sexta-feira, 30 de outubro de 2009
CITAÇÃO DO MÊS
#19 - PIETÁ
#18 - IGREJA DE S. AGOSTINHO DE PAOAY
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
#17 - BASÍLICA DE NUESTRA SEÑORA DE PILAR
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
O DEUS DO AMOR E O ÓDIO DE SARAMAGO
Portanto, mesmo sem ter lido o novo romance do Sr. Saramago, posso já (pela embalagem que o envolve) perceber que não iria aprender nada se me dignasse a lê-lo. Porque nunca ninguém aprendeu nada ao ler ignorância voluntária. Os argumentos do Sr. Saramago apenas convencem pessoas desinformadas. O que não é pouca coisa, uma vez que a maioria dos católicos portugueses está, efectivamente, desinformada acerca do B-A-BA da sua fé. Por isso, eu posso aproveitar esta magnífica deixa para transformar os insultos ignorantes do Sr. Saramago numa oportunidade de evangelização. É por isso que me cabe esta tarefa de, no meu humilde blog, responder à questão: “Que Deus é este que, para enaltecer Abel, despreza Caim?”
Para responder, é fundamental darmos uma vista de olhos à própria fonte desta estória: a Bíblia.
Saramago pergunta: “Que Deus é este?”
«Passado algum tempo, Caim ofereceu frutos da terra em oblação ao Senhor. Abel, de seu lado, ofereceu dos primogénitos do seu rebanho e das gorduras dele; e o Senhor olhou com agrado para Abel e para sua oblação, mas não olhou para Caim, nem para os seus dons. Caim ficou extremamente irritado com isso, e o seu semblante tornou-se abatido. O Senhor disse-lhe: “Por que estás irado? E por que está abatido o teu semblante? Se praticares o Bem, sem dúvida alguma poderás reabilitar-te. Mas se procederes mal, o pecado estará à tua porta, espreitando-te; mas, tu deverás dominá-lo.”»
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«O senhor disse a Caim: “Onde está o teu irmão Abel?” – Caim respondeu: “Não sei! Sou porventura o guarda do meu irmão?”»
Tendo isto em atenção, para os argumentos de Saramago serem totalmente nulos, basta-me apenas provar que ser-se servo de Deus não é qualquer pecado. O que, para a mundividência saramaguiana será impossível de provar, uma vez que ser-se servo de Deus é nortear-se pela Bíblia e a Bíblia é “um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade, do pior da Natureza Humana”. Ora vede só este excerto bíblico:
“Amai-vos uns aos outros. Como Eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros”
:D
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“Não darás nenhum dos teus filhos para ser sacrificado a Moloch; e não profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o Senhor”
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Outro motivo para o Sr. Saramago se concentrar apenas no Pentateuco, é que este contem a Lei Mosaica. Ou seja, a Lei que Moisés transmitiu ao povo israelita. O Sr. Saramago, ao ler os livros da Lei, não encontrou muito Amor. O que é compreensível. Se eu, para conhecer Portugal, apenas lesse o seu Código Penal, também não acreditaria que este fosse um país muito amoroso. Nem ficaria a pensar muito bem deste país se, para além do Código Penal, lesse apenas uns panfletos que por aí circulam contra o H1N1 “Nem abraço, nem beijinho, nem aperto de mão…”. É que a Lei Mosaica também prescrevia conceitos de higiene e pureza que permitiram a um povo numeroso atravessar 40 anos no deserto. Ajunte-se a isso os dados dos censos e alguns detalhes cruentos da Batalha de S. Mamede e de outros episódios da independência de Portugal… e voilá! Cá está o Pentateuco, versão portuguesa! Será difícil, de facto, encontrar qualquer vestígio de Amor em tais escritos!
«Um deles, doutor da lei, fez-Lhe esta pergunta para pô-Lo à prova: “Mestre, qual é o maior mandamento da lei?” Respondeu Jesus: “Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo. Nesses dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas.”»
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Porém, os meus leitores podem perguntar-me: mas Deus não poderia ter legislado logo de uma vez a Carta Fundamental dos Direitos Humanos? Por que Deus permitiu a pena de morte e a posse de escravos e muitas outras coisas repugnantes na Lei Mosaica? Por que não aboliu todos esses males de uma só vez?
E eu respondo, perguntando de volta: Se Deus o tivesse feito, os judeus tê-Lo-iam escutado?
Hoje em dia, Deus deu-nos algo muito mais fiável do que a Lei. Deu-nos a Igreja. Uma unidade viva, orgânica, guiada pelo Espírito Santo, contra a qual “as portas do Inferno não prevalecerão” (Mt 16:18).
E nós? Escutamos a Igreja?
Os católicos seguiram esta instrução de Deus?
Não!
Preferiram ir na cantilena das ideologias que o Sr. Saramago professa!
Que é o que o Sr. Saramago resolveu fazer em relação a Caim!
Senhor, eu creio, eu adoro-Vos, eu espero-Vos e amo-Vos.
E peço pelos que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam.
Pai Nosso…
#16 - CATEDRAL DE NOTRE DAME
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
#15 - IGREJA DA NATIVIDADE
A estrutura é constituída por 2 edifícios (a Basílica da Natividade, pertencente aos ortodoxos, e a Igreja de Sta. Catarina, dos católicos romanos) que partilham uma cripta... que será a gruta onde Cristo nasceu. Também os cristãos arménios têm alguma jurisdição sobre a cripta.
#14 - MOISÉS
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
PERGUNTAS DE UM LEITOR...
#13 - MEDALHA MILAGROSA
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
#12 - SANTUÁRIOS DE NOTRE DAME DE LOURDES
terça-feira, 13 de outubro de 2009
#11 - MOSTEIRO DOS JERÓNIMOS
domingo, 11 de outubro de 2009
#10 - SANTUÁRIO DE NUESTRA SEÑORA DE GUADALUPE
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2) A Basílica Nova - de 1976, que alberga presentemente a tilma de S. Juan Diego
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sábado, 10 de outubro de 2009
#9 - IGREJAS DE GÖREME
terça-feira, 6 de outubro de 2009
O PAPA VEM VISITAR-NOS!!!
#8 - SANTUÁRIO DE FÁTIMA
Entre os milagres ligados a estas aparições contam-se:
3) A Igreja da Santíssima Trindade (inaugurada em 2007), construída num polémico estilo moderno, inspirado na arte bizantina e ortodoxa, sendo o quarto maior templo católico do Mundo em termos de capacidade.
sábado, 3 de outubro de 2009
O INFERNO SOMOS NÓS!
O meu comentário começa com as seguintes citações da Beata Madre Teresa de Calcutá
“Uma nação que legalize o aborto, é uma nação que está a proclamar que se pode usar de violência para se obter o que se pretende!”
“O aborto é o pior mal e o maior inimigo da Paz. Se as próprias mães matam os seus filhos, o que nos impede de nos matarmos uns aos outros? Nada!”
Acho que o que se passa actualmente em Portugal é o reflexo mais visível destas palavras.
Quase logo no princípio do seu mandato presidencial, o Professor Cavaco Silva foi confrontado com uma difícil escolha política: ou era o “Presidente de todos os portugueses” (como o tinha prometido) e salvava os portugueses ainda não nascidos, vetando a iníqua Lei do Aborto e mandando às urtigas os resultados de um referendo… ou então procurava manter a sua imagem e compostura. Se optasse pela primeira opção, seria acusado de ser fanático e conservador. Seria crucificado por não levar em conta a vontade soberana do Povo. Hostilizaria um PS fracturante, ideologicamente apaixonado por esta causa e detentor de uma maioria absoluta na Assembleia da República.
A tentação era grande, a pressão excessiva… e Cavaco Silva caiu na esparrela. Comportou-se como um homem de Estado, em vez de se comportar como um homem, ou como um ser humano. Cometeu o pecado de Pilatos. Os inocentes seriam sacrificados no altar da estabilidade nacional, para apaziguar uma elite inflexível e uma multidão manipulada.
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Veja-se o caso de tantos vetos presidenciais que foram desavergonhadamente transpostos, tendo o PS forçado o Presidente a promulgar (quase) as mesmas leis que ele vetara.
Veja-se o caso de o PS estar, neste momento, em conflito aberto com o Presidente da República.
A cooperação estratégica está morta…
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Terá conseguido, ao menos, salvaguardar a sua postura democrática, demonstrando que está a favor do Povo e que o respeita?
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Ou seja, o Presidente da República encontra-se, neste momento, na mesma posição em que se encontraria se tivesse vetado a Lei do Aborto. É acusado de ser fanático, conservador, antidemocrático e antisocialista. O que é mais trágico foram as 40.000 vítimas que, tendo sido sacrificadas para salvar o Professor Cavaco Silva desse infame destino, foram destruídas em vão.
Portanto, não é de estranhar que uma das suas primeiras lutas políticas tenha sido a legalização do aborto. Estava aqui tudo. O aborto é “moderno” (vá-se lá saber porquê…). O aborto é uma questão de imagem (há que ocultar ao máximo o seu conteúdo; o que importa é que o aborto seja legal, que tenha uma boa imagem, porque se for clandestino é “próprio de um país atrasado”). O aborto é o auge da filosofia utilitária, o expoente d’ “O fim justifica os meios”.
Durante a campanha para o referendo de 2007, o Engenheiro José Sócrates fez das tripas coração para convencer os portugueses de que nenhuma mulher aborta porque quer, que o aborto é sempre uma decisão difícil e causadora de grande sofrimento, que as mulheres são sempre vítimas da conjuntura… e que portanto, a mulher deve poder escolher abortar a sua criança (independentemente de se concordar com a escolha dela ou não).
Estamos em 2009. O máximo poder do reino está nas mãos do Professor Cavaco Silva. Até há uns dias, ninguém diria que este homem íntegro fosse capaz de agir por capricho. Que ele fosse capaz de pôr os seus interesses mesquinhos na base das suas decisões políticas. Que ele fosse capaz de tomar uma decisão mal ponderada (independentemente de se concordar com essa decisão ou não).
O Governo está, neste momento, preso por um ténue cordão umbilical a este Presidente. E existe a forte possibilidade (não digo que se concretize, digo apenas que há essa possibilidade) de o próximo Governo do PS ser “abortado”… ou, eventualmente, “eutanasiado”. A Sócrates não resta nada a não ser contorcer-se enquanto o Presidente o asfixia com os seus poderes presidenciais nesta próxima legislatura. O PS semeou o conflito entre mães e filhos… colhe agora um conflito (aparentemente inexplicável) entre o Presidente e o seu Executivo. A vida (política) de Sócrates está nas mãos de Cavaco Silva, dependente das suas escolhas… e não há nada que Sócrates possa fazer para o mudar. Sobretudo porque Cavaco Silva parece ter “decidido” que Sócrates é um empecilho para a sua vida (política). O PS foi traído por aquele que devia ser o garante da sua estabilidade… tal como a criança abortada é traída pela mãe que deveria ser o garante do seu amor.
Poderá o Engenheiro José Sócrates sobreviver politicamente aos próximos 4 anos? Sem dúvida! O Futuro é incerto e, como eu já disse, Sócrates é um político hábil! Mas é inegável que a atmosfera que o PS respira agora não é diferente da angústia das suas 40.000 vítimas. Uma sombra gigantesca e inexorável paira sobre o próximo Governo, uma sombra que, a qualquer altura, pode destrui-lo. Tanto potencial, tão desperdiçado!
E os outros partidos? O BE e a CDU militaram fortemente a favor da legalização do aborto, enquanto o PPD-PSD se absteve de travar esta luta política.
O BE e a CDU sempre encheram a boca com a “vontade do Povo”. Por algum motivo, a Esquerda sempre se achou dona da vontade do Povo. Ou antes, a Esquerda sempre se considerou porta-voz do Povo… um cargo para o qual o Povo jamais a elegeu (quando é que o BE ou a CDU incorporaram algum governo democraticamente eleito?).
No caso do aborto, não foi diferente. A legalização do aborto era a vontade do Povo. Porque foi assim expressa no referendo de 2007. O que não sucedeu no referendo de 1998, porque aí ganhou a proibição do aborto. Aí não ganhou a vontade do Povo. Porque a vontade do Povo é a vontade do BE e da CDU. Portanto, era importante repetir o referendo até que a vontade do Povo (que era a vontade do BE e da CDU) vencesse. A vontade do Povo tinha de destruir os ideias obsoletos e retrógrados da Igreja Católica, porque o BE e a CDU são anticlericais e falam pelo Povo.
Como estão o BE e a CDU agora?
Parece que a vontade do Povo falou! O que disse? Que o CDS-PP o representava melhor do que o BE ou a CDU! O Povo é quem mais ordena! E o Povo ordenou que os ideais democratas e cristãos se sobrepunham aos ideais comunistas (quer na sua versão estalinista, quer na sua versão trotskista)!
Quanto ao PPD-PSD… apesar de, implicitamente, ser contra a legalização do aborto… manteve um silêncio ensurdecedor que ressoou por toda a sociedade. No referendo de 1998, a máquina partidária do PPD-PSD foi fundamental para a vitória da Cultura da Vida. Logo, não é de estranhar que o silêncio do PPD-PSD tenha deixado desamparado politicamente o movimento civil pró-vida, o que terá sido instrumental na nossa derrota em 2007.
Tal como as 40.000 crianças suplicavam por uma palavra de apoio do PPD-PSD… também o PPD-PSD suplicou que Cavaco Silva se pronunciasse sobre o caso das escutas. Se o Presidente o tivesse feito em tempo útil, se não tivesse mudado o cargo de Fernando Lima, então o PPD-PSD continuaria a subir nas sondagens rumo à vitória eleitoral.
O silêncio mata! O silêncio do PPD-PSD matou 40.000 crianças… o silêncio do Presidente da República matou o PPD-PSD!
Um Povo que se diz cristão e católico, mas que obviamente não o é. Parafraseando o Mestre, “não é o que sai da boca do Homem o que o torna puro, mas o estar conforme à Vontade de Deus”.
Um Povo de coração duro, que votou a favor da crucifixão de 40.000 crianças. Ou que, de bom grado, ficou em silêncio para “lavar daí as suas mãos”.
Um Povo que, nestas últimas eleições legislativas, longe de ouvir a voz saudável da consciência, longe de tentar rectificar o seu erro… preferiu votar pensando unicamente no seu bolso. Ou um Povo que, de bom grado, ficou em silêncio para “lavar daí as suas mãos”.
Um Povo que recusou acolher 40.000 crianças, preferindo “lavar daí as suas mãos”.
Essas 40.000 crianças que não foram acolhidas pelo coração duro de Portugal foram, sem dúvida, acolhidos pelo Sagrado Coração de Jesus. Quanto aos 10.000.000 de portugueses (não eram suficientes para salvar 40.000?), esses, não foram acolhidos por Deus. Deus endureceu o Seu Coração para Portugal. Deus “lavou as Suas mãos” de Portugal.
O que sucedeu?
O Povo, que votara a favor do seu próprio umbigo, não teve o que desejava…
Pediu prosperidade, mas recebeu um grave conflito institucional. Muitos comentadores dizem que este é um conflito sem precedentes e até há os que daqui retiram a queda do regime semipresidencialista. Não sei se terão razão ou se estarão apenas a ser alarmistas (como é próprio dos media hoje em dia). Mas sei que toda esta situação é muito grave. E que vai condicionar a Política nos próximos anos (podendo até, penso eu, repercutir-se para além das fronteiras da presente legislatura). E que vai, muito provavelmente, deteriorar a Economia. E gerar situações de conflito social e de instabilidade social que, mais ou menos graves, são sempre lamentáveis.
Deus condenou Portugal ao Inferno, a fim de expiar os seus crimes!
E não, não sou nenhum fanático que se apressa a colocar no Inferno todos aqueles que desobedecem à Santa Madre Igreja.
Eu uso a definição do Papa João Paulo II: “O Inferno é a ausência de Deus”
Portugal decidiu, desde 2007, que Deus não tinha lugar na política.
E Deus desapareceu da política.
Por isso, a política tornou-se um Inferno.
Os portugueses decidiram que não queriam que Deus governasse as suas vidas. Preferiram depositar a sua fé na louca sabedoria dos homens engravatados e bem-falantes que lhes prometiam “Vós sereis como deuses, capazes de decidir o que é o Bem e o que é o Mal”
Por isso, Portugal está agora a ser governado pelas forças infernais.
O que faz com que Portugal se tenha tornado um Inferno.
E quem abra os jornais e veja a guerra que ensombra todo este país, inibindo o nosso progresso, semeando a instabilidade e o conflito, não pode negar este facto inegável: neste preciso momento, Portugal é um Inferno.
Mas não foi Deus que, arbitraria e caprichosamente, nos condenou a isso.
Não se trata de um exercício irónico de Justiça Divina.
Fomos nós que o escolhemos.
O Inferno somos nós.
Só quando voltarmos a acolher a Lei de Deus (que é a Lei do Amor incondicional e absoluto, acima de todas as coisas) nas nossas leis, só aí terminará a nossa peregrinação pelo deserto. Pois, como diz o poeta Leonard Cohen “Eu vi as nações a erguerem-se e a caírem. Ouvi as suas histórias, conheço-as a todas. Mas o Amor é o único motor da sobrevivência”.