Durante muitos anos, eu pensei que o dia 25 de Dezembro tinha sido uma mera convenção, em que os cristãos se haviam apropriado de um feriado pagão para melhor evangelizarem um mundo predominantemente não-cristão. Ou seja, os cristãos teriam "cristianizado" o festival do Solstício de Inverno, ilustrando assim as suas crenças sobre a natureza luminosa de Cristo e, consequentemente, permitindo uma maior adesão à Fé.
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Pelo menos foi a história que me venderam.
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Ora isto em nada diminui a minha fé, uma vez que a Bíblia não explicita a data de nascimento de Jesus, tornando a data escolhida irrelevante. Se a escolha da data tivesse incluido a intenção de clarificar a doutrina e de aumentar o número de conversões, isso em nada me escandalizava. Portanto, nunca me preocupei muito com isso...
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Mas é preciso notar que há pessoas intelectualmente pouco sérias que usam este pretexto da cristianização de um feriado pagão para avançarem com teorias da conspiração, segundo as quais o Jesus histórico nunca teria existido. E também pessoas que utilizam essa desculpa para justificar a secularização e descristianização actual do feriado. Apesar de nada disto poder ser inferido a partir da premissa "o 25 de Dezembro é um mero artifício da Igreja, sem qualquer fundamento cronológico"...
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No entanto, encontrei uns artigos interessantes. Pelos vistos, é possível que o feriado pagão tenha sido uma reacção ao Natal e não o oposto. E também é possível que Jesus tenha mesmo nascido no dia 25 de Dezembro.
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Ora isto, como eu já referi, é-me totalmente indiferente. Mas até seria bonito que estivéssemos mesmo a celebrar o verdadeiro aniversário de Jesus. Quem sabe...
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