisto…
 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

PRÉMIOS NOBEL (II) - "ÉTICA", DIZEM ELES. MAS SERÁ?

A questão das células-tronco (aquilo que os media chamam "células estaminais", numa tradução literal e atabalhoada do termo anglo-saxónico "stem cells") sempre levantou grandes questões. Por um lado, tais células indiferenciadas podem, teoricamente, diferenciar-se em qualquer tecido do corpo, regenerando-o e originando curas quase milagrosas. Por outro lado, para obter tais células, é necessário recorrer à destruição de seres humanos em fase embrionária. Isto, claro, levanta questões de ordem ética. Mesmo que as curas milagrosas estejam ao nosso alcance, não podemos aceder-lhes se, para tal, tivermos de recorrer a procedimentos não-éticos.

Costumo socorrer-me do seguinte exemplo: é muito fácil erradicar o VIH/SIDA da face da Terra. Basta matar todos os seropositivos, convencionando-os como não-humanos. Mas isso é claramente errado. De igual modo, não é ético salvar um indivíduo necessitado de um transplante, matando um outro indivíduo que, embora compatível, se encontre inscrito no Registo de Não-Dadores.

Mas as questões não são puramente éticas. Apesar do entusiasmo (imerecido) que as hESCs ("human embryonic stem cells", i.e. células-tronco embrionárias humanas) têm suscitado nos media e na comunidade científica, a verdade é que têm sido verdadeiros "abortos". Promessas na cura da diabetes, esclerose múltipla, Alzheimer... tudo falhou. Além de terem um efeito secundário grave: células indiferenciadas malignizam facilmente, induzindo tumores e cancros. Há sempre ensaios a decorrer, estão há anos a dizer "agora é que é, agora é que é!", mas... nada...

Pelo contrário, as células-tronco adultas, derivadas de medula óssea ou de sangue do cordão umbilical são perfeitamente éticas, porque são recolhidas da própria pessoa que beneficia do tratamento, sem a destruir.

Ao contrário das hESCs, as ASCs ("adult stem cells" i.e. células-tronco adultas), têm produzido benefícios tangíveis. Veja-se aqui, aqui, aqui e aqui, só para se ter alguns exemplos. Além de serem mais seguras, já que não malignizam.

É verdade que as ASCs são mais diferenciadas que as hESCs, pelo que, teoricamente, não se conseguirão diferenciar em todos os tecidos do corpo (ao contrário das hESCs). Isto faz com que os cientistas continuem a rejeitar as ASCs e a preferir as hESCs, apesar de as ASCs serem éticas e serem as únicas com resultados até agora.

Após esta introdução, é possível dizer que há um terceiro tipo de células-tronco: as "induced pluripotent stem cells" - iPSCs.

As iPSCs são células adultas que foram forçadas a "regredir", ou seja, a tornarem-se mais embrionárias. Tornando-se menos diferenciadas, é possível obter todos os benefícios das células-tronco embrionárias, sem destruir embriões.


MAS ATENÇÃO!!!

É que, para produzir estas iPSCs foi necessário recorrer a um vírus, o qual foi replicado com o auxílio de células-tronco embrionárias. Veja-se o artigo da revista Cell, na secção "Experimental procedures", subsecção "Cell culture".

É verdade que nenhum embrião foi destruído explicitamente para produzir as iPSCs. As células-tronco embrionárias utilizadas já existiam em cultura há muitos anos, derivadas de um aborto electivo ocorrido na década de 1970 (ver pág.s 80-81 deste paper).

Mas o facto de o embrião não ter sido destruído explicitamente para produzir as iPSCs (o embrião já tinha sido destruído há muito tempo), não justifica o facto de as iPSCs usarem material biológico de um embrião abortado. É possível que se aplique o mesmo princípio ético que eu mencionei acima... não é lícito obter transplantes a partir da destruição de terceiros. Um médico não poderia transplantar um órgão de um indivíduo especificamente morto para o efeito, mesmo que a morte desse indivíduo já tivesse ocorrido.

Ou, como a doutrina bio-ética da Igreja define na instrução Dignitas Personae:

"Uma situação diferente verifica-se, quando os investigadores empregam «material biológico» de origem ilícita, que foi produzido fora do seu centro de investigação ou que se encontra no comércio. A Instrução Donum vitae formulou o princípio geral, a observar nestes casos: «os cadáveres de embriões ou fetos humanos, voluntariamente abortados ou não, devem ser respeitados como os restos mortais dos outros seres humanos. De modo particular, não podem ser objecto de mutilação ou autópsia se a sua morte não for assegurada e sem o consentimento dos pais ou da mãe. Além disso, deve-se sempre salvaguardar a exigência moral de que não tenha havido nenhuma cumplicidade com o aborto voluntário e que seja evitado o perigo de escândalo».

A tal propósito, não basta o critério da independência formulado por algumas comissões éticas, ou seja, afirmar que seria eticamente lícita a utilização de «material biológico» de proveniência ilícita, sempre que exista uma clara separação entre os que produzem, congelam e fazem morrer os embriões e os que investigam a evolução da experimentação científica. O critério de independência não basta para evitar uma contradição na atitude de quem afirma não aprovar a injustiça cometida por outros e, ao mesmo tempo, aceita para o seu trabalho «material biológico» que outros obtêm mediante semelhante injustiça. Quando o ilícito tem o aval das leis que regulamentam o sistema sanitário e científico, há que marcar distância dos aspectos iníquos do sistema, para não dar a impressão de uma certa tolerância ou aceitação tácita de acções gravemente injustas. Isso, de facto, contribuiria para aumentar a indiferença, se não mesmo o favor, com que tais acções são vistas em certos ambientes médicos e políticos.

Às vezes, objecta-se que as considerações precedentes parecem pressupor que os investigadores de recta consciência teriam o dever de se opor activamente a todas as acções ilícitas realizadas no âmbito da medicina, alargando assim excessivamente a sua responsabilidade ética. O dever de evitar a cooperação com o mal e o escândalo, diz respeito, na realidade, à sua actividade profissional ordinária, que devem equacionar rectamente e mediante a qual devem testemunhar o valor da vida, opondo-se também às leis gravemente injustas. Portanto, o dever de recusar o referido «material biológico» – mesmo na ausência de uma certa relação próxima dos investigadores com as acções dos técnicos da procriação artificial ou com a dos que praticaram o aborto, e na ausência de um prévio acordo com os centros de procriação artificial – resulta do dever de, no exercício da própria actividade de investigação, se distanciar de um quadro legislativo gravemente injusto e de afirmar com clareza o valor da vida humana. Por isso, o critério da independência acima referido é necessário, mas pode ser eticamente insuficiente."
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(Mais um artigo interessante sobre o assunto encontra-se aqui)
 
Isto é tanto mais grave, quando certos investigadores nesta área (e que colocam as preocupações bio-éticas na dianteira do seu trabalho) afirmam que as iPSCs poderiam ser obtidas sem recurso às hESCs, mas às próprias ASCs. Embora desconheça se isso é verdade, não vejo porque motivo terão de ser utilizadas hESCs para cultivar o vírus que produz as iPSCs.
 
O debate ético em torno desta questão ainda não está, obviamente, encerrado. Mas parece estar inclinado contra as iPSCs. Pelo menos enquanto não se encontrarem alternativas às células embrionárias para produzir iPSCs (o que, penso, não demorará muito a surgir). Portanto, para já, um católico com as devidas preocupações bio-éticas deve manter uma distância prudente das iPSCs, até que a Igreja Católica se possa pronunciar, após um debate sereno e sem viéses.

PRÉMIOS NOBEL (I) - A PAZ PODRE

"Therefore thus saith the Lord God: Because you have spoken vain things, and have seen lies: therefore behold I come against you, saith the Lord God. And my hand shall be upon the prophets that see vain things, and that divine lies (...) Because they have deceived my people, saying: Peace, and there is no peace"
Ez 13:8-10

 Em 1994, o Prémio Nobel da Paz foi atribuído a um homem chamado Yasser Arafat. Este aparentava, na altura, estar comprometido com a paz, mas acabou por se revelar um grande opositor desta, fomentando o conflito israelo-palestino.

Mas tudo bem. Afinal de contas, o comité do Nobel é constituído por homens falíveis. Um erro isolado não pode ser motivo de condenação da nossa parte.

O cartaz mais soviético que alguma vez
um Presidente dos EUA teve

Mas, em 2009, o vencedor do galardão foi o Presidente dos E.U.A., Barack Obama.
Apesar de este nunca, nunca, NUNCA ter feito nada pela Paz.
Limitou-se a, simplesmente, não ser George W. Bush (que era a encarnação do Demónio segundo os media).
Desde então, Barack Obama iniciou e venceu uma guerra no mundo islâmico, derrubando um ditador para assegurar a paz mundial... hum, quero dizer antes, a paz económico-petrolífera americana (o que é muuuuuito diferente do que Bush júnior fez).
Não cumpriu a sua promessa de encerrar a prisão de Guantanamo Bay.
E pior, foi o grande motor da famigerada e cobarde guerra às crianças não-nascidas, instigando a Cultura da Morte dentro e fora das fronteiras.

Grande pacifista, pffffff. Mas claro que ninguém diz nada, porque ele é o queridinho dos media e toda a gente recebeu a lavagem cerebral para o adorar, tal como receberam a lavagem cerebral para abominar Bush (que eu, por sinal, também jamais apoiei, mas por motivos devidamente fundamentados).
 

A União Europeia, uma instituição que tem atentado contra os princípios mais elementares da Doutrina Social da Igreja, contra a Liberdade e a Solidariedade, sendo um obstáculo à verdadeira paz dos seus estados-membros.

Daqui resta apenas admitir que este Prémio Nobel cedeu a nobreza do seu carácter ao mais rasteiro lobbying político. Consequentemente está completamente desautorizado. Quando os ideólogos promotores desta iniciativa desaparecerem (e desaparecerão inexoravelmente, porque as ideologias são meras modas, que prometem ser o Futuro, mas que rapidamente se tornam num Passado sem rastro), o Prémio Nobel tornar-se-á uma anedota nos anais da História. Pobre Alfred Nobel, que tinha intenções tão boas...
 
 
Strike three... and you're out!

quinta-feira, 7 de junho de 2012

ESTE É O MEU CORPO!

"Este é o meu corpo!"

Esta é uma frase que mudou o Mundo! Uma frase que instituiu um caminho para a salvação da Humanidade! Uma frase que é celebrada hoje, solenemente, pela Igreja.

É a frase que Jesus Cristo pronunciou na véspera da sua morte de Cruz, para que fosse instituído um memorial perpétuo do Seu sacrifício, um sinal visível do Seu Amor a estender-se até ao fim dos tempos, para que eu e vós pudéssemos ainda hoje, 2.000 anos depois, experimentar a maravilha deste acontecimento!
Este é o Meu Corpo

 "Este é o meu corpo!"

Que irónico que esta frase divina seja hoje usada num sentido diabólico! Mas é de admirar? O Diabo não pode criar, isso só a Deus pertence! O Diabo pode apenas deturpar, falsificar, conspurcar a essência daquilo que é benigno!

É por isso que a maternidade é vista hoje como uma opressão, um obstáculo à auto-realização pessoal, uma imposição cultural de uma hierarquia machista...
... Quando, na realidade, a maternidade é a prenda mais bela que Deus concedeu: a possibilidade de se ser co-autora com a Divindade no processo da criação da Humanidade e da criação da História! A possibilidade de partilhar o Amor que Deus tem por nós!

É também por isso que o Diabo pegou nesta frase "Este é o meu corpo". Pegou na frase que Deus usou para nos aproximar d'Ele... e usou essa mesma frase para nos afastar d'Ele.
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Os progressistas ufanam-se de falar em nome de Jesus para criticar a Igreja. Gostam de se autoproclamar eles os verdadeiros intérpretes da Palavra. Só eles sabem as reais intenções de Jesus, não os sacerdotes que Ele escolheu para guiar o Seu Povo.
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Mas lá porque usam as mesmas frases, não significa que se esteja em comunhão.
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Sem dúvida que existe uma grande diferença entre usar a frase "Este é o meu corpo!" para tirar a vida...
... e usar a frase "Este é o meu corpo!" para DAR A VIDA!

Porque foi isso que Jesus fez: Deu a vida! Para que os outros tivessem vida!


Sem dúvida que existe uma grande diferença entre usar a frase "Este é o meu corpo!" para fazer a sua própria vontade...
... e usar a frase "Este é o meu corpo!" para FAZER A VONTADE DE DEUS!

Porque foi isso que Jesus fez: fez a Vontade do Pai, sacrificando tudo a Ele!

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Sem dúvida que existe uma grande diferença entre usar a frase "Este é o meu corpo!" para justificar uma existência egocêntrica e hedonista...
... e usar a frase "Este é o meu corpo!" para PODER AMAR!
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Porque foi isso que Jesus fez: amou até ser totalmente consumido! Porque o verdadeiro Amor apenas se manifesta na Cruz!

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Nesta solenidade relembremos o verdadeiro significado da frase "Este é o meu corpo!"... e procuremos reencontrar a dignidade do nosso próprio corpo aí.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

FÁTIMA ATRAIÇOADA!


Muitos católicos congratularam-se (e com boa fé, sem dúvida) com os 300.000 peregrinos que visitaram Fátima no passado 13 de Maio (tantos como na última manifestação da CGTP, que teve muito mais atenção mediática).

É-me indiferente!

Tal como me foi indiferente a notícia da recente quebra no número de católicos portugueses. E tal como me é indiferente o argumento de que a Igreja tem que se acomodar aos tempos modernos porque a "maioria dos católicos" assim o quer.

Na verdade, esta notícia entristece-me, porque demonstra uma pesada derrota da Nova Evangelização e ainda uma mais pesada derrota da Caridade que é natural ao género humano. Se se verificar a veracidade do que é relatado neste post, é muito grave.

 «Na sua solicitude pelo bem de todos [um activista pró-vida] passou o dia doze (12), do corrente, em Fátima mendigando assinaturas para uma petição a favor de um novo referendo sobre o aborto que tem como propósito abrogar a “lei” injusta e iníqua em vigor. Chegou a casa, em Lisboa, às três horas da madrugada do dia treze (13). Nesse dia, mais tarde, confidenciou-me amargurado: “Nunca imaginei que houvesse tanta gente em Portugal a favor do aborto enquanto outros numa indiferença confrangedora nem me respondiam ao apelo contra o aborto e mostravam uma indiferença total…! E isto em Fátima!”.»

Grave! Muito, muito grave! Será que estes peregrinos sabem quem é Aquela a quem se dirigiram em peregrinação?

Eu vou dizer: é Maria!

Maria que escolheu A VIDA, sem hesitar! Porque era a Vontade de Deus!

Maria que assumiu sobre si todos os estigmas sociais daquela gravidez inesperada e não planeada, que pôs em risco todo o seu futuro, a sua reputação, o amor do seu esposo, mesmo sem compreender porquê, mesmo sem saber o que a esperava (para além de uma espada de dor que lhe fôra profetizada)!

Maria que fugiu horrorizada do Rei Herodes, para quem os inocentes chacinados eram apenas números desumanizados para ganhar um xadrez político!

Maria que apareceu em Fátima para apelar à conversão! Que disse que o pecado que mais pessoas arrastava para o Inferno era a luxúria sexual!

Maria que é o modelo de todos os cristãos! Maria que é a mais reverenciada de todos os santos! Maria que é o expoente da Humanidade!

Porquê?

Que fez ela de tão extraordinário?

Eu digo:

Foi MÃE!

E estas pessoas vão todas pimponas a peregrinar a Fátima, pedir-lhe favores, pedir intercessão, pedir milagres... e depois são indiferentes aos rogos dos cristãos que querem salvar crianças? Ou até são-lhes adversos?

Só me vem à cabeça o sacerdote e o fariseu da parábola de Jesus, que estavam tão preocupados em chegar ao Templo com os rituais de purificação em ordem, que até abandonaram o homem saqueado à beira da estrada! Não foram esses que agradaram a Deus!

E, já que estamos a falar das palavras de Jesus, então convém recordar: "Aquilo que fizestes aos mais pequeninos, foi a Mim que o fizestes".

Com que lata pedem a crucifixão de Jesus vezes e vezes sem conta nos abortuários de Portugal e depois vêm pedir à Sua Mãe para interceder por eles, sem uma réstia de arrependimento?

Como podem venerar Maria com os corpos e com a boca... e depois venerar Moloch nos seus corações? Ninguém pode venerar Maria e Moloch ao mesmo tempo! São princípios totalmente opostos e antagónicos!!!

As bolhas nos pés não significam NADA! Os joelhos esfolados não significam NADA! Os gestos farisaicos de religiosidade exterior não significam NADA!

Jesus Cristo disse: "Eu não quero sacrifícios, mas a misericórdia". E Maria segue sempre o Filho.

Tende MISERICÓRDIA dos MILHARES de CRIANÇAS ASSASSINADAS em Portugal.

Assim é que honram Fátima como ela merece!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

segunda-feira, 5 de março de 2012

O MUNDO QUE DESEJAMOS


Com certeza que os meus leitores já terão lido a notícia, dos bio-"eticistas" que pretendem estender a lógica do aborto aos recém-nascidos, validando o infanticídio como ético. O link está aí para quem o quiser comprovar, pois que não se trata de uma peça de propaganda pró-vida.

É claro que os pró-vida estão a avisar contra isto há imenso tempo, embora ninguém acredite em nós. Ao definir o início da vida humana a partir de um limiar sem qualquer correspondência biológica objectiva (as míticas 10 semanas), estamos na verdade a introduzir um subjectivismo na pergunta fundamental "Quando começa a vida humana"? 

Muitos cristãos, ditos progressistas, defendem o aborto legal. Muitos deles utilizam mesmo argumentos do próprio Cristianismo para defender posições pró-escolha. Mas são argumentos que se baseiam numa distorção da misericórdia cristã. Uma "misericórdia" dirigida à Mulher em detrimento da Criança (como a misericórdia tivesse de optar entre uma e a outra). Uma "misericórdia", mesmo, dirigida à Criança (que eles acham melhor morta do que abandonada).

Mas esta questão "Quando começa a vida humana?" é absolutamente fulcral, porque define quem nós somos, como nos vemos e a quem atribuímos os invioláveis Direitos Humanos. Se relativizamos a resposta a esta pergunta com base em meras conveniências (como é o caso do aborto), estamos a pôr em perigo aqueles que são mais inconvenientes... que serão sempre os mais fracos e frágeis da sociedade. Se relativizamos a resposta a esta pergunta com base na autonomia pessoal (como é o caso do aborto), estamos a pôr em perigo os mais dependentes... que serão sempre os mais fracos e frágeis da sociedade. A partir do momento em que definimos um grupo de seres humanos como juridicamente "não-pessoas", então as categorias de "não-pessoas" só tenderão a multiplicar-se, até que todos os fracos sejam devorados.

É o regresso da lei do mais forte.

O que daqui resulta é uma sociedade pagã... ou seja, a antítese da sociedade cristã.

Não é por acaso que o aborto e o infanticídio eram práticas comuns nas sociedades pagãs, afastadas da influência benigna de Deus.

Eu não vou por esse caminho. Não vou! Não posso! Não consinto!

Sei muito bem que há quem procure carreiras, estudos, bem-estar material, prazer sexual, auto-realização pessoal ou, simplesmente, fugir ao sofrimento. Tudo isso é bom. Tudo isso é legítimo. Mas não vale a vida de uma criança! Não numa sociedade cristã!

Pouco me importa que venham indivíduos de fato e gravata da Associação de Planeamento Familiar esgrimir números e estatísticas de abortos em inúmeros países. Esses números não me convencerão a desistir das crianças!
Tal como podem vir indivíduos de fato e gravata da Troika e de Bruxelas a esgrimir números e estatísticas de déficits. Não sacrificarei os trabalhadores, os pobres, os excluídos a esses números!
E podem vir indivíduos de fato e gravata de bancos muito ricos, disfarçados de ministros da Saúde e administradores hospitalares, a esgrimir mais números e estatísticas sobre distribuição de recursos. Não sacrificarei os doentes e o idosos a esses números!

Não desistirei deles! Não é que possa fazer muito, mas ao menos não desistirei deles!

Porquê? Porque não importa o que os bio-"eticistas" digam! Os embriões são seres humanos! Na verdade, são mais humanos do que os bio-"eticistas"! Os embriões são mais humanos do que você, caro leitor! São mais humanos do que eu! Haverá algo mais humano do que os embriões? Atrevo-me a dizer que não!

Porquê? Pelo mesmo motivo de que um pobre é mais humano que um rico! Ou que um doente é mais humano que um saudável! Ou que um excluído é mais humano que um popular!

Aquilo que nos define como humanos é precisamente a nossa fraqueza, a nossa dependência, a nossa nudez. Somos apenas um grão de pó na vastidão do Universo. Somos totalmente dependentes da Providência de Deus. E, apesar deste Nada que nós somos, somos tanto! Somos imagem e semelhança de Deus! Somos um tesouro infinito, dentro deste Nada que somos!

Não é isto que define a Humanidade, esse paradoxo? Então, quem se atreve a dizer que há ser mais humano que um embrião? Haverá maior catequese do que é ser humano do que uma criança não-nascida?

Querem que escolha entre ela e a mãe? Não podem obrigar-me a isso! É injusto! Não permitirei que o aborto se torne um direito social, um mero tratamento médico, uma mera escolha pessoal! Ao fazê-lo, já estaria a desistir daquela criança! Não posso! Como poderia, se ela é mais humana que eu?


Esta é a minha misericórdia! A "minha" misericórdia! Uma misericórdia louca, longe da lógica do Mundo, que se consome de dor com estas injustiças, com estas crueldades, que não quer escolher mas acolher, que não quer categorizar mas incluir, que não quer destruir mas ajudar! Atrever-me-ei a chamar-lhe misericórdia cristã? Sim! Não pode ser outra coisa! Porque Cristo está nestes humanos, precisamente nestes humanos mais humanos que os desumanos que lhes chamam não-humanos! Foi isso que Ele nos ensinou!

A escolha que temos que fazer não é se uma criança deve viver ou morrer. A escolha que temos que fazer não é se um embrião é uma pessoa ou não. A escolha que temos que fazer é: Qual o Mundo que desejamos? Não vale a pena enfiar a cabeça na areia! O link do artigo lá em cima mostra-nos o que nos espera se continuarmos no mesmo caminho até agora trilhado! É horrível, por vezes, confrontarmo-nos com as consequências lógicas das nossas convicções, mas é preciso ser feito! A vida humana deve estar protegida pela Lei, desde o seu início biológico, como parece ser auto-evidente para qualquer ser humano num estádio de desenvolvimento extra-uterino! Tudo o que fizermos para solucionar / prevenir o aborto deve ser construído a partir daí, nunca sem isso...

sábado, 11 de fevereiro de 2012

NESTE ANIVERSÁRIO INFAME...

... as principais conclusões do estudo da Federação Portuguesa pela Vida sobre o abortamento provocado em Portugal desde 2007:
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1). Desde 2007 realizaram-se em Portugal mais de 80 mil abortos legais “por opção da mulher”;
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2). A reincidência do aborto tem vindo a aumentar consideravelmente. Em 2010, houve 4600 repetições de aborto, das quais mil representaram duas ou mais repetições;
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3). As complicações do aborto legal para a mulher têm vindo a aumentar todos os anos, registando-se mesmo uma morte em 2010;
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4). A intensidade do aborto é maior nas mulheres mais instruídas, com idades compreendidas entre os 20 e os 35 anos;
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5). Desde o primeiro ano da implementação da lei houve um aumento de 30% no número de abortos por ano (15 mil no primeiro ano e 19 mil nos últimos anos);
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6). Desde os anos 80, Portugal acumula um défice de 1.200.000 nascimentos, necessários para assegurar a renovação das gerações e a sustentabilidade do País. Desde 2010 que esse gap não é compensado pela emigração.
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7). Os dados do aborto fornecidos pela Direcção Geral de Saúde têm vindo a perder transparência e rigor: não há relatórios semestrais desde 2009 e a informação contida nos relatórios é menor desde 2007.
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Tirado daqui
Crédito: Papinto (do blog "O Povo") por divulgar estes dados

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

PORQUE DEIXEI DE SER DE DIREITA...

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Não consigo conciliar o meu Cristianismo com esta mundividência "acaso serei eu guarda do meu irmão?"



Versão portuguesa:


Resta saber quantas pessoas com 70 anos e insuficiência renal terminal têm capacidade para pagar 2.000 € mensais (o custo da hemodiálise) e ainda o seu sustento e outras medicações que necessitam para a sua saúde.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ÍDOLOS DE OIRO COM PÉS DE BARRO

"A adoração do bezerro de oiro"
Nicolas Poussin
1633-4

A Humanidade tem uma propensão inata para a idolatria, sendo que a História da Salvação consiste precisamente na tentativa repetida por parte de Deus de nos curar dessa doença. Estes bezerros de ouro têm tendência a possuir duas características:
1) São obras da mão do Homem
2) São gigantescos

No fundo, o Ser Humano vê-se aprisionado numa armadilha ridícula que consiste em construir algo com as suas próprias mãos e, depois, vendo a magnitude daquilo que construiu, confundi-lo com um deus. A admiração que sente por aquele colosso é demasiada para resistir a prostrar-se em adoração. Em suma, o Homem vê-se escravizado pela própria grandeza que construiu.

Tais ídolos tornam-se então um pretexto para as piores atrocidades. Uma vez que o ídolo foi exaltado ao nível de potência suprema, tudo o resto é relativizado diante dele. Incluindo o próprio Homem. E quando o Homem é sacrificado no altar desses ídolos, morre também a Caridade, que é a essência de Deus.

Mas, se há coisa que a Bíblia nos ensina, é que Deus triunfa sempre sobre dos ídolos. Um belo dia, Deus resolve assoprar e os ídolos desfazem-se como castelos de cartas. A única incerteza reside em saber como cada indivíduo reage perante a tentação da idolatria.

Olhando para a nossa História posso citar dois exemplos: o Império Romano e a U.R.S.S.
Dois impérios construídos à mão do Homem, tão gigantescos que pareciam invencíveis. Inexpugnáveis. Inimputáveis às atrocidades cometidas nos seus seios. Insolentes, ousaram tentar conquistar os altares a Deus e exterminá-l'O.

Onde estão agora?

Um está enterrado sob os alicerces do Vaticano. Bastou ruir um muro e o outro desfez-se em menos de um par de anos.

E, no entanto, como não se sentiria um cristão a viver nos tempos de Nero? Um católico na Polónia comunista? Como um David a lutar contra um Golias, não? Não seria desesperante? Aqueles monstros dominavam tudo e pareciam desafiar os séculos! Quem os podia vencer? Quem poderia prever que eram tão frágeis?


Vem isto a propósito de mais um império que é idolatrado nos dias de hoje: a China.
Ora, a China conseguiu congregar o pior que há no Comunismo e no Capitalismo.
E, com isso, parece estar a emergir lentamente como uma fera das trevas, para dominar tudo! Quem pode negar que a China detém actualmente a hegemonia do Mundo Económico (que parece ser o único que importa ao Homem do séc. XXI?)
A Esquerda idolatra a China como um local onde o Comunismo deu certo! E pela "valente" Política do Filho Único, na qual o Estado se arvora como decisor da fertilidade individual, "salvando" esse país dos perigos da sobrepopulação!
A Direita idolatra a China, como um modelo de competitividade que os trabalhadores ocidentais devem empregar se quiserem sobreviver no mercado global, ainda que tal "competitividade" equivalha a semi-escravatura.
A China... o maior dos países emergentes. Boquiabertos com a dimensão do ídolo, os opinion-makers são unânimes: a China irá dominar o séc. XXI, enquanto Europa e América definham.

Eu nunca acreditei nisso!
Porque é um ídolo de oiro com pés de barro!
Quais são os pés de barro? Simples! Algo que se tem vindo a repetir sempre e que o Homem teima em não aprender:
Não se consegue construir prosperidade sobre miséria humana!

Bem, eu sempre pensei que a decadência da China começaria quando a famigerada Política do Filho Único desse lugar à inevitável crise demográfica e consequente desmoronamento do tecido produtivo do país.

Afinal de contas, a decadência da China é capaz de começar bem mais cedo... e apenas as mentiras da propaganda comunista o estão a encobrir!




Portanto, caro leitor, não se admire com o tamanho do monstro! Nem admita que queiram transformar a sua sociedade à imagem desses modelos ateus! Não se deixe escravizar, quer interior quer exteriormente! Este também tem pés de barro! E há-de cair! E o homem sensato estará agarrado a Deus, quando isso acontecer! E o insensato que se sentou à sombra do ídolo será esmagado...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

SOMOS 7 MIL MILHÕES!!!

E isso é motivo de grande alegria e festa!

"Cristo alimentando a multidão"
Ícone Copta
É claro que muitos dos "sábios" deste tempo andam a invocar o mito da sobrepopulação para transformar esta ocasião feliz num apocalipse, tentando incutir o pânico nas pessoas menos esclarecidas. É incrível (ou talvez não) como os "sábios" conseguem ser sempre tão misantropos, quando não misturam a sua "sabedoria" como uma boa dose de caridade cristã. Ora permitam-me que eu esclareça: 


Meus amigos... o mito da sobrepopulação tem como fonte única e primordial uma certa corrente científica denominada malthusianismo, a qual tem vindo a ser provada constantemente como errada pela evidência da própria realidade.




Só que o malthusianismo não é a única corrente científica acerca deste assunto. Existe uma outra, denominada cornucopianismo. Uma explicação muito sucinta pode ser encontrada no vídeo abaixo.

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Bem, acabou a festa! Temos 7 mil milhões de pessoas para alimentar! E, para nos ajudar nessa tarefa hercúlea temos... 7 mil milhões de pessoas para nos ajudar! Então, que tal usar esse enorme potencial para resolver o verdadeiro problema da fome mundial?




Para quem quiser saber mais, recomendo este livro (tem de ser encomendado no Amazon)

domingo, 30 de outubro de 2011

PARA QUE SERVE UM MINISTÉRIO DA SAÚDE?

Afinal, para que serve um Ministério da Saúde?

Paulo Macedo respondeu que essa foi uma decisão política com os custos inerentes à sua tomada e na qual não tenciona mexer.


Medicamentos comparticipados?
O que é que o Ministério da Saúde tem a ver com isso? São um luxo! Toca a cortar!

Tratamentos de quimioterapia para doentes com cancro?
São muito caros! E, tendo em conta a produtividade destes doentes, não são nada custo-efectivos! É dever do Ministério da Saúde e das Administrações Hospitalares colocarem o máximo de entraves possível à sua prescrição!

Pagar aos médicos as suas horas extraordinárias para assegurar as Urgências? Contratar médicos em serviços hospitalares com graves défices de pessoal?
Mas o que é que a Saúde tem a ver com os médicos?

Matar crianças a pedido?
Ah sim, são uma função intocável do Ministério da Saúde! São 100.000.000 € nos quais ninguém pode cortar! Absolutamente! Saúde é isto! É para isto que serve um Ministério da Saúde!

Mais uma vez se comprova o célebre aforismo do clarividentíssimo Chesterton e que eu citei há tempos:
"O Mundo Moderno parece dividir-se entre Progressistas e Conservadores. A função dos Progressistas é cometer erros. A função dos Conservadores é impedir os erros de serem corrigidos."



Relembro que a pergunta do famigerado referendo de 2007 era "Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado"?
Onde é que está referendada toda a caterva de benefícios e subsídios que são atribuídos a esta prática? Sr. Ministro, só foi referendada a despenalização! Não as lincenças de maternidade, nem as isenções, nem o pagamento das despesas na totalidade!

Entretanto, Portugal vai ter nos próximos 4 anos a segunda taxa de fecundidade mais baixa de todo o Mundo... É assim que pretendemos sair da crise económica? Como é possível que haja produtividade sem produtores? Sem trabalhadores? Sem empresários? Sem consumidores? Sem contribuintes? Sem pessoas?
Senhor Ministro da Saúde: o Sr. não percebe nada de Saúde! Mas, o que é pior, também não percebe nada de Economia! Demita-se imediatamente!

sábado, 22 de outubro de 2011

COMO TORNAR UM DITADOR SANGUINÁRIO NUMA IMAGEM DE CRISTO?

Basta ver (com olhos de bom ver, de um ver metafísico para lá das aparências), as imagens horripilantes que por aí circulam e que eu me recuso sequer a linkar (pois que têm mais de voyeurismo do que informação).

Muito bem, senhores revolucionários! Muito bem, Ocidente! Muito bem, Sr. Obama Prémio-Nobel-por-não-ser-Bush (embora eu ainda não saiba muito bem qual a diferença)!

Que linda coroa colocastes sobre as vossas cabeças! A coroa dos crimes que, supostamente, condenais! Ainda Khadaffi não estava morto, já havia dezenas de khadaffinhos a bailar à sua volta e milhões de khadaffões a salivar nas TV's do Mundo inteiro!

Se exultais com isto, que autoridade tendes para o condenar a ele? Hipócritas! Matar um homem indefeso a clamar por misericórdia... não sois melhores do que ele!

Khadaffi deveria ter recebido um julgamento exemplar e com todos os rigores da Lei, tal como ele sempre negou aos seus irmãos que matou. Nas palavras de Thomas More, no filme "Um Homem para a Eternidade", é preciso dar o benefício da Lei ao próprio Diabo:
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Assim, não se fez justiça! E enquanto não se fizer justiça, "quem viver pela espada, morrerá pela espada" (Mt 26:52)! Ou seja, ainda vão haver muitas mortes pela espada na Líbia, por muitos anos que isso demore... isto não é forma de refundar um país!

Entretanto, eu continuo a aguardar as manifestações esquerdistas contra o imperialismo americano, sob a forma de guerras ilegais que visam apenas conseguir mais petróleo sob o pretexto de expandir a democracia. Mas, se me permitem, continuo a esperar sentado!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A BENDITA HIPOCRISIA E A MALDITA COERÊNCIA

Na nossa sociedade pós-moderna não existem pecados. Ou antes, existe apenas um pecado: a hipocrisia. E, ao que parece, é um pecado sem perdão nem redenção.

Isto acontece porque a nossa mentalidade baseia-se num dogma que dita assim: "É moral e legítimo fazer tudo, desde que seja consensual". Portanto, se um dado acto nos dá prazer e cumpre os requisitos, então por que não fazê-lo? E se não há motivos para não o fazer, então não pode ser imoral, certo? E se não é imoral, por que se não há de fazer?

Este dogma está errado, porque se baseia numa lógica equivocada. A lógica é esta:
 Axioma 1) Se dá prazer, deve ser procurado como um fim em si mesmo.

 Premissa 1) Se um acto prazenteiro é feito de forma consensual, então ninguém é prejudicado
 Premissa 2) Se ninguém é prejudicado, então o acto não é imoral
 Conclusão: Logo, um acto prazenteiro feito de forma consensual nunca é imoral

Ora, tanto o axioma 1, como a premissa 1, como a premissa 2 são claramente erradas. Ou pelo menos, carecem de fundamentação lógica.

Perante este dogma, se alguém se insurge contra um dado acto, está a cometer uma rudeza, está a quebrar a etiqueta. Porque está a destruir o consenso desnecessariamente. E, logo, a pôr em causa o prazer que aquele acto nos dá. E, mais do que isso, a colocar em causa o próprio hedonismo sobre o qual a nossa mentalidade actual se fundamenta.

Nesse caso, o "moralista" deve ser punido com a morte do seu carácter. Este assassínio de carácter faz-se recorrendo ao epíteto de "hipócrita", que é uma espécie de heresia do séc. XXI. Os hipócritas são pessoas que pregam o bom comportamente moral, mas que não se comportam moralmente. Sucede então que uma pessoa que se insurja contra a imoralidade de um dado acto socialmente aceite vê toda a sua vida escrutinada até ao último pormenor, em busca da mais pequena nódoa, que o possa desacreditar enquanto autoridade moral. Por vezes, será lícito recorrer ao preconceito difamatório porque, afinal, o único pecado que existe é a hipocrisia e os relativistas podem difamar sem hipocrisia uma vez que não acreditam numa verdade absoluta.

É por isso que todas as intervenções da Igreja que sejam mais incómodas para a nossa mentalidade pós-modernista são inevitavelmente saudadas com um coro de "Hipócritas! Hipócritas! Cruzadas! Inquisição! Pedofilia! Tesouros do Vaticano!"

Deixemos de lado o facto de todas estas acusações serem preconceituosas e difamatórias em certo grau, uma vez que todas elas se baseiam mais em fantasias anticlericais do que na realidade! Suponhamos que todos esses erros da Igreja (que aconteceram e que foram, de facto, erros) foram aquele horror sangrento que as pessoas imaginam quando trazem à baila esses eventos...


Ora, ainda assim, isso não provaria nada. Os antigos (que sabiam raciocinar com muito mais lógica do que nós) chamavam a isso uma falácia: a falácia ad hominem ou tu quoque. É falácia porque até o maior escroque do mundo pode ter razão no que diz. O Hitler poderia dizer que o céu é azul e estaria a dizer uma grande verdade. E se eu fosse dizer que o céu é preto às bolinhas cor-de-rosa, então o Hitler teria mais razão do que eu, apesar de ser o Hitler.

Mas esqueçamos tudo aquilo que eu disse até agora. Partamos do princípio de que provar a hipocrisia de alguém é, de facto, algo de grave e que pode retirar-lhe a autoridade moral para se pronunciar sobre um assunto.

Põe-se aqui então uma nova questão... Será que a hipocrisia é um pecado tão grave assim?

Alguém que não é hipócrita é coerente. Mas será que a coerência é sempre benéfica? E, em contraponto, será a hipocrisia sempre maléfica?

Por exemplo, o Hitler era extremamente coerente. Advogava matar judeus e matava-os mesmo. Se Hitler fosse hipócrita, advogaria matar judeus, mas não os mataria. Neste ponto, ser hipócrita seria mais moral do que ser coerente.

Quer isto dizer que ser coerente não é virtude nenhuma quando se advoga a imoralidade!

Que é o que a sociedade actual faz!

O contraponto disto é alguém que é hipócrita quando advoga a moralidade!

Que é o que a Igreja faz!

Ora a Igreja prega que todos nós devemos ter um comportamento moral e responsável. E que o devemos ter sempre. Em boa verdade, a Igreja mostra-nos um modelo que é Jesus Cristo, a Encarnação do próprio Deus vivo, que devemos seguir e imitar em todas as circunstâncias da nossa vida.

É claro que isto é impossível de se cumprir. Um ser humano não-divino não pode comportar-se assim, a não ser por intervenção divina. Apenas Deus pode ser como Deus.

O que não significa que não devamos tentar comportar-nos como Deus o faria.

A Igreja eleva a fasquia até um nível impossível, tornando todos os que a seguem em hipócristas automáticos. Até Madre Teresa de Calcutá cairia nesse rótulo! Mas esse nível impossível é necessário! Porque a função da Igreja tem a função de guiar-nos, tem de nos guiar sempre para a Verdade... caso contrário, como saberíamos quando estaríamos a seguir a Verdade e quando estaríamos a seguir a Mentira piedosa? A função da Igreja é mostrar-nos o Bem, nu e cru... se fosse mostrar-nos apenas o razoavelzinho, apenas traria como fruto a mediocridade e o conformismo! Se que serviria uma bússola moral, se não apontasse sempre o Norte, em todos os tempos, mesmo os mais difíceis?

Mas, precisamente por saber que a fasquia é demasiado elevada, a Igreja recebeu o mandato divino da Misericórdia! Daí o Sacramento da Penitência! Daí o sentido da Redenção! O que não apaga a necessidade de Verdade e de Justiça! São antes princípios complementares, que se unem harmoniosamente numa práxis que se chama Amor ou Caridade!

Ou seja, no que diz respeito ao pecado, estamos melhor sendo hipócritas do que sendo coerentes!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

UMA CULTURA DE TRANSGRESSÃO É UMA CULTURA DE MORTE (II)

A propósito desta notícia, relembro este meu post.

Rezemos por elas, em vez de lhes lançarmos pedras, como nos ensinou o Mestre...