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Ano da Fé

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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CITAÇÃO DO MÊS (e do Advento...)

"It might be easy to run away to a monastery, away from the commercialization, the hectic hustle, the demanding family responsibilities of Christmas-time. Then we would have a holy Christmas. But we would forget the lesson of the Incarnation, of the enfleshing of God—the lesson that we who are followers of Jesus do not run from the secular; rather we try to transform it. It is our mission to make holy the secular aspects of Christmas just as the early Christians baptized the Christmas tree. And we do this by being holy people—kind, patient, generous, loving, laughing people—no matter how maddening is the Christmas rush..."

Padre Andrew Greeley

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ÍDOLOS DE OIRO COM PÉS DE BARRO

"A adoração do bezerro de oiro"
Nicolas Poussin
1633-4

A Humanidade tem uma propensão inata para a idolatria, sendo que a História da Salvação consiste precisamente na tentativa repetida por parte de Deus de nos curar dessa doença. Estes bezerros de ouro têm tendência a possuir duas características:
1) São obras da mão do Homem
2) São gigantescos

No fundo, o Ser Humano vê-se aprisionado numa armadilha ridícula que consiste em construir algo com as suas próprias mãos e, depois, vendo a magnitude daquilo que construiu, confundi-lo com um deus. A admiração que sente por aquele colosso é demasiada para resistir a prostrar-se em adoração. Em suma, o Homem vê-se escravizado pela própria grandeza que construiu.

Tais ídolos tornam-se então um pretexto para as piores atrocidades. Uma vez que o ídolo foi exaltado ao nível de potência suprema, tudo o resto é relativizado diante dele. Incluindo o próprio Homem. E quando o Homem é sacrificado no altar desses ídolos, morre também a Caridade, que é a essência de Deus.

Mas, se há coisa que a Bíblia nos ensina, é que Deus triunfa sempre sobre dos ídolos. Um belo dia, Deus resolve assoprar e os ídolos desfazem-se como castelos de cartas. A única incerteza reside em saber como cada indivíduo reage perante a tentação da idolatria.

Olhando para a nossa História posso citar dois exemplos: o Império Romano e a U.R.S.S.
Dois impérios construídos à mão do Homem, tão gigantescos que pareciam invencíveis. Inexpugnáveis. Inimputáveis às atrocidades cometidas nos seus seios. Insolentes, ousaram tentar conquistar os altares a Deus e exterminá-l'O.

Onde estão agora?

Um está enterrado sob os alicerces do Vaticano. Bastou ruir um muro e o outro desfez-se em menos de um par de anos.

E, no entanto, como não se sentiria um cristão a viver nos tempos de Nero? Um católico na Polónia comunista? Como um David a lutar contra um Golias, não? Não seria desesperante? Aqueles monstros dominavam tudo e pareciam desafiar os séculos! Quem os podia vencer? Quem poderia prever que eram tão frágeis?


Vem isto a propósito de mais um império que é idolatrado nos dias de hoje: a China.
Ora, a China conseguiu congregar o pior que há no Comunismo e no Capitalismo.
E, com isso, parece estar a emergir lentamente como uma fera das trevas, para dominar tudo! Quem pode negar que a China detém actualmente a hegemonia do Mundo Económico (que parece ser o único que importa ao Homem do séc. XXI?)
A Esquerda idolatra a China como um local onde o Comunismo deu certo! E pela "valente" Política do Filho Único, na qual o Estado se arvora como decisor da fertilidade individual, "salvando" esse país dos perigos da sobrepopulação!
A Direita idolatra a China, como um modelo de competitividade que os trabalhadores ocidentais devem empregar se quiserem sobreviver no mercado global, ainda que tal "competitividade" equivalha a semi-escravatura.
A China... o maior dos países emergentes. Boquiabertos com a dimensão do ídolo, os opinion-makers são unânimes: a China irá dominar o séc. XXI, enquanto Europa e América definham.

Eu nunca acreditei nisso!
Porque é um ídolo de oiro com pés de barro!
Quais são os pés de barro? Simples! Algo que se tem vindo a repetir sempre e que o Homem teima em não aprender:
Não se consegue construir prosperidade sobre miséria humana!

Bem, eu sempre pensei que a decadência da China começaria quando a famigerada Política do Filho Único desse lugar à inevitável crise demográfica e consequente desmoronamento do tecido produtivo do país.

Afinal de contas, a decadência da China é capaz de começar bem mais cedo... e apenas as mentiras da propaganda comunista o estão a encobrir!




Portanto, caro leitor, não se admire com o tamanho do monstro! Nem admita que queiram transformar a sua sociedade à imagem desses modelos ateus! Não se deixe escravizar, quer interior quer exteriormente! Este também tem pés de barro! E há-de cair! E o homem sensato estará agarrado a Deus, quando isso acontecer! E o insensato que se sentou à sombra do ídolo será esmagado...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

GREVE - UMA PERSPECTIVA SOLIDARISTA


A propósito do meu post "Como aumentar a produtividade nacional?", um dos meus amigos do facebook (que, de resto, sempre mereceu e merece o meu respeito) interpelou-me como se este meu post contivesse um apoio tácito à Função Pública e, por extensão lógica, à Greve Geral de hoje.

Em primeiro lugar, gostaria de deixar bem claro que aquilo que eu escrevo é aquilo que eu escrevo e nada mais. Quando quero escrever algo, eu escrevo. Se escrevi sobre os horários laborais (quer do público, quer do privado) e sobre o desemprego, é porque queria falar sobre desemprego e horários laborais (quer do público, quer do privado). Se eu quisesse escrever sobre greves e Função Pública, escreveria sobre greves e Função Pública.

Que é o que eu vou fazer agora.

Em primeiro lugar, gostaria de deixar claro que a Greve é um mecanismo de defesa perfeitamente legítimo, tendo sido a Igreja Católica uma das primeiras instituições a reconhecer a sua validade (vide
§ 2435 do Catecismo).

Em segundo lugar, gostaria de apresentar aos meus leitores o conceito de Solidarismo, uma teoria de organização social formulada por um dos maiores pensadores da Doutrina Social da Igreja, o Padre Heinrich Pesch. Para simplificar, digamos que o Solidarismo acentua a interdependência entre os diversos sectores sociais, em vez de acentuar o atrito entre eles (como o fazem as demais ideologias modernas). Deste modo, a cooperação é mais forte e importante do que o mero conflito.

Por exemplo, a luta de classes. Só a expressão "luta" é profundamente antisolidarista, como se existisse uma guerra no seio de uma sociedade. O Comunismo nasceu precisamente deste conceito. E cresceu à conta de se alimentar dessa tal luta de classes, colocando-se do lado do proletariado. Mas o Capitalismo não está isento de culpas... ainda hoje vemos os capitalistas a usarem o Estado para sobrecarregarem os trabalhadores e aliviarem ao máximo o capital. Referem que fazê-lo vai aumentar o investimento e, por conseguinte, produzir riqueza.

Um solidarista olha para estas perspectivas e vê nelas um completo disparate. Ao comunista diz que os trabalhadores não conseguem sobreviver sem o investidor que lhes paga os salários e que legitimamente está na posse dos meios de produção. Ao capitalista diz que capital sozinho não produz riqueza e que, portanto, o trabalhador tem o direito à sua justa parte nos lucros da empresa.

O rico deve ajudar o pobre. O pobre deve manifestar gratidão ao rico que o ajuda.

Veja-se também a questão da "guerra dos sexos" que o Feminismo propaga por aí. Lá está "guerra" outra vez! Acaso a mulher é alguma coisa sem o homem? Acaso o homem pode algo sem a mulher? Não foram eles concebidos para se entreajudarem, colaborarem, amarem-se mutuamente? Quando o fazem, não se gera imediatamente uma sociedade em miniatura, chamada Família? Não é aí que as pessoas nascem e são educadas, aprendendo com seus pais os verdadeiros pilares da Sociedade, que são solidários?

Deste modo, em relação à Greve Geral, fico entristecido por ver nela uma fonte de conflito, uma ferida que divide a nossa sociedade. Os funcionários privados ficam ressentidos e aproveitam a ocasião para desacreditar os funcionários públicos como uma cambada de privilegiados, pagos pelos impostos de todos, que reclamam sem motivo. Os funcionários públicos ficam ressentidos, o que os acirra ainda mais para lutarem mais, para não terem de prestar contas a quem demonstra tanta incompreensão. Para quê ter a fama sem se ter o proveito? De parte a parte, luta, guerra e conflito.

O solidarista vê nisto um sinal patológico. É uma sociedade sem futuro, porque não é capaz de atravessar uma crise. Não pelo menos sem achar que uma qualquer parte da sociedade deva ser sacrificada em prol do Maior Bem. Mas como se pode resolver uma crise desta maneira? Não são os sacrificados também parte dessa sociedade em crise? Não merecem eles também sair da crise? Pois é daqui que provém o conflito. Perdeu-se a noção de Bem Comum, a qual foi substituída pelo critério do Maior Bem... ou pelo critério da soma comum de vários Bens Individuais que nunca estarão em perfeita consonância.
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Podemos discordar àcerca do papel do Estado na Sociedade. Podemos discordar àcerca da parcela de funções que deve caber à Função Pública e à Função Privada. Mas, de um ponto de vista solidarista, devemos compreender que o país precisa de ambas. Logo, os funcionários privados necessitam dos funcionários públicos (como a paralisação actual quer demonstrar). E os funcionários públicos necessitam dos funcionários privados, que também apresentam várias privações e que também sofrem várias injustiças laborais.
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Deste modo, creio que a Greve Geral, tal como está organizada, é contraproducente, mesmo para os próprios grevistas. Enquanto os laços que nos unem a todos não forem repostos, este tipo de intervenção apenas vai aumentar o descrédito naqueles que protestam (que até têm razão em muita coisa que afirmam e reinvidicam). E, ainda para mais, uma greve de um dia só nunca será suficientemente eficaz, mesmo do ponto de vista do conflito puro e duro.

Será necessário reinventar o conceito de Greve? Penso que sim, embora eu próprio não saiba muito bem como o fazer...

Estive a pensar que, talvez fosse interessante que cada funcionário público escrevesse a sua história e a imprimisse em vários panfletos. Que mostrasse como as medidas de austeridade afectam a sua vida. Que explicasse o motivo por que os seus préstimos são úteis a toda a sociedade. Que tentasse refutar os preconceitos que vê todos os dias a serem lançados contra ele(a).
Depois, todos os panfletos seriam distribuídos activamente à porta de cada serviço público. Apenas os distribuidores faltariam ao trabalho. Os restantes cumpririam o seu horário, manifestando exteriormente um sinal visível (um pin, por exemplo) que significasse algo do género: "Veja, veja que, apesar das circunstâncias em que me encontro, eu vim trabalhar, para o servir, POR SI!"

De igual modo, poderiam ser afixados letreiros nos locais de trabalho dizendo: "Já imaginou se não estivéssemos aqui? Por favor, ajude-nos também!"
No final da jornada de trabalho, os funcionários deveriam então sair à rua e manifestar-se em massa. Porventura organizar vigílias. Todos aqueles que, tendo lido os panfletos, se solidarizassem com eles deveriam ter o dever de se juntar a eles.

Não sei se tal "greve" teria sucesso... As entidades empregadoras (sobretudo as estatais) possuem directivas anquilosadas que parecem impermeáveis a qualquer tipo de greve (seja a convencional, seja aquela que eu postulei).
Mas este novo tipo de greve teria, pelo menos o mérito, de tentar repôr os laços que se romperam. De dissipar preconceitos. De não prejudicar ninguém. De envolver todos na solução da nossa crise colectiva.

Até lá, insto todos os meus leitores a não colocarem todos os membros de um dado grupo no mesmo saco. A lerem as reivindicações dos grevistas com espírito sereno e a julgá-las com mente aberta. (o que não significa concordar com elas). E, sobretudo, a não alimentarem maniqueísmos ou dualismos patológicos, que transformem Portugal num campo de batalha onde "nós" e "eles" perpetuamente se digladiam pelos recursos existentes.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

SOBRE OS FERIADOS

Já me pronunciei no meu blog acerca do que penso sobre a redução dos feriados, aqui e aqui.

Mas tive a oportunidade de debater o tema mais a fundo neste blog de Direita neoliberal, que propunha que cada pessoa gozasse os feriados de uma forma totalmente individualista, sem qualquer atenção às datas festivas em questão. Proponho aos caros leitores que prestem atenção ao post e à caixa de comentários, sobretudo a partir do comment #7, inclusivé.

Perante a questão que me foi colocada: "como pode uma data ser significativa colectivamente quando eu, individualmente, rejeito essa data" eu limitei-me a virar a mesa e demonstrar que era ele, o neoliberal, quem estava a ter um comportamente socialista. Mas o que eu gostaria de ter respondido ao meu interlocutor é que o colectivo é maior do que a soma das partes individuais.

Por exemplo, pouco interessa que haja indivíduos que não são católicos. Portugal, enquanto nação, é católico. A sua História está ligada indelevelmente ao Catolicismo. O Governo, eleito de forma democrática (sendo representante de apenas 50,3% dos 58% que votaram nas últimas eleições legislativas) tem o dever de representar uma maioria (correspondente a 90% do total da população), que é católica.

É claro que, se eu argumentasse tal heresia num blog neoliberal, seria imediatamente queimado vivo.

De modo que eu não percebo o apoio incondicional que certos quadrantes católicos continuam a votar à Direita. A Direita continua a usar as campanhas eleitorais para chantagear os católicos: "Votem em nós, senão a Esquerda ganha e vocês não querem isso". Mas depois, traem completamente o voto católico e só se voltam a lembrar de nós na campanha seguinte. E os católicos sempre a defendê-los, num caso verdadeiramente patológico de Síndrome de Estocolmo.

Lembram-se de Cavaco Silva e da equiparação legal das uniões homossexuais a casamento? Lembram-se de Paulo Portas a dizer numa entrevista do Expresso: "isso (os temas fracturantes) não interessam nestas eleições, o que interessa é a economia"? Lembram-se do Ministro da Saúde Paulo Macedo e dos seus cortes em tudo o que é saúde, exceptuando-se os abortamentos induzidos?

Ora, nesta questão dos feriados a Direita volta a mostrar a sua verdadeira indiferença para com os seus aliados políticos. És católico e tens como principal objectivo na tua vida servir o teu Deus? E isso significa guardares os dias santos e dedicá-los a Ele? Votaste nas mesmas forças políticas que eu? Que interessa isso? O que interessa é a minha perspectiva neoliberal dos feriados católicos! Os feriados católicos têm de ser cortados, porque a Direita gosta de cortar feriados e tudo o que seja descanso dos trabalhadores! Os feriados católicos não valem mais do que um dia de férias, que eu deveria poder gozar independentemente do valor desses dias santos!

Pouco lhes importa que esta perspectiva aumente o secularismo no nosso país, diminuindo ainda mais a influência que a Igreja Católica tem no seu seio! E fazem isso com o poderio do Estado, os hipócritas! A Esquerda agradece-lhes o favorzinho!

Por outro lado, é de notar como os capitalistas apresentam um modus operandi em tudo sobreponível aos socialistas / comunistas. Veja-se o Casamento, por exemplo. A Esquerda seguiu cegamente os seus princípios ideológicos, transformando o Casamento de forma a torná-lo tão inclusivo, tão inclusivo, que esta instituição deixou de fazer qualquer sentido! Já não tem um propósito, um valor objectivo! Foi deturpado de tal forma, que se converteu numa massa amorfa que não tem significado nenhum!

Mas não foi exactamente isto que aquele blog neoliberal propôs fazer com os feriados (nomeadamente os católicos)?

Está na hora de os católicos se emanciparem destas ideologias cegas que tudo destroem à sua passagem! Temos tantas orientações para fazer tão melhor do que aquilo que a Esquerda e a Direita nos propõem! E, sobretudo, sem abdicarmos dos nossos valores, da nossa História, da nossa liberdade, da nossa fé, da nossa Nação!
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Feriados católicos, sempre! Não há motivo para os deixarmos de festejar! Ouvistes, ó ideólogos do regime?

sábado, 19 de novembro de 2011

QUER AUMENTAR A PRODUTIVIDADE NACIONAL?

Pegue em pessoas que já trabalham 30 a 40 horas semanais e obrigue-as a trabalhar mais meia hora por dia. E pegue em pessoas que já trabalham mais de 200 dias por ano e obrigue-as a trabalhar mais quatro dias por ano, eliminando feriados.

Em seguida, imponha medidas de austeridade que forcem as empresas a despedir pessoal e liberalize os despedimentos, tornando pessoas não produtivas durante 24 horas por dia, 364 dias por ano... e, o que é pior, tornando-as subsidiodependentes do Estado.

Depois venha dizer que a crise económica do país é culpa dos funcionários públicos.

Tem lógica? Não? Mas olhe que é assim que se tira o país da crise!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

SOMOS 7 MIL MILHÕES!!!

E isso é motivo de grande alegria e festa!

"Cristo alimentando a multidão"
Ícone Copta
É claro que muitos dos "sábios" deste tempo andam a invocar o mito da sobrepopulação para transformar esta ocasião feliz num apocalipse, tentando incutir o pânico nas pessoas menos esclarecidas. É incrível (ou talvez não) como os "sábios" conseguem ser sempre tão misantropos, quando não misturam a sua "sabedoria" como uma boa dose de caridade cristã. Ora permitam-me que eu esclareça: 


Meus amigos... o mito da sobrepopulação tem como fonte única e primordial uma certa corrente científica denominada malthusianismo, a qual tem vindo a ser provada constantemente como errada pela evidência da própria realidade.




Só que o malthusianismo não é a única corrente científica acerca deste assunto. Existe uma outra, denominada cornucopianismo. Uma explicação muito sucinta pode ser encontrada no vídeo abaixo.

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Bem, acabou a festa! Temos 7 mil milhões de pessoas para alimentar! E, para nos ajudar nessa tarefa hercúlea temos... 7 mil milhões de pessoas para nos ajudar! Então, que tal usar esse enorme potencial para resolver o verdadeiro problema da fome mundial?




Para quem quiser saber mais, recomendo este livro (tem de ser encomendado no Amazon)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

BOAS NOTÍCIAS! (LITERALMENTE)

Há muito mal a ser feito no mundo e no nosso país. E uma parte não desprezível desse mal provém media, os quais 1) são enviesados por um profundo pós-modernismo e anticatolicismo e 2) procuram sempre salientar aspectos negativos da realidade, numa tentativa sensacionalista de vender mais jornais...


Precisamente para contrariar essa tendência, penso que, quando surgem boas notícias, estas devem ser divulgadas e aplaudidas. Curiosamente, a boa notícia que vou passar a analisar refere-se, precisamente, aos media.


Supreendeu-me pela positiva o último número da Revista Única do Expresso, com o tema do "Sim".


Nessa revista foi escrito um artigo sobre as pessoas contracorrente dos nossos tempos. Em circunstâncias "normais", a revista iria publicar histórias de pessoas "contracorrente" como esquerdistas, gays, "à rascas", heréticos e outros revolucionários do género. Mas não. Nenhum dos entrevistados figurava nesse perfil. Pelo contrário, foram entrevistados:
a) Um par de namorados que pretendem manter-se virgens até ao casamento, por motivos religiosos
b) Uma jovem que decidiu tornar-se freira
c) Um casal em que a esposa decidiu, por iniciativa própria, ficar em casa a cuidar dos 4 filhos


Fica assim provado que, nestes tempos conturbados, ser-se verdadeiramente contracorrente não é fazer irreverentemente e egoisticamente tudo o que nos apetece fazer, sem nos preocuparmos com as consequências... Ser verdadeiramente contracorrente é antes viver de acordo com um sentido mais elevado, que exija renúncia de si próprio e auto-sacrifício, ou seja, Amor na Verdade (Caritas in Veritate). E é-se verdadeiramente contracorrente, sobretudo quando se vive esse Amor na Verdade num contexto social que lhe é profundamente averso.


Como diria o meu amigo Nuno Miguel Fonseca: "A modernidade foi a ruptura com a Tradição; a pós-modernidade, a tradição da ruptura. O nosso tempo será a ruptura pela Tradição."


Na mesma revista foi ainda publicado um artigo sobre católicos que, a dada altura do seu percurso, perderam e reencontraram a Fé. Foi um artigo muito interessante, que demonstra que a Fé não é algo amorfo, monótono e acrítico, como o preconceito actual dita... A Fé cresce com a pessoa e, por isso, está sempre a questionar-se, a evoluir, a desafiar-se, a reinventar-se. Por outro lado, o artigo apresentou uma escassez refrescante dos habituais bitaites sobre o reaccionarismo da Igreja, com os quais os jornalistas gostam de condimentar (desnecessariamente) os seus artigos.


Por isso:
MUITOS PARABÉNS, EXPRESSO!
E muito obrigado por darem aos católicos o contraditório que tanto nos tem faltado! Sem dúvida que estes artigos irão despertar as críticas de muitos sectores... Mas, ao fazer isto, este semanário demonstrou ser, realmente, "contracorrente"!