Mais uma refutação factual e rápida, só para demonstrar a ignorância da jornalista.
1) Logo na figura, aparece a legenda "O Papa Bento XVI no seu luxuoso trono, em 2009". Isto denuncia imediatamente a falta de objectividade e a agenda secreta da jornalista.
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Embora não tenha sido dito explicitamente, tal legenda baseia-se no mito (bastante difundido) segundo o qual o trono papal é de ouro. Mentira: é um trono pintado de dourado. Interiormente é de madeira.
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Embora não tenha sido dito explicitamente, tal legenda baseia-se no mito (bastante difundido) segundo o qual o trono papal é de ouro. Mentira: é um trono pintado de dourado. Interiormente é de madeira.
Também é uma obra artística de Bernini, constituíndo um património histórico que foi confiado à Igreja e NÃO pode, pelas leis internacionais, ser vendido.
2) A jornalista diz que o Tratado de Latrão fez com que o Vaticano reconhecesse o fascismo de Mussolini. Mentira: Foi exactamente o oposto. No tratado, foi a Itália de Mussolini quem reconheceu a existência do Estado do Vaticano.
3) A jornalista diz que o dinheiro foi aceite pelo Vaticano para reconhecer o regime fascista de Mussolini. Mentira: o dinheiro foi uma compensação pelo roubo despudorado que a Igreja Católica sofreu aquando da invasão/conquista dos Estados Pontifícios aquando da unificação da Itália.
Isto é uma tentativa de "colar" a Igreja ao regime fascista. Não pega, uma vez que o papa que assinou o Tratado de Latrão (o Papa Pio XI) também publicou uma encíclica em que condenava o fascismo italiano.
4) A jornalista diz que o Vaticano comprou "em segredo" os ditos prédios de luxo. Ora, como o próprio Vaticano veio agora clarificar, não foi em segredo coisíssima nenhuma. Nem está provado que o Vaticano tenha cometido qualquer ilegalidade, ou feito qualquer coisa que qualquer outro investidor não tenha feito.